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As Muralhas de Faro, também designadas por Fortaleza de Faro e Cerca urbana de Faro localizam-se na cidade de Faro, no Distrito de Faro, em Portugal.[1]
Envolvem o núcleo urbano mais antigo da cidade, hoje designado por "Vila-Adentro" ou "Cidade Velha".
Foi reconstruída no século IX, durante o reinado de Ben Bekr, príncipe de um pequeno reino muçulmano que se tornou independente do Emirado de Córdova.
Durante o período Almóada foram erguidas duas torres albarrãs numa das entradas principais, conjunto actualmente conhecido como "Arco do Repouso".[2]
Com a conquista da cidade pelas forças de Afonso III de Portugal (1249), as suas muralhas foram reconstruídas. Nesta fase, a malha urbana correspondia a dois núcleos distintos:
a chamada "Vila Adentro" (atual freguesia de Santa Maria), onde se localizavam os templos religiosos, a Judiaria e as casas dos cristãos; e
a "Ribeira", área residencial das classes sociais de nível mais elevado.
Na atual baixa da cidade instalou-se a Mouraria, onde desde 1269, os mouros foram forçados a residir.
Posteriormente, sob o reinado de João III de Portugal, este determinou, em 1541, a reparação das muralhas de Faro. Estas seriam, entretanto, severamente castigadas quando da invasão do Robert Devereux, 2º Conde de Essex (1596), tendo de imediato se iniciado a sua reparação, que se estendeu por décadas.
O terramoto de 1755 também acarretou extensos danos ao conjunto defensivo. Ao final do século XVIII, diante do avanço da piro-balística, as antigas muralhas deixaram de ter importância defensiva, sendo abandonadas. Como parte desse processo de degradação, sobre os restos do antigo Castelo de Faro foi erguida, em 1931, uma fábrica de cerveja, o que alterou significativamente a estrutura das muralhas.
Nas últimas décadas do século XX, esse conjunto vem sendo recuperado.
Características
A muralha pré-romana era de planta aproximadamente oval. À época muçulmana era rasgada por três portas, que permitiam o acesso à chamada Vila-Adentro: o Arco da Vila, o Arco do Repouso e o Arco da Porta Nova. Datam desse período as duas torres albarrãs que defendem o chamado "Arco do Repouso".