Dobrolyubov nasceu em Níjni Novgorod, cidade onde seu pai foi um sacerdote. Em sua infância, entre os anos de 1848 à 1853, frequentou um seminário, onde era considerado pelos seus professores um menino prodígio. Em casa, Dobrolyubov passava um bom tempo na biblioteca de seu pai, lendo livros de ciência e arte. Com treze anos, escrevia poesias e versos traduzindo poetas romanos como Horácio.[1] Em 1853, Dobrolyubov foi para São Petersburgo e entrou na Universidade. Após a morte de seus pais, em 1854, Dobrolyubov passou a assumir a responsabilidade por seus irmãos e irmãs. E para sustentar sua família e continuar seus estudos trabalhou como tutor e professor. A pesada carga de trabalho e o stress de seu trabalho causou um efeito negativo sobre sua saúde.[2]
Durante seus estudos na Universidade, Dobrolyubov organizou um círculo clandestino democrático, divulgou um jornal manuscrito, e liderou a luta estudantil contra a administração reacionária da Universidade. Seus poemas Sobre o aniversário de 50 anos de Nikolay Gretsch (1854), e Ode sobre a Morte de Nicolau I (1855), cujas cópias foram distribuídas para além da Universidade, demonstrava sua atitude hostil contra a autocracia.[2][3]
Em 1856, Dobrolyubov conheceu o influente crítico Nikolai Tchernichevski, e o editor Nikolai Nekrasov. E logo começou a publicar seus trabalhos no popular jornal O Contemporâneo. Em 1857, após ser graduado na Universidade, juntou-se à equipe do jornal como chefe do departamento de crítica. Nos próximos quatro anos, produziu importantes ensaios críticos. Um de seus trabalhos mais famosos foi O que é Oblomovismo?, baseado na análise da novela Oblomov de Ivan Goncharov.[2][3][4]
Em maio de 1860, por insistência de seus amigos, Dobrolyubov viajou para o exterior para tratar da tuberculose, que havia se exarcebado por conta do excesso de trabalho. Nesse tempo, viveu na Alemanha, Suíça, França, e ficou por mais de seis meses na Itália, onde o movimento de libertação nacional, liderado por Giuseppe Garibaldi, estava em andamento. Os acontecimentos na Itália lhe forneceram matérias para uma série de artigos.[2]