Em 1938, Almeida fundou seus cursos de português e latim por correspondência. Publicou a coluna Questões Vernáculas em O Estado de S. Paulo de 1936 a 1944 e desde 1990. Sua Gramática Metódica da Língua Portuguesa chegou a mais de meio milhão de exemplares vendidos em pouco mais de quarenta edições e em 2009 a Editora Saraiva, com a colaboração do professor Paulo Hernandes, publicou sua 46.ª edição com as modificações introduzidas pelo Acordo Ortográfico de 1990. Seu Dicionário de Questões Vernáculas chegou às dezenas de milhares de cópias. Ambos ainda estão em catálogo e são notáveis pelas minúcias das questões, com exposição de posições contra e a favor.[3][4]
"Eu respeito. Não vou interromper uma conversa para dizer ao interlocutor que o certo é dizer nós vamos e não nós vai. A verdade é que em termos de vocabulário há regionalismos muito interessantes. Um dia eu estava em Belém e pedi uma informação na rua, sobre onde ficava tal escola. O sujeito me disse que era fácil, que era só tomar uma sopa, aquela sopa que estava logo ali junto ao muro. Eu me espantei. Não sabia, mas está lá no dicionário – sopa é a jardineira, o ônibus local."[5]
De acordo com o Dicionário de Questões Vernáculas, aos 25 anos de idade, entrou na redação de O Estado de São Paulo com dois artigos no bolso. Aprovados pelo redator-principal do periódico, Léo Vaz, iniciou a escrever um artigo semanal, substituindo o falecido João Ribeiro. Ao ser indagado acerca do título de sua coluna, permitiu que Leo Vaz o escolhesse, e este a intitulou de Questões Vernáculas, pois havia em um periódico em Paris, "La Voix de Paris" (A Voz de Paris, em português), uma coluna linguística intitulada "Questions Vernaculaires" (Questões Vernáculas, em português). Seu labor era dedicado aos leitores, respondendo suas dúvidas acerca das normas e do uso da norma culta da Língua Portuguesa.[7]
↑Almeida, Napoleão Mendes de (24 de fevereiro de 1993). «Chega de asnices». Editora Abril. Revista Veja. Consultado em 21 de novembro de 2017[ligação inativa]