Ana Frango Elétrico começou a gravar seu álbum de estreia, Mormaço Queima, em 2016, com a intenção de criar algo que não soasse tipicamente "brasileiro". Ela queria se posicionar como uma disruptora no cenário musical.[5] O título do álbum, que foi lançado em 2018, é descrito como uma queimadura de sol sem sol, mas com o vento do mar, refletindo a atmosfera única que Ana queria capturar.[6]
A conexão entre Ana e um dos produtores do álbum, Thiago Nassif, foi facilitada por Caio Paiva, um amigo em comum que também criou as capas dos álbuns de ambos. Thiago e Ana se conheceram em um bar e rapidamente perceberam que tinham uma visão musical compatível. Thiago ficou impressionado com a performance de Ana e decidiu que queria gravar com ela. Inicialmente, a ideia era gravar apenas Ana e seu violão, mas o projeto evoluiu para um álbum completo com diversos instrumentos.
Gravação
No estúdio, a abordagem foi capturar a espontaneidade e a energia punk da forma de tocar de Ana. Thiago Nassif descreve como gravaram a guitarra de Ana sem uma faixa de clique, permitindo variações de velocidade que adicionaram uma intensidade e groove únicos às faixas.[3] A gravação dos outros instrumentos foi feita sobre essa base, resultando em um som original e autêntico. O álbum foi co-produzido por Ana, Nassif, Marcelo Callado, Guilherme Lírio e Gustavo Benjão, todos contribuindo para a criação do disco.[3]
Refletindo sobre o álbum, Ana mencionou que sua maneira de compor mudou significativamente desde então. A gravação desse primeiro álbum despertou seu interesse pela produção musical, e ela começou a trazer suas próprias ideias e visões para o processo. Thiago Nassif elogia a curiosidade e a busca constante de Ana por conhecimento, destacando que foi um prazer estar presente nesse momento inicial de sua carreira. O álbum também conta com elementos pós-punk, guitarras estridentes, vocais dinâmicos e trombone, tocado por Antonio Neves em quatro das sete faixas, criando um som inovador para uma artista que ainda era adolescente na época da gravação.[3][6]
Lançamento e promoção
Lançado em 2018, o trabalho de Ana Frango Elétrico é descrito por ela como uma "bossa-pop-rock decadente com pinceladas punk".[3] Recebido com entusiasmo no circuito alternativo do Rio de Janeiro, destacou-se pela originalidade e pela habilidade de Ana em criar narrativas não lineares através das suas músicas. A atmosfera do trabalho é marcada por arranjos nostálgicos e uma voz doce, evocando a trilha sonora de um filme clássico dos anos 1960.[2][7] Embora não tenha alcançado sucesso imediato em nível nacional, este projeto estabeleceu Ana Frango Elétrico como uma artista promissora no cenário musical brasileiro.[7]