Desde criança, Fernandes sentia falta de um herói 100% brasileiro. A criação da série foi a realização deste antigo sonho. A escolha do tema foi a admiração que ele próprio nutria pela Polícia Rodoviária e pela simpatia que a população sentia por este órgão.
Foi ao ar pela primeira vez em uma quarta-feira de março de 1961,[1] na Tupi às 20h05 após o Repórter Esso, e patrocinado pela Nestlé do Brasil.
Em 1967, foi novamente exibido pela mesma emissora. Durante a década de 1970 a série foi reprisada pela Rede Globo. Até então, a Globo era a única emissora que havia reprisado a série além da Tupi.
Foi o primeiro seriado filmado em película de cinema no Brasil. No total foram 38 episódios, nos quais os personagens Inspetor Carlos, interpretado por Carlos Miranda, e seu cão Lobo, lutavam contra o crime, a bordo de uma motocicletaHarley-Davidson1952 ou de um Simca Chambord1959, na altura do km 38 da Rodovia Anhanguera onde a maior parte dos episódios foi filmado devido ao clima que se apresenta ensolarado em grande parte do ano, fator fundamental para as filmagens externas.
O primeiro episódio da série foi O Diamante Grão Mongol, sobre ladrões internacionais que entraram no país pelo porto de Santos. Devido ao pouco tempo disponível entre as filmagens dos episódios, foi necessário que o personagem do Vigilante fosse dublado. Para esta tarefa foi contratado um rádioator da Rádio São Paulo. A série recebeu os mais expressivos troféus, entre eles, o Troféu Roquete Pinto, o Sete Dias na TV e o Troféu Imprensa.
Em 1978, Ary Fernandes e a PROCITEL - Produções Cine Televisão Ltda. como a produtora do seu filme piloto e outros cineastas participantes foram escolhidos através de um projeto da Embrafilme que visava incentivar a produção nacional de filmes de alta qualidade. Com o filme piloto para uma nova série de O Vigilante Rodoviário pronto, ele seria encaminhado à censura federal, e consequentemente, seria apresentado às emissoras para que fosse dada a continuidade. O ator escolhido para viver o vigilante Carlos teria sido o galã Antônio Fonzar. Para viver o cão Lobo, foram utilizados cinco cães da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Por problemas enfrentados pela Embrafilme, no entanto, esse projeto não pôde ser concluído, ficando restrito a somente um filme – que jamais seria exibido.[carece de fontes?]
No ano de 2008, Ary Fernandes/PROCITEL e o Canal Brasil/Globosat selaram parceria e trouxeram novamente para TV as aventuras deste primeiro herói brasileiro. Dos 38 episódios originais, um deles foi totalmente deteriorado (perdido) e os outros dois tiveram problemas e não puderam ser remasterizados e telecinados. Para esta nova temporada, um total de 35 episódios foram relançados a partir de 9 de março de 2009 pelo Canal Brasil, todas às segundas às 20h30, com reapresentação nas terças às 15h30 e domingos às 11h.
Em 2013, um projeto de remake foi anunciado.[2]
Em março de 2020, passou a ser exibida pela TV Brasil.[3]
Lista de episódios
A história do Lobo
Os cinco valentes (exibido somente na 1ª, 2ª e 3ª temporada)
O recruta
Bola de meia
O ventríloquo
Extorsão
Jogo decisivo
Pânico no ringue
Zuni, o potrinho
A orquídea glacial (exibido somente na 1ª, 2ª e 3ª temporada)
Remédios falsificados
Os romeiros
A repórter
Diamante Gran Mongol
O fugitivo
Aventura em Ouro Preto
Chantagem
O homem do realejo
A eleição
A pedreira
O pagador (exibido somente na 1ª, 2ª e 3ª temporada)
Em 2001, o editor e roteirista Roberto Guedes chegou a escrever uma graphic novel do Vigilante Rodoviário para o Studio Elenko, entretanto o projeto não saiu do papel.[6]