À frente de seu tempo, propôs uma análise conjuntural da saúde humana, abrangendo estudos de corpo e alma/mente. Ela ficou conhecida pela obra "Nova Filosofia da Natureza Humana Não Conhecida e Não Alcançada Pelos Antigos Filósofos Que Melhora a Vida Humana e a Saúde". Oliva descreve como as emoções podem impactar o corpo, e conclama médicos para uma medicina holística que possa abranger a totalidade do paciente, corpo, alma e mente.[1]
Algumas pistas parecem apontar para o que podem ter sido as raízes intelectuais de Oliva: uma família de farmacêuticos (o pai e o irmão), um avô médico. Na região onde nasceu havia oito grandes conventos, um deles perto de onde morava, os Dominicanos, ensinavam a elite e Oliva pode ter aprendido muito com eles. Além disso Dom Simon Abril, um humanista, lógico, matemático, gramático reconhecido, pode ter sido seu mentor.[1]
Oliva escreveu ao rei para pedir permissão para publicar o livro, primeiro por ser mulher e afirmar que poderiam querer se apropriar das ideias, e também porque naquela época toda obra era examinada antes de ser publicada ou ser considerada heterodoxia.
Ao conquistar a aprovação de Felipe II em 1586, veio a publicá-lo em 1587. A obra apresentava sete tratados, cinco em espanhol e dois em latim, expondo os problemas contemporâneos da medicina de então, em especial, a autora falava sobre a distância entre a medicina e a filosofia. A explanação sobre medicina usou toda a filosofia respeitada na época, Platão, Aristóteles, a filosofia natural de Plínio, também a Igreja, respeitando a ideia e desígnios de Deus mas sem mencionar Jesus e as escrituras. A visão holística prevaleceu com ideias sobre como a cosmologia poderia afetar o corpo humano.