Nilsson nasceu em 14 de dezembro de 1984 em Estocolmo, Suécia. Em uma entrevista a intérprete confessou que desde criança tinha aspiração e desejava se tornar diretora de cinema.[1] Aos 18 anos tentou formar uma banda junto a outras duas amigas, sendo Nilsson a guitarrista, mas nunca chegaram
a fazer música.[2]
Nilsson descobriu a cultura DIY através de fanzines, realizou alguns do tipo em formato de quadrinhos.[3] Aos 19 anos, transferiu-se para Berlim com a intenção de ser uma artista plástica.[4]
Berlim é um bom lugar para se experimentar se você é um artista... Se eu tivesse permanecido em Estocolmo, a música não seria a minha prioridade.[4]
Em Berlim começou a compor sob o pseudônimo Formerly Know as White Bread e pouco depois adotou o nome Molly Nilsson.[3] Fundou o seu próprio selo de gravação chamado Dark Skies Association, um nome baseado na ONG que aborda a problemática da contaminação lumínica.[1][5][6][3][6][7]
A intérprete já publicou sete álbuns através do selo Dark Skies Association. Em 2011 o artista de indie popJohn Maus cantou sua canção "Hey moon!",[8] dando a Nilsson um salto de popularidade entre o público. A partir de então, ela se estabeleceu como uma compositora adepta a criar música pop com temáticas concisas, que às vezes relembram o romantismo trágico, ingênuo e irônico de The Magnetic Fields.[4]
O processo de gravação do sexto álbum resultou num tom mais complexo e maduro que não foi visto nos álbuns anteriores. Quando havia concluído a gravação, a artista decidiu tirar férias de verão na Argentina em 2014. Ao voltar a escutar a obra para fazer uma revisão mais crítica e geral, deu-se conta de que a versão acabada não era exatamente o que desejava. Em seu lugar, concebeu Zenith, seu álbum mais melódico e melhor produzido. Foi editado pela Dark Skies Association em associação com a Night School em 2015,[5] recebendo críticas amplamente favoráveis por parte dos fãs e ouvintes[10][11][12]
Em 26 de maio de 2017 Nilsson editou Imaginations, o sétimo álbum de estúdio da carreira, que seguiu com a mesma premissa de pop progressivo de Zenith, e um estado de ânimo mais otimista. Este último componente da trajetória musical da artista também atraiu críticas favoráveis.[5][13][14]
Estilo musical
Os críticos geralmente associam a música de Nilsson ao synth-pop. Entretanto, as suas melodias minimalistas, assim como as capas em preto e branco e suas apresentações destacam a significação das letras sofisticadas de Nilsson, que fazem imperar um ambiente de uma Europa cinza e fria. Sua sonoridade evoca a memória cultural e a nostalgia do entretenimento popular do passado (principalmente dos anos 1980). Apesar do seu estilo ser classificado estilísticamente como pop, a carga semântica de suas canções é muito intelectualizada e diverge do paradigma da música pop. Adicionalmente, a estrutura das músicas se assemelha mais ao um post-pop ou um pop alternativo, o que geralmente é descrito como hypnagogic pop, termos não tão populares.
Ela mesma compõe todo o material musical e lírico de suas obras, por sua vez também grava e produz os próprios videoclipes, o que faz alguns a definirem como uma pessoa do it yourself.[5][8]
A obra musical de Nilsson oscila entre programáveis digitais e sua voz, com adição de algum instrumentos sintetizadores, o resultado dessa mistura é similar à música dos anos 80.[15][16] As letras falam de temas da vida cotidiana como "Whiskey Sour" e "Summer Cats", também havendo canções que relembram o romantismo trágico de Morrissey como em "I Hope You Die"[17] ou "You always hurt the one you love".