Orgulho louco

Parada do Orgulho Louco em Salvador, Brasil, em 2009.

O Orgulho Louco (em inglês: Mad Pride) surgiu no final do século XX, principalmente, em Londres, Reino Unido, como um movimento de massas de usuários dos serviços de saúde mental e pessoas alinhadas, e que indivíduos com a sua saúde mental patologizada devem se orgulhar de sua identidade 'louco'.[1] No final da década de 1990, eventos semelhantes estavam sendo organizados sob o nome Orgulho Louco em todo o mundo, incluindo Austrália, Irlanda, Portugal, Brasil, Madagascar, África do Sul e Estados Unidos. Os eventos atraem milhares de participantes, de acordo com a MindFreedom International , uma organização de defesa da saúde mental dos Estados Unidos que promove e rastreia eventos gerados pelo movimento.[2]

História

Bandeira de orgulho louco em Toronto, usada amplamente pelo Tumblr atualmente, como na subcultura MOGAI[3]

O Orgulho Louco destina-se a recuperar os conceitos de "louco", "maluco", "doente mental", "deficiente mental" e assim por diante a partir da histeria tablóide dos meios de comunicação social e através de uma série de campanhas para reeducar o público em geral sobre matérias como as causas da "doença mental",[4][5] as verdadeiras vítimas do sistema de saúde mental, bem como a pandemia global de suicídio. Os seus membros fundadores foram Pete Shaughnessy, Robert Dellar, Phil Murphy e Jim MacDougall, entre outros. Foi lançado juntamente com um livro com o mesmo nome de Orgulho Louco : Uma celebração da Cultura Louca.

Orgulho louco na literatura

Comentários decorrentes de obras literárias, tais como as do inglês republicano Jonathan Freedland e a popular romancista Clare Allan. O Orgulho Louco resiste à violência de muitas formas, tais como o coletivo sul-londrino Creative Routes, a Fundação Chipmunka e as muitas obras de Dolly Sen.

Orgulho louco no Brasil

No Brasil, existe uma Parada do Orgulho Louco,[6][7][8] realizada anualmente (desde 2007) pelo Movimento Antimanicomial.[9][10][11]

Ver também

Referências

  1. Cohen, Oryx (9 de março de 2017). «The Power of 'Healing Voices'» (em inglês). The Mighty. Consultado em 12 de setembro de 2018 
  2. 'Mad Pride' Fights a Stigma
  3. Reale, Michael (19 de abril de 2013). «The design I'm going to test drive for Mad Pride 2013 – I think!». Mad Pride Toronto Flag Campaign (em inglês). Consultado em 25 de maio de 2021 
  4. Assumpção, Samara da Silva Freire (2004). «Benefício de prestação continuada: uma estratégia para autonomia?». Consultado em 17 de setembro de 2024 
  5. Araújo, Cláudia Valéria Furtado de Oliveira (2001). Segregação, confinamento e silêncio na história da construção da loucura denunciada por Foucault. [S.l.]: Editora Gráfica LCR 
  6. de Andrade, A. P. M. Efeitos de um pensamento desterritorializante: aprendizados e afetos plurais. ANTROPOLOGIAS DO CONTEMPORÂNEO, 32.
  7. «Os sentidos da loucura: construindo modos de ser». 2015 
  8. Gomes, Cristina Machado; Oliveira, Rafael Wolski de; Fischer, Maria de Fátima Bueno (27 de fevereiro de 2018). «Experienciação de Monitoria em Saúde Mental Coletiva no Curso de Psicologia». Consultado em 17 de setembro de 2024 
  9. Andrade, Ana Paula Müller de (13 de abril de 2020). «Agenciamentos sociais e ações do Estado: Parada do Orgulho Louco no Brasil». Anuário Antropológico (v.45 n.2): 126–143. ISSN 0102-4302. doi:10.4000/aa.5851. Consultado em 17 de setembro de 2024 
  10. «Insurgências da parada gaúcha do orgulho louco : cartgrafando vidas na loucura» (PDF). 2018 
  11. Andrade, Ana Paula Müller de; Silva, Érica Quinaglia; Martinhago, Fernanda; Rossal, Marcelo (13 de abril de 2020). «Apresentação do Dossiê: Práticas, políticas e discursos no campo da saúde mental». Anuário Antropológico (v.45 n.2): 24–27. ISSN 0102-4302. doi:10.4000/aa.5777. Consultado em 17 de setembro de 2024 

Ligações externas