O filme estreou no Cine PE - Festival do Audiovisual em 1 de maio de 2014[2] e foi lançado no Brasil a partir de 25 de junho de 2015 pela Downtown Filmes. O filme foi recebido com avaliações mistas por parte dos críticos que, em geral, elogiaram a produção, fotografia e atuações, mas fizeram críticas ao roteiro.[3] Sua exibição nos cinemas foi limitada a poucas sessões e a receita total do filme de R$ 45.857,25.[4]
Sinopse
Dr. Antônio (Vladimir Brichta) leva sua vida se hospedando nos melhores hotéis da cidade para realizar pequenos furtos dos pertences de hóspedes. Um dia sua vida muda completamente ao conhecer Eva (Alice Braga), uma mulher casada e com forte talento para desenhar. Seu marido, Jorge (Pedro Brício), é um homem ganancioso que não se atenta muito aos interesses e desejos de sua esposa. Enquanto isso, o diretor do recém-inaugurado "Gabinete de Identificação", Félix Pacheco (Caio Blat), está decidido a acabar com a ação de Antônio por meio de uma técnica que identifica impressões digitais.[5]
O filme é baseado em fatos reais e também em vários personagens da obra do cronista e jornalista João do Rio, pseudônimo de Paulo Barreto, em especial, do romance Memórias de um Rato de Hotel. Esse romance conta a história de vida do golpista Artur Antunes Maciel, que no filme é representado pelo personagem Dr. Antônio e intepretado por Vladimir Brichta.[2]
O filme foi distribuído em apenas 12 salas de cinema, registrando um público de 2.836 espectadores. Segundo dados da Ancine, o valor total da receita gerada pela exibição do filme foi de aproximadamente R$ 45.857,25.[4]
Crítica
Muitos Homens Num Só foi recebido com críticas mistas por parte dos especialistas. Emmanuela Oliveira, do site Almanaque Virtual, escreveu: "Com narrativa convencional, mas sem amarras que cerceiam a ousadia, o filme dá até chance a uma sequência que bebe na fonte do onirismo, instigando o espectador a questionar, em determinado momento, a realidade pura dos fatos."[7] Do Papo de Cinema, Robledo Milani disse: "O resultado, bonito de se ver e fácil de se acompanhar, parece apontar para um caminho que o cinema brasileiro merece, de fato, se arriscar."[8]
Daniel Schenker, em sua crítica ao jornal O Globo, escreveu: "Reúne boas falas, oportunas referências, aprazível passeio pelo Rio de Janeiro do início do século XX, trilha sonora que imprime atmosfera e ótima atuação de Alice Braga. O resultado, sem dúvida, é agradável, dotado de inegável padrão profissional. Mas talvez não sobreviva durante muito tempo na memória."[3] Já Raphael Camacho, do site CinePop, disse: "Contando com uma direção que possui bons momentos, um roteiro que deixar a desejar principalmente quando resolve preencher as lacunas investigativas que a história pede [...], Muitos Homens num Só comete um pecado capital: se perde em seu caminho que tinha tudo para ser vitorioso."[9]