Crescendo em Los Angeles, Matt é familiarizado com o mundo musical desde os seus 6 anos de idade (em 1979), quando se iniciou na música tendo aulas semanais de piano, com seu professor particular, Lenée Bilski[5], que lhe deu iniciação em outros instrumentos para seu treinamento musical, tais como a flauta, guitarra, teclado e percussão, além de uma forte base teórica. Permaneceu nesse ritmo até seus 13 anos (em 1986), quando teve de se mudar para San Jose, no estado da Califórnia, onde completou seu ensino ginasial (ensino secundário, ou equivalente ao ensino médio). Em seus anos seguintes, Matt foi adquirindo conhecimento por meios próprios, tendo sindo influenciado pelo jazz e rock clássico. Em seus tempos de juventude, participou como tecladista de uma pequena banda de seis integrantes que se apresentava em bares, onde adquiriu prática, interação e noções de economia do ramo musical.
Em junho de 1996, a empresa Blizzard Entertainment's adquire a Condor Inc., a qual é renomeada a divisão de Blizzard North. Esse é o momento no qual Uelmen passa a trabalhar na Blizzard Entertainment, onde permanecera por 12 anos. Seis meses depois, em 30 de novembro de 1996, é lançado o primeiro game da série de maior sucesso da divisão, considerado um marco nos games de RPG, e que faria a fama de Uelmen, o jogo Diablo. O trabalho em Diablo foi tão bem recebido pelo público que levou Uelmen a trabalhar como sound designer em StarCraft, que seria lançado dois anos depois, em 1998. Dois anos mais tarde, em 29 de junho de 2000 foi lançado o segundo game da série Diablo, Diablo II, que renderia, um ano depois, o prêmio Excellence in Audio concedido pela IDGA à Uelmen em parceria com os compositores Jason Hayes, Glenn Stafford e Andrea Pessino. Em continuidade ao seu trabalho na série Diablo, em 29 de junho de 2001, fora lançado o que viria se acreditar a ser o último game da série, o pacote de expansão Diablo II: Lord of Destruction (mas para surpresa dos fãs, Diablo III estaria em desenvolvimento não muitos anos depois), onde se revelaria uma nova atmosfera de jogo (pela primeira vez surgem cenários glaciais no game). Infelizmente Diablo II: LoD viria a ser a ultima participação de Uelmen na série, sendo Russel Browder, Laurence Juber e Joseph Lawrence, em conjunto com a Eminence Symphony Orchestra , os responsáveis pela composição em Diablo III[7].
Anos depois, Matt seria lembrado novamente pela empresa para contribuir no seu novo MMORPG em desenvolvimento, que seria baseado no mundo de Warcraft (e futuramente viria a se tornar o mais popular MMORPG do mundo, tendo mais de 11 milhões de jogadores[8]). Uelmen teve uma participação menor nesse projeto, o qual compoz em conjunto com Russell Brower (que já era compositor em Warcraft III, atual diretor de audio de video da Blizzard), mas mantém o seu excelente nível de qualidade e criatividade expressas nas suas obras anteriores. Três anos mais tarde, fizera parte da equipe de som do pacote de expansão de World Of Warcraft, World of Warcraft: The Burning Crusade, onde teve uma participação maior que em seu último trabalho, compondo grande parte das músicas presentes no novo cenário do jogo, Outland.
Curiosidades sobre Diablo I
Quase todos os efeitos presentes nas músicas tema foram criados a partir do teclado sampler Ensoniq ASR-10, que só possuía 8 faixas e 16 megabytes de memória em disco rígido.
A faixas eram modificadas numa versão primitiva do sequenciadorCakewalk.
As gravações foram armazenadas num gravador DAT 59ES, da Sony.
O famoso violão de doze cordas tocado na trilha tema de Tristam (Town) é da marca Seagull, que fora gravado no ASR-10.
Os timbres de ocarina produzidos nos temas são de uma ocarina em formato de tartaruga, que Uelmen recebera de seus pais após uma viagem a América Latina.
Os sons de flauta foram feitos a partir de uma antiga flauta da marca Artley.
As faixas da ocarina e flauta foram gravadas com um microfone de cento e cinquenta dólares, da marca AKG.
Os dois únicos instrumentos elétricos utilizados na produção das músicas foram o teclado ASR-10 e uma guitarra elétrica Charvell.
A guitarra utilizou um pedal wah-wah da Crybaby e a distorção de um aplificador de som da Mesa/Boogie.