Os Massacres de Solhan e Tadaryat ocorreram em 4 e 5 de junho de 2021, no contexto da insurreição jihadista no Burkina Faso, quando os insurgentes atacaram as aldeias Solhan e Tadaryat na província de Yagha em Burkina Faso. Os massacres deixaram pelo menos 174 mortos. Os insurgentes têm atacado a região do Sahel, ao longo das fronteiras com o Mali, desde que os islamistas capturaram partes do Mali em 2013. [1]
Ataques
Na noite de 4 de junho de 2021, 13 civis e um soldado foram mortos em um ataque no vilarejo de Tadaryat, localizado 150 km (93 milhas) ao norte de Solhan. [1] Os agressores também assaltaram motocicletas e gado da comunidade. [2][3]
Horas depois, na madrugada de 5 de junho de 2021, os insurgentes atacaram a aldeia de Solhan matando pelo menos 160 civis, incluindo 20 crianças, e ferindo outras 40. [4][5][6][7] Por volta das 2 da manhã, os agressores, montados em cerca de 20 motocicletas, alvejaram primeiro os Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), uma força de defesa civil anti-jihadista, antes de incendiarem casas e um mercado. [7][8][9] Uma mina próxima também foi atacada, já que Solhan é um centro de mineração de ouro. [7] Os atacantes partiram por volta do amanhecer, cerca de três horas antes das forças de resposta da polícia chegarem à aldeia. [7] Antes de se retirarem, os agressores deixaram diversos artefatos explosivos improvisados nas estradas que levam à aldeia. Estes, seriam desarmados por engenheiros do exército burquinense nos dias seguintes. [10]
Acredita-se que os ataques tenham sido os mais mortíferos em Burkina Faso em cinco anos. [6] Muitos dos sobreviventes fugiram para Sebba, capital da província de Yagha, cerca de 15 quilômetros (9,3 milhas) de Solhan. [11] Os mortos de Solhan foram sepultados em três valas comuns por residentes locais. [4]
Resposta
O governo culpou os terroristas pelo ataque; entretanto, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo massacre. [12] O presidente, Roch Kaboré, emitiu um comunicado de condolências sobre o atentado afirmando; "Eu me curvo diante da memória das centenas de civis mortos neste ataque bárbaro e estendo minhas condolências às famílias das vítimas." [2] Kaboré cancelou uma viagem planejada para Lomé, Togo, por causa dos incidentes. [13]
Um período de luto nacional de 72 horas foi declarado pelo governo. [14] Algumas mulheres no país planejaram vestir-se totalmente de branco em 7 de junho de 2021 como um sinal de respeito pelos mortos. [13] A Polícia Nacional Burquinense redistribuiu unidades em resposta aos massacres e em antecipação a novos ataques. [15]
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas afirmou estar "indignado" com os atentados. [5] O Papa Francisco mencionou o massacre de Solhan em suas orações do Angelus e afirmou que a África precisa de paz e não de violência. [16]
Ver também
Referências