Apesar de haver sinais de povoamento em sua área desde a Idade do Ferro, a primeira menção de Miranda de Ebro na história se deu em 757. O rei Afonso VI de Leão concedeu à vila um importante foral em 1099 e dois séculos depois o comércio mirandês ganhou importância graças às feiras. Com a chegada da ferrovia à vila, em 1862, marcou um ponto de flexão na economia da área e provocou a industrialização na cidade durante todo o século XX.
História
Os primeiros vestígios que se tem sobre a cidade se datam da Idade do Ferro. A três quilômetros de Miranda se situa o sítio arqueológicoromano de Arce-Miráperez, onde, segundo os últimos estudos, se localizava antiga cidade de Deóbriga.[2] Na área também existem vestígios romanos em municípios pertos, como Cabriana e Puentalarrá.
Na Crónica Albeldense, que narra a expedição que levou à morte o rei Afonso I das Reino das Astúrias às margens do rio Ebro em 757, há relatos que se referem a localidades destruídas, sendo que entre elas está Miranda, sob o nome de Mirandam. No ano de 840, o bispo Juan de Valpuesta inclui Miranda e seu entorno na Diocese de Valpuesta, criando no lugar diversos monastérios, como o de São Mamés, La Colina e São Martim do Aço, todos na volta dos Montes Obarenes.
Depois do assassinato de Sancho Garcês IV de Pamplona, Biscaia, Álava, La Rioja e a Família Real reconheceram Afonso VI como rei, passando assim Miranda de Ebro às mãos do Reino de Castela em 1076. Afonso VI, para consolidar seu poder, concedeu à vila o foro de Miranda de Ebro.
Em 1254 Miranda tem seu comércio consolidado, graças à concessão que Afonso X de Castela faz para a Feira de Maio, a que se somaria em 1332 com a Feria do Anjo, concessão de Afonso XI.
E O território é cortado pelo rio Ebro, o qual divide a cidade em duas zonas destintas por sua antiguidade: a parte histórica, nomeada Aquende (margem direita); e a parte moderna, chamada de Allende (margem esquerda). Além disso, desembocam no Ebro os riosBayas, Zadorra e Oroncillo.
Na área há rios subterrâneos e aquíferos, como o Valverde e o La Calera. O abastecimento de água na cidade se dá graças a extração desses aqüíferos. Antigamente havia diversos lagos e banhados que foram desaparecendo, mas há projetos de recuperação.[3]
A litologia mirandesa é constituída em grande parte por terrenos de argila, calcário e arenito formados nos períodos Oligoceno e Cretáceo. Perto da cidade, assim como em terras de La Rioja e Álava, está a montanha de Toloño e Peñacerrada, cujas origens são vulcânicas. Entre as diferentes alturas que rodeiam a cidade, se destaca a Cruz de Motrico (861 metros), nos Montes Obarenes.
Clima
O clima de Miranda de Ebro é o mediterrânico, tendo como variedade a influência continental. Tal característica está sendo influenciada pelas condições industriais.[4] Os invernos são frios, com geadas e nevoeiros muito frequentes enquanto a neve está cada vez mais ocasional, mas em grande quantidade. As temperaturas médias mínimas estão entre 3 e 6 °C. O verão é quente (não tanto quanto na região do planalto, nomeado na região como meseta central). As temperaturas médias máximas oscilam entre os 18 e 22 °C. O período de seca acontece em um dos três meses dessa estação. As temperaturas médias anuais estão entre 10 e 14 °C.
Os ventos predominantes em Miranda de Ebro são o norte e o noroeste. A chuva, em seu território, não é frequente, mas é possível que aconteça inundações do rio Ebro, assim como em casos de neve.
Nas eleições municipais de 2007[6], dos 21 vereadores a eleger, o PSOE obteve dez cadeiras (com 43,49% dos votos); o Partido Popular conseguiu nove vereadores (com 38,59%) e a Izquierda Unida/Los Verdes elegeu dois vereadores (num total de 11,39% dos votos). Nem o Tierra Comunera nem o Solución Independiente, partidos de expressão na [[espanha, obtiveram representação municipal, com 2,48% e 2,25% do total de votos. Existem outros dois partidos de âmbito local que, mesmo em funcionamento, não concorreram às eleições municipais, que são o INCIDE e a Esquerda Mirandesa (IM), ambos de ideologia esquerdista. A junta do governo está presidida pelo prefeito.
O ayuntamiento de Miranda de Ebro se estrutura em diferentes áreas: Fazenda, Controle de Gastos, Reorganização Administrativa e Finanças, Indústria e Meio Ambiente, Urbanismo e Habitação, Igualdade, Educação e Saúde, Promoção Industrial, Comercial e Turística, Cultura, Esportes e Participação Cidadã, Juventude e Festas, Público, Emprego e Ofícios, Segurança Pública e Controle do Tráfico, Serviços Sociais e de Obras e Infra-estruturas.
O ayuntamiento está localizada na Praça de España, no centro do centro histórico da cidade. Junto ao edifício principal se localizam as oficinas municipais e o Serviço de Atenção Cidadã (SAC). Em 1909, o ayuntamiento de Miranda recebeu o tratamento de Excelência por parte do rei Afonso XIII.
Símbolos
A etimologia de Miranda de Ebro não está totalmente clara: enquanto alguns autores asseguram que a origem da palavra Miranda deriva do radical Mira, da língua celta, outros acreditam que possui origem latina cujo significado é "lá há o que se admirar". Quanto a partícula de Ebro, provém de sua referência maior, o rio Ebro.
O certo é que a primeira vez na história que aparece documentado o nome Miranda é na Crônica Albeldense, onde se menciona a expedição que levou à morte o rei Afonso I das Reino das Astúrias no ano de 757. Em tal relato, que se refere a localidades destruídas, se encontra Mirandam.
O brasão de Miranda de Ebro foi outorgado pelo rei Carlos I, em 1535. É descrito como um brasão simples, arredondado, fundo azul e em seu centro uma ponte de seis arcos sobre o rio Ebro. Na parte superior há um castelo dourado com uma torre principal e duas torres menores. Nos dois cantos do castelo aparecem duas águias, na atitude de defender.
A bandeira de Miranda possui referências dentre as datas de 1592 e 1614, em um livro de gastos municipal correspondente a esse período. O certo é que a bandeira se instituiu oficialmente no dia 24 de março de 1626. Se trata de uma bandeira simples com o fundo vermelho. No seu centro está o escudo do município. Se acreditava que a bandeira datava de 18 de dezembro de 1797, o que provocou confusão durante séculos; mas graças à descrição de 1626 soube-se o real. Mesmo que não sendo um símbolo heráldico, o hino de Miranda de Ebro também representa a cidade.