O Ghibli é um modelo esportivo, produzido pela Maserati que possui três gerações: a primeira de 1967 a 1973, segunda de 1992 a 1997 e a terceira de 2013 ao presente. O Ghibli I possui motor V8 de 330 hp, enquanto o Ghibli II tinha motor V6 2.0 para o mercado europeu e V6 2.8 para outros mercados.
A origem do modelo está ligada à Tragédia de Guidizzolo, na última edição da Mille Miglia, de 1957. O piloto Alfonso de Portago perdeu o controle de sua Ferrari 335 S e causou a morte de seis adultos e cinco crianças. Com isso, a Maserati decidiu deixar as pistas e concentrar sua atividade na produção de cupês grã-turismo. O Ghibli recebeu esse nome em homenagem a um vento do Saara e foi apresentado no Salão de Turim de 1966.[1]
A primeira geração do Ghibli foi projetada como um carro de luxo e alto desempenho. Era grande (4,7m) e pesado (1625kg), mas veloz e bastante confortável para duas pessoas. Trazia o motor V8 de alumínio de 4,7L, que rendia 315cv e havia sido projetado para o Maserati 450S nos anos 1950. O desenho foi um dos primeiros de Giorgetto Giugiaro para o estúdio Ghia. O cárter seco permitiu colocar o motor numa posição muito baixa, fazendo com que o ponto mais alto da carroceria estivesse a apenas 1,16m do solo.[1]
A produção foi iniciada em 1967, trazendo ar-condicionado de série. Logo o câmbio automático tornou-se um opcional, junto com a direção hidráulica, escapamentos quádruplos, cinto de segurança, espelhos retrovisores externos, toca-fitas de cartucho e faróis de neblina. O motor ia de 0 a 100km/h em 7s, com máxima de 274,8km/h.[1] Em 1969 foram lançadas duas versões. A Spyder era conversível e só teve 125 unidades produzidas, menos da metade com opção de teto rígido, e a SS, que teve a cilindrada aumentada para 4,9L, subindo a potência para 335cv e indo de 0 a 100km/h em 6,2s, com velocidade máxima de 280km/h. Foram produzidos 1170 Ghibli até 1973.[1]