Natal branco

 Nota: Se procura o filme de 1954 com Bing Crosby, veja Natal Branco.
Um Natal Branco nos EUA.

O Natal branco é a denominação de quando ocorre neve em um dia de Natal. Este fenômeno é mais comum em países do extremo norte do globo como a Noruega e o Canadá, bem como países localizados em altitudes elevadas como a Romênia. No hemisfério sul, esse fenômeno é extremamente raro em regiões permanentemente habitadas, pois o Natal acontece no período de verão, e só pode ocorrer em regiões elevadas ao extremo sul do Chile ou da Argentina, e mais raramente na Austrália e na Nova Zelândia, quando a temperatura está muito abaixo do normal.

Embora seja comum relacionar folcloricamente a neve ao período natalino, esse fenômeno é relativamente raro nos Estados Unidos da América, onde quase sempre só acontece no Alasca e em regiões montanhosas, e em boa parte da Europa Ocidental, devido às correntes oceânicas que elevam a temperatura.

Na Europa meridional, o lugar mais comum para acontecer o fenômeno do Natal Branco é a Itália, principalmente a cidade de Trento, que já chegou a acumular 50 centímetros de neve no Natal de 1981. Em outras cidades como Turim, Bolonha e Milão esse fenômeno também é bastante comum.

Na Inglaterra, os Natais brancos eram mais comuns durante o século XIX. Atualmente o fenômeno é bem mais raro, e considera-se oficialmente como "Natal branco" todo aquele que tenha pelo menos um floco de neve entre os dias 24 e 25 de dezembro, ainda que não haja acumulações.

Alguns dos Natais brancos mais atípicos aconteceram em 2004, nas cidades norte-americanas de Nova Orleans e Houston - que teve esse fenômeno registrado pela primeira vez na história, bem como algumas cidades no estado de Tamaulipas, no México. Em 2006 aconteceu um caso singular, em pontos isolados da Austrália - em pleno verão do hemisfério sul.

Natais brancos no Canadá

O Serviço Meteorológico do Canadá fez uma lista de probabilidades de um Natal branco em determinadas cidades canadenses:[1]

Cidade Probabilidade
Vancouver 11%
Calgary 59%
Edmonton 88%
Saskatoon 98%
Regina 91%
Winnipeg 98%
Windsor 41%
Toronto 57%
Ottawa 83%
Montreal 80%
Cidade de Quebec 99%
Halifax 59%
St. John's 65%
Whitehorse 100%
Yellowknife 100%

Em 2006, algumas cidades vivenciaram um dos Natais mais quentes já registrados. Inclusive, a cidade de Quebec teve seu primeiro Natal verde.[2]

Natais brancos nos Estados Unidos

De acordo com o National Climatic Data Center, baseando em dados de 1988-2005 nas estações com pelo menos 25 anos de dados, a probabilidade de um Natal branco (uma polegada de neve no chão) nas cidades selecionadas são as seguintes:[3]

Cidade Probabilidade
Anchorage 100%
Annette Island 17%
Fairbanks 100%
Phoenix 1%
Little Rock 3%
Los Angeles 1%
San Francisco 1%
Denver 50%
Hartford 57%
Wilmington 13%
Washington 13%
Savannah 3%
Boise 30%
Chicago, Illinois 40%
Indianapolis 30%
Des Moines 50%
Topeka 23%
Louisville, Kentucky 13%
Portland 83%
Boston, Massachusetts 23%
Detroit 50%
Marquette 90%
Duluth 97%
Minneapolis 73%
St. Louis 23%
Helena 67%
Omaha 44%
Reno 20%
Concord 87%
Newark 23%
Albuquerque 3%
Massena 77%
Nova Iorque 10%
Charlotte 1%
Fargo 83%
Cleveland 60%
Akron 60%
Oklahoma City 3%
Portland, Oregon 1%
Philadelphia 10%
Pittsburgh 33%
Providence 37%
Charleston 3%
Rapid City 47%
Nashville 13%
Amarillo 7%
Dallas 8%
Salt Lake City 53%
Richmond 7%
Seattle 8%
Spokane 70%
Charleston 30%
Huntington 23%
Milwaukee 60%
Casper 47%

Segundo a investigação realizada por uma instituição de meteorologia, os Estados Unidos durante a segunda metade do século XX, viveu um Natal branco decrescente de frequência, especialmente na região nordeste.[4]

Natais brancos no Reino Unido

Desde 1950, o número de anos com um Natal branco no Reino Unido é o seguinte::[5]

Cidade Porcentagem de anos com um Natal branco
Londres 13%
Birmingham 14%
Aberporth 9%
Glasgow 13%
Aberdeen 25%
Belfast 16%
Lerwick 32%
Bradford 7%
St. Mawgan 7%

Referências

  1. [1]
  2. (CBC)
  3. [2]
  4. Dye, Lee. Study: White Christmases Have Become Rare. Arquivado em 10 de dezembro de 2008, no Wayback Machine. ABC News. December 18, 2003.
  5. [3]