O nome Abismo é uma referência utilizada para a identificação desta nova fase da operação policial e remete, dentre outros aspectos, às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas no Cenpes, mas também à localização das instalações, Ilha do Fundão, e a demonstração que esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público.
De acordo com as investigações, o esquema no Cenpes envolve o pagamento de 39 milhões de reais em propinas em três frentes, a uma empresa, para que ela desistisse de participar da licitação da obra; para funcionários da diretoria de Serviços da Petrobras, e para Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT[1] e preso na Operação Custo Brasil.[3]
Prisões
Foram presos temporariamente Edson Freire Coutinho, ex-executivo da Schahin Engenharia, e Roberto Ribeiro Capobianco, presidente da Construcap, que também preside o Conselho de Administração da Minas Arena, consórcio que reformou e administra o Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.[1]
Também foi preso, temporariamente, Genésio Schiavinato Junior, diretor comercial da Construbase.[4]
De acordo com a força-tarefa da Polícia Federal e da Procuradoria da República, a WTorre teria recebido uma propina de R$ 18 milhões para abandonar a licitação do Cenpes.[6]
Segundo os investigadores, a WTorre Engenharia e Construção S/A (WTorres), que não havia participado de ajustes, resolveu ingressar no certame e apresentou proposta de preço, de R$ 858.366.444,14, cerca de 40 milhões de reais inferior ao da proposta apresentada pelo Consórcio Novo Cenpes, de R$ 897.980.421,13.[6]
Léo Pinheiro, da OAS, acertou com Walter Torre 18 milhões de reais para ele desistir de obra no Cenpes.
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"As empresas que formavam o Consórcio Novo Cenpes ofereceram então vantagem indevida de R$ 18 milhões para que a WTorre não aceitasse reduzir seu preço junto à Petrobras, enquanto, concomitantemente, o Consórcio renegociaria e reduziria o preço para abaixo da proposta da WTorre"