Marmelada

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Marmelada
Categoria Sobremesa
País Portugal
Calorias
(por 100 g)
aprox. 272 kcal [1] kcal
Receitas: Marmelada   Multimédia: Marmelada

A marmelada[2] é um doce de marmelo, de consistência pastosa e homogénea, que se obtém ao ferver a polpa triturada do fruto com açúcar em calda.[3]

É uma especialidade da doçaria regional portuguesa, destacando-se, pela sua fama, a de Odivelas (próximo de Lisboa) fabricada no antigo mosteiro pelas monjas.[4] No Brasil a marmelada é produzida nos municípios goianos de Cidade Ocidental, Luziânia e em quase todo o centro sul, também tem uma relação muito próxima com a Goiabada brasileira.

Etimologia

A palavra «marmelada» advém do substantivo «marmelo»[2], em alusão ao fruto que lhe serve de base. Por sua vez, o substantivo «marmelo»[5] entrou na língua portuguesa pelo latim melimellu, que significa «maçã doce», termo este que, por seu turno, terá vindo do grego antigo, μελίμηλον[6] (melimelon), que resulta da aglutinação dos étimos μέλι (meli), que significa «mel» ou «doce», e Μήλον (meélon), que significa «maçã».[7]

De acordo com o «Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa» de José Pedro Machado[8], a mais antiga abonação conhecida desta palavra na língua portuguesa encontra-se na «Comédia de Rubena» de Gil Vicente, escrita em 1521[9]:

«Temos tanta marmelada
Que a minha mãe m' há-de dar»

História

Percursores

Marmelo

A marmelada poderá ter a sua origem na Grécia Antiga, onde já se coziam marmelos em mel, segundo o livro de cozinha do romano Apício. Conservas de marmelo, de limão, de rosas, de maçãs, de ameixa e de pêra, figuram nos compêndios cerimoniais do Imperador Bizantino Constantino VII Porfirogénito.[10][11]

Por outro lado, conservas de fruta com açúcar eram comuns na culinária persa clássica.[12] O historiador e orientalista francês Maxime Rodinson aventou para a possibilidade de que os persas já tivessem feito compotas de marmelo na Idade Média por entender que há menção de um doce desse estilo, na obra "Wuşla ilā l'habīb", o mais antigo livro de receitas da Pérsia, escrito em 1226. No entanto, a obra nunca chega a explicar a receita desse doce.[13]

Durante este período muitos dos hábitos alimentares dos persas, incluindo o recurso ao açúcar, difundiram-se pelo Mediterrâneo.[14] A historiadora Constance Anne Wilson defende que terão sido os mouros que trouxeram esses hábitos para Portugal, o que, ulteriormente, terá levado ao aparecimento da marmelada no país. [14]

Houve outras receitas de conservas doces de marmelo, a surgir no continente europeu.[15] Com efeito, num tratado culinário francês de 1394, figura uma receita de marmelos descascados e cozidos, conservados numa calda de vinho e mel. [15]

Crê-se que a transição do mel para o açúcar enquanto meio de conservação dos marmelos, se estivesse a operar já por volta da década de 40 do séc. XV. [16][17]  

Difusão da marmelada portuguesa

Os primeiros sinais do consumo de marmelada portuguesa em Inglaterra, datam de 1480, quando as importações desse produto se tornaram tão assinaláveis que começaram a ser registadas em documentos oficiais. [18]

Em França, o primeiro registo conhecido de consumo de marmelada portuguesa só aparece em 1573.[18] De acordo com Constance Anne Wilson, a marmelada terá sido, originalmente importada de Portugal para outras partes da Europa e, só depois de se ter popularizado, é que terá começado a surgir uma produção nacional expressiva de marmelada nesses territórios.[18][19]A mesma autora atribui, também, uma origem portuguesa aos vocábulos marmalade do inglês[20] e marmelade[21] do francês.[18]

Em 1495, dada uma substancial afluência de embarcações com marmelada de Portugal, aos portos britânicos, os preços começaram a baixar gradualmente.[18] Entretanto, no séc. XVI, dá-se uma ligeira subida de preço da marmelada, o que aliciou os espanhóis e os italianos, para responder à aparente crescente procura e popularidade do produto nos portos ingleses e do Norte da Europa, a começar a exportar a sua própria versão do produto.[18] As marmeladas desta época eram aromatizadas, podendo levar água de rosas, almíscar[22] ou mesmo sumo de fruta[23], podiam, ainda, contar com especiarias, como noz moscada.[18] ou ornatos como âmbar[22].

No decurso do séc. XVI, evidenciou-se uma notória influência da marmelada portuguesa na doçaria britânica, com efeito, de acordo com Constance Anne Wilson, é possível que essa influência tenha precipitado a transição do mel para o açúcar na doçaria britânica.[24]

A marmelada além de mero prato de doçaria, assumiu-se durante o século XVI também, como uma prenda típica para oferecer a convidados ou em ocasiões festivas.[18]

Em 1524, Henrique VIII de Inglaterra foi presenteado com um boião de marmelada da parte de Mr. Hull of Exeter [25]. A marmelada portuguesa já era afamada entre os comerciantes britânicos da época, sendo objecto de menção em correspondência entretida pelo Lord Lisle com William Grett, já a 12 de Maio de 1534, «Enviei a Vossa Senhoria esta caixa de marmelada, e outra ainda à boa-senhora, sua mulher» e de Richard Lee, 14 de Dezembro de 1536, «Ele agradece sentidamente a Vossa Senhoria pela marmelada».[26][24]

A marmelada também era usada para finalidades medicinais, atribuindo-se-lhe propriedades digestivas e estomacais [27]. Com efeito, Maria Stuart, à qual se reputa um notável gosto por marmelada, terá recebido em 1561, marmelada para ajudar a combater os enjoos.[27]

Confecção e variedades

A confecção de marmelada passa por cozer o fruto de antemão, por molde a obter-se um polme ou papa com a polpa do marmelo[28]. Em seguida, põe-se o açúcar ao lume, com água, em quantidade suficiente para permitir que este derreta, ferva e chegue quase ao ponto de rebuçado.[29] Nesta altura, junta-se o polme da polpa de marmelos e vai-se mexendo com a colher, até levantar novamente a fervura[28]. Quando estiver em ponto estrada[28], retira-se do lume. Depois deita-se em recipientes próprios para o efeito e deixa-se a arrefecer em local com exposição solar, durante alguns dias, a fim de que adquira a crosta sólida característica, que assegura a sua conservação.[30][29]

A proporção de gramas de açúcar por gramas de polpa de marmelo não têm de ser em partes iguais. Com efeito, as receitas modernas tendem a indicar quantidades de açúcar inferiores às de marmelo[29][28], ao passo que as receitas históricas tendiam a indicar quantidades superiores de açúcar.[23][31]

Variedades clássicas

Os marmelos, depois de cortados, tendem a começar a oxidar, por causa da reacção da enzima polifenoloxidase com o oxigénio

Tradicionalmente, a marmelada clássica - de marmelo - tanto pode ser vermelha ou branca.[29] De acordo com Berta Rosa-Limpo, na obra culinária «Livro de Pantagruel», a diferença de coloração prende-se com a oxidação do fruto, durante a cozedura.[32] De sorte que, para fazer a marmelada branca, propõe que se deva cozer-se, preliminarmente, o marmelo inteiro, sem ser cortado à faca, por molde a minorar a possibilidade de o oxidar.[32] Uma vez cozido, o marmelo é descascado e descaroçado. Depois, com a polpa, faz-se um polme que é usado na confecção da marmelada, nos moldes já supra explanados.[32]

Para que a marmelada fique vermelha, basta que se cortem os marmelos, antes de os cozer, a exposição da polpa do fruto ao ar faz com oxide e vá adquirindo uma coloração mais escura.[33]

Variedades sem marmelo

Além da marmelada clássica de marmelo, há receitas tradicionais portuguesas que se servem da palavra «marmelada» para descrever doces que, apesar de confeccionados com outros ingredientes, se lhes assemelham pela sua consistência ou apresentação.[34]

São exemplos disso são:

  • a marmelada de abóbora com laranja, que se serve de abóbora cozida e sumo de laranja[33], em vez de marmelo, pelo que poderá ser uma descendente da variedade histórica da "marmellada de çumos" do séc. XVII[23], a respeito da qual se expenderá infra.
  • a marmelada de pêra[35], que, por seu turno, também se assemelha à perada, receita doce histórica dos séc.XVI[36] e XVII.[37]

Variedades históricas

O mais antigo livro de cozinha português é o Livro de Cozinha da Infanta Dona Maria de Portugal[38], o qual consiste num códice onde se coligiram várias receitas manuscritas, redigidas entre finais do séc. XV e princípios do séc. XVI. [39] O referido códice, conta com 4 receitas de marmelada, de data desconhecida, sendo que todas constam do último caderno do códice, por sinal referente às conservas.[40]

A primeira destas receitas de marmelada vai com o nome «Marmelada de Cesária Ximénes» e a última tem como nome «Marmelada de Dona Joana», sendo que a historiografia moderna desconhece a concreta identidade das referidas mulheres.[40] Nestas receitas já se faz a distinção entre a marmelada branca e a marmelada vermelha, sendo que o método então empregue para obter a marmelada branca, passava por cozer os marmelos inteiros e por recorrer a joeiras tapadas, por molde a minimizar a oxidação do mesocarpo do marmelo.[40]

Na Arte de Cozinha

Outra das mais antigas abonações históricas de receitas de marmelada portuguesas, que chegaram até à modernidade, encontra-se inscrita no primeiro tratado de cozinha português, a «Arte de Cozinha», de 1680, escrita por Domingos Rodrigues.[41]

Com efeito, na segunda parte, capítulo IX, sob a epígrafe «De Doces de frutas, da «Arte de Cozinha», Domingo Rodrigues discorre sobre algumas receitas de marmelada.[42] Além da receita de marmelada comum (marmellada commua), que em pouco difere da receita que persistiu até à actualidade, exceptuando-se talvez a alusão a massa e a introdução opcional de almíscares e âmbares para decorar o doce[22] , Domingos Rodrigues menciona, ainda, mais duas variantes de marmelada:

  • a marmelada crua, caracterizada por não se cozer previamente o marmelo.[31] Em vez disso, aquece-se a calda de açúcar até chegar ao ponto pérola (então chamado ponto bolla), tirava-se do lume e juntavam-se-lhe os pedaços de marmelo cortados e crus.[31] Depois de misturados, iam num tacho ao lume até levantar fervura.[31]
  • a marmelada de sumos (marmellada de çumos), pautada por se fazer a cozedura dos marmelos em calda de açúcar, juntado-se-lhes, facultativamente, pequenas quantidades de sumo de fruta, para servir de aromatizante. [23]

Nesta mesma secção, Domingo Rodrigues ainda menciona mais uma receita com o nome «marmelada», a «marmellada de geléa», que corresponde, grosso modo, a geleia de marmelo. [43]

Marmelada Branca de Odivelas

No mosteiro de Odivelas, desde há séculos as freiras Bernardas produziam a marmelada branca, distinguível das outras pela sua cor branca.[44] Era servida aos convidados e visitantes em pequenos cubos.[45] A receita foi passando de freira em freira, ameaçada pela extinção das ordens religiosas[46].

A marmelada branca de Odivelas caracteriza-se pela sua coloração branca, a qual se deve ao seu método particular de confecção. Com efeito, em vez de fazer uma pré-cozedura do marmelo inteiro, como acontece noutras receitas regionais[32] e históricas[40] de marmelada branca, a marmelada branca de Odivelas vale-se do seu método tradicional de confecção particular, que, entre outras peculiaridades, junta sumo de limão à água em que se coze o marmelo cortado[47][48]. O sumo de limão cria uma barreira entre a polifenoloxidase dos marmelos e o oxigénio, inactivando assim essa enzima e garantindo, desse modo, que os marmelos não escureçam durante a cozedura.[49]

Atualmente o município organiza anualmente o Festival da Marmelada Branca. Encontra-se registada como marca coletiva.[47]

Estatuto jurídico

A directiva europeia 2001/113/CE de 20 de Dezembro de 2001, que é o normativo geral europeu que tutela a confecção de «doces e geleias de frutos, citrinadas e creme de castanha destinados à alimentação humana», embora faça uma distinção legal entre «doce» e «geleia», contemplando, inclusive, o marmelo como um ingrediente lícito no seu fabrico, não se debruça concretamente sobre a marmelada.[50] Em rigor, esse diploma europeu, não só não se abalança a gizar uma definição jurídica de «marmelada», nem a distingui-la de «doce», «compota» ou «geleia».[50]

Em todo o caso, ao nível nacional, a legislação portuguesa tratou de tutelar e regulamentar adequadamente a situação jurídica da marmelada.[3]

Por conseguinte, nos termos da al. d) do n.º 1 do art.º 2.º do Decreto-Lei n.º 97/84, de 28 de Março, a definição jurídica de «marmelada», aos olhos da jurisdição portuguesa é a de «produto resultante da mistura homogénea e consistente, obtida exclusivamente da cozedura do mesocarpo do marmelo com açúcares».[3]

Referências

  1. Cardoso Monteiro da Silva, Branca Maria (2005). Marmelo (Cydonia oblonga Miller) e marmelada: perfil em compostos fenólicos, ácidos orgânicos e aminoácidos livres e avaliação do potencial antioxidante. Porto: Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. p. 48. 226 páginas 
  2. a b Infopédia. «marmelada | Definição ou significado de marmelada no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 3 de janeiro de 2022 
  3. a b c «Decreto-lei 97/84, de 28 de Março». Diários da República. 28 de março de 1984. Consultado em 3 de janeiro de 2022 
  4. Modesto, Maria de Lurdes (1981). Doces Conventuais e Licores da Tradição Portuguesa. Lisboa: Editorial Verbo. p. 31. 44 páginas. ISBN 9722212036 
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  9. Vicente, Gil (1965). Comédia de Rubena. Roma: Edizioni dell'Ateneo. p. 24. 167 páginas  Reedição moderna
  10. Toussaint-Samat, Maguelonne (2009). A History of Food 2nd ed. Hoboken, New Jersey, United States: John Wiley & Sons. p. 507 
  11. Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. p. 24. 178 páginas. ISBN 1903018773 
  12. Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. pp. 23–25. ISBN 1903018773 
  13. Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. pp. 23–28. ISBN 1903018773 
  14. a b Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. pp. 26–28. ISBN 1903018773 
  15. a b Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. pp. 23–28; 37–40. ISBN 1903018773 
  16. Ribeiro, Emanuel (1928). O Doce Nunca Amargou – Doçaria Portuguesa, História, Decoração e Receituário. Lisboa: Colares editora. 240 páginas 
  17. Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. p. 32. 178 páginas. ISBN 1903018773 
  18. a b c d e f g h Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. pp. 29–36. ISBN 1903018773 
  19. Ltd, Not Panicking. «h2g2 - The Original Marmalade - Edited Entry». h2g2.com. Consultado em 4 de janeiro de 2022 
  20. «Definition of MARMALADE». www.merriam-webster.com (em inglês). Consultado em 4 de janeiro de 2022 
  21. Larousse, Éditions. «Définitions : marmelade - Dictionnaire de français Larousse». www.larousse.fr (em francês). Consultado em 4 de janeiro de 2022 
  22. a b c Rodrigues, Domingos (1680). Arte de cozinha dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cozinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis. A segunda de peixes, mariscos, frutas, hervaa [sic], ovos, lacticinios, doces, conservas do mesmo genero. A terceira de preparar meza em todo o tempo do anno, para hospedar principes, e embaixadores. A quarta de fazer pudins, e preparar massas... Lisboa: Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. p. 189  «Cortados os marmellos em quartos, limpos, e aparados sem caroço, nem grainha , ponhaõ-se a cozer, depois de cozidos passem-se por huma peneira ralla. Deite-se em dous arrateis de açúcar em ponto de alambre groço hum arratel de massa ; como eftiver muito bem desfeita a massa no açúcar, ponha-se o tacho no lume hum nada em quanto ergue fervura, tire-se do lume , deitem-lhe âmbar ,ou almiscar se quizerem , deite-se nos covilhetes , e ponha-se a córar ao Sol.»
  23. a b c d Rodrigues, Domingos (1680). Arte de cozinha dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cozinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis. A segunda de peixes, mariscos, frutas, hervaa [sic], ovos, lacticinios, doces, conservas do mesmo genero. A terceira de preparar meza em todo o tempo do anno, para hospedar principes, e embaixadores. A quarta de fazer pudins, e preparar massas... Lisboa: Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. pp. 190–191  «Deitem-se dôus arrateis de marmellos em quartos aparados , em trez arrateis de açúcar em ponto delgado, para que nelle se cozaõ. Em quanto se vaõ cozendo, desfaçaõ se com a colher e deitem-lhe çumo (se quizerem), como estiverem bem cozidos , e enxutos, deitem-se nos covilhetes, e ponhaó a còrar ao Sol.
  24. a b Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. p. 32. ISBN 1903018773 
  25. Public Record Office, Letters and Papers, Foreign & Domestic, of the reign of Henry VIII, vol. VI (1870) p.339, noted by Wilson 1999, p. 31f, and by other writers
  26. Francis Peck, Desiderata Curiosa, vol. 2 (London, 1779), p. 249.
  27. a b Wilson, C. Anne (1986). The Book of Marmalade: its Antecedents, Its History, and Its Role in the World Today. Londres: Constable. pp. 37–40. ISBN 1903018773 
  28. a b c d Berlinda, Inácio (2012). Manual Técnico de Pastelaria. Lisboa: Turismo de Portugal, I.P. p. 83. 257 páginas. ISBN 978-989-96301-5-4 
  29. a b c d Rosa-Limpo, Berta (1952). O livro de Pantagruel: cozinha, doçaria, bebidas. Lisboa: Temas e Debates. p. 725-726. 1192 páginas. ISBN 9789896441272 
  30. «Marmelada Tradicional» 
  31. a b c d Rodrigues, Domingos (1680). Arte de cozinha dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cozinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis. A segunda de peixes, mariscos, frutas, hervaa [sic], ovos, lacticinios, doces, conservas do mesmo genero. A terceira de preparar meza em todo o tempo do anno, para hospedar principes, e embaixadores. A quarta de fazer pudins, e preparar massas... Lisboa: Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. pp. 189–190  «Tomem dous arrateis de açúcar limpo , e posto em ponto de bolla, lhe deitarão hum arratel de marmello , o qual citará já cozido aparado feito em talhadas, e pezado , e tanto que o açúcar estiver no dite ponto de bolla , irao com as maõs desfazendo as talhadas do marmello em bocadinhos ; e deitando dentro do tacho do açúcar, fora do lume-, mexendo-se o marmello no açúcar com huma colher muito bem, feito assim se torna a pôr ao lume mexendo-se que naõ pegue o marmello no fundo do tacho , e tanto que ferver hum bocadinho que faça caracol , se tire do lume , e se vá deitando nos covilhetes. E se lhe quizerem deitar cheiro , o faraó quando o açúcar estiver no ponto , e antes que se lhe deite o marmello.
  32. a b c d Rosa-Limpo, Berta (1952). O livro de Pantagruel: cozinha, doçaria, bebidas. Lisboa: Temas e Debates. p. 725. 1192 páginas. ISBN 9789896441272 
  33. a b Rosa-Limpo, Berta (1952). O livro de Pantagruel: cozinha, doçaria, bebidas. Lisboa: Temas e Debates. p. 726. 1192 páginas. ISBN 9789896441272 
  34. Rosa-Limpo, Berta (1952). O livro de Pantagruel: cozinha, doçaria, bebidas. Lisboa: Temas e Debates. p. 725-728. 1192 páginas. ISBN 9789896441272 
  35. Rosa-Limpo, Berta (1952). O livro de Pantagruel: cozinha, doçaria, bebidas. Lisboa: Temas e Debates. p. 728. 1192 páginas. ISBN 9789896441272 
  36. Dias Arnaut, Salvador (1967). O "Livro de Cozinha" da Infanta D. Maria de Portugal. Coimbra: Universidade de Coimbra. p. 285. 435 páginas 
  37. Rodrigues, Domingos (1680). Arte de cozinha dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cozinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis. A segunda de peixes, mariscos, frutas, hervaa [sic], ovos, lacticinios, doces, conservas do mesmo genero. A terceira de preparar meza em todo o tempo do anno, para hospedar principes, e embaixadores. A quarta de fazer pudins, e preparar massas... Lisboa: Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. pp. 191–192 
  38. Dias Arnaut, Salvador (1967). O "Livro de Cozinha" da Infanta D. Maria de Portugal. Coimbra: Universidade de Coimbra. 435 páginas 
  39. Dias Arnaut, Salvador (1967). O "Livro de Cozinha" da Infanta D. Maria de Portugal. Coimbra: Universidade de Coimbra. pp. 14–15,17,73 
  40. a b c d Dias Arnaut, Salvador (1967). O "Livro de Cozinha" da Infanta D. Maria de Portugal. Coimbra: Universidade de Coimbra. pp. 279–287 
  41. Rodrigues, Domingos (1680). Arte de cozinha dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cozinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis. A segunda de peixes, mariscos, frutas, hervaa [sic], ovos, lacticinios, doces, conservas do mesmo genero. A terceira de preparar meza em todo o tempo do anno, para hospedar principes, e embaixadores. A quarta de fazer pudins, e preparar massas... Lisboa: Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. p. 189 
  42. Rodrigues, Domingos (1680). Arte de cozinha dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cozinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis. A segunda de peixes, mariscos, frutas, hervaa [sic], ovos, lacticinios, doces, conservas do mesmo genero. A terceira de preparar meza em todo o tempo do anno, para hospedar principes, e embaixadores. A quarta de fazer pudins, e preparar massas... Lisboa: Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. pp. 189–192 
  43. Rodrigues, Domingos (1680). Arte de cozinha dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cozinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis. A segunda de peixes, mariscos, frutas, hervaa [sic], ovos, lacticinios, doces, conservas do mesmo genero. A terceira de preparar meza em todo o tempo do anno, para hospedar principes, e embaixadores. A quarta de fazer pudins, e preparar massas... Lisboa: Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. 191 páginas 
  44. CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES DE MARMELADA BRANCA DE ODIVELAS - Indicação Geográfica Protegida (PDF). Lisboa: Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural. 2017. pp. 14–20 
  45. Abrantes Saraiva, Carlota (1995). Mosteiro de S. Dinis de Odivelas. Lisboa: Instituto de Odivelas. 115 páginas 
  46. http://www.mosteirodeodivelas.org/marmelada-branca/
  47. a b Fernandes, Daniel. «Marmelada Branca de Odivelas IGP - Produtos Tradicionais Portugueses». Produtos Tradicionais Portugueses. Consultado em 4 de janeiro de 2022 
  48. CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES DE MARMELADA BRANCA DE ODIVELAS - Indicação Geográfica Protegida (PDF). Lisboa: Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural. 2017. pp. 5–6 
  49. «How does lemon juice prevent the browning of fruit?». askinglot.com. Consultado em 4 de janeiro de 2022 
  50. a b «L_2002010PT.01006701.xml». eur-lex.europa.eu. Consultado em 3 de janeiro de 2022 
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Cavite merupakan sebuah provinsi di Filipina. Ibu kotanya ialah Trece Martires City. Provinsi ini terletak di region Calabarzon. Provinsi ini memiliki luas wilayah 1.512,41 km² dengan memiliki jumlah penduduk 2.856.765 jiwa (2007). Provinsi ini memiliki angka kepadatan penduduk 1.889 jiwa/km². Pembagian wilayah Secara politis provinsi Cavite terbagi menjadi 15 munisipalitas dan 8 kota, yaitu: Kota JumlahBarangay Penduduk(2007) Luas wilayah(km²) Kepadatan penduduk(per km²) City Mayor...

 

 

Palaeolithic, Mesolithic and Neolithic periods in South Asia This article has multiple issues. Please help improve it or discuss these issues on the talk page. (Learn how and when to remove these template messages) This article lacks ISBNs for the books listed. Please help add the ISBNs or run the citation bot. (September 2016) This article includes a list of general references, but it lacks sufficient corresponding inline citations. Please help to improve this article by introducing more pre...

 

 

1963 film by Peter Brook For the novel, see Lord of the Flies. For the 1990 film, see Lord of the Flies (1990 film). For other uses, see Lord of the Flies (disambiguation). Lord of the FliesTheatrical release posterDirected byPeter BrookWritten byPeter BrookBased onLord of the Fliesby William GoldingProduced byLewis M. AllenStarringJames AubreyTom ChapinHugh EdwardsTom GamanCinematographyTom HollymanEdited byPeter BrookGerald FeilJean-Claude LubtchanskyMusic byRaymond LeppardProductioncompani...

Disambiguazione – Se stai cercando il concetto di enciclopedia in linguistica, vedi Enciclopedia (linguistica). Alcuni dei volumi del Brockhaus Konversations-Lexikon, 1902 L'enciclopedia è un'opera di consultazione che raccoglie voci informative o critiche «secondo un sistema logico, o anche sotto forma di voci singole distribuite in ordine alfabetico»,[1] riguardanti l'intero campo della conoscenza umana o un suo determinato ambito.[2] Il termine latino rinascimenta...

 

 

Kodok Batu Limnonectes macrodon, dari Pancawati, Bogor Klasifikasi ilmiah Kerajaan: Animalia Filum: Chordata Kelas: Amphibia Ordo: Anura Famili: Ranidae Genus: LimnonectesFitzinger, 1843 Spesies: L. macrodon Nama binomial Limnonectes macrodon (Dumeril & Bibron, 1841). Kodok batu atau saklon adalah sejenis katak besar yang kerap diburu orang untuk diambil dagingnya. Nama ilmiahnya adalah Limnonectes macrodon, dari bahasa Latin yang berarti bergigi besar (makros, besar; don, gigi), me...

 

 

Interwar Francophone political movement For similar terms, see New Socialism. Neosocialism was a political faction that existed in France and Belgium during the 1930s and which included several revisionist tendencies in the French Section of the Workers' International (SFIO). During the 1930s, the faction gradually distanced itself from revolutionary Marxism and reformist socialism while stopping short of merging into the traditional class-collaborative movement represented by the Radical Par...

سباق نوكير كويرز 2023 تفاصيل السباقسلسلة76. سباق نوكير كويرزمنافسةسلسلة سباقات الاتحاد الدولي للدراجات للمحترفين 2023 1.Pro‏التاريخ15 مارس 2023المسافات193٫6 كمالبلد بلجيكانقطة البدايةدينز [الإنجليزية]‏نقطة النهايةالفرق20عدد المتسابقين في البداية135عدد المتسابقين في النها�...

 

 

Group of Catholic missionary societies The Pontifical Mission SocietiesPalazzo di Propaganda Fide, seat of the Congregation for the Evangelization of PeoplesAgency overviewFormed1922; 102 years ago (1922)Superseding agencyDicastery for EvangelizationJurisdictionCatholic ChurchHeadquartersPalazzo di Propaganda Fide, RomeAgency executives1. Franciscus, Supreme Pontiff2. Archbishop-elect Emilio Nappa, President3. Luis Antonio Gokim Cardinal Tagle, Prefect of the Congregation fo...

 

 

Village in Jharkhand, IndiaMirzachaukiVillageMirzachaukiLocation in Jharkhand, IndiaShow map of JharkhandMirzachaukiMirzachauki (India)Show map of IndiaCoordinates: 25°15′14″N 87°29′43″E / 25.253911°N 87.495411°E / 25.253911; 87.495411Country IndiaStateJharkhandDistrictSahibganjPopulation (2011) • Total248Languages (*For language details see Mandro#Language and religion) • OfficialHindi, UrduTime zoneUTC+5:30 (IST)PIN81320...

Location of Juneau in Alaska This is a list of the National Register of Historic Places listings in Juneau, Alaska. This is intended to be a complete list of the properties and districts on the National Register of Historic Places in Juneau, Alaska, United States. The locations of National Register properties and districts for which the latitude and longitude coordinates are included below, may be seen in an online map.[1] There are 23 properties and districts listed on the National ...

 

 

GrindcoreGrup grindcore Finlandia Rotten Sound tampil di Kuopio pada tahun 2008Sumber aliran Crust punk thrashcore hardcore punk metal ekstrim thrash metal industrial Sumber kebudayaanPertengahan 1980-an, Britania RayaBentuk turunan Mathcore sass Subgenre Deathgrind goregrind pornogrind Versi regionalIndonesiaTopik lainnya Anarko-punk crossover thrash D-beat death metal industrial metal metalcore powerviolence sludge metal Grindcore adalah genre campuran ekstrim dari heavy metal dan hardcore ...

 

 

American-bred, Irish-trained Thoroughbred racehorse (1979–1984) Golden FleeceGolden Fleece and Pat Eddery at Leopardstown, May 1982SireNijinskyGrandsireNorthern DancerDamExotic TreatDamsireVaguely NobleSexStallionFoaled1 April 1979CountryUnited StatesColourBayBreederMr & Mrs Paul HexterOwnerRobert SangsterTrainerVincent O'BrienRecord4: 4-0-0Earnings$283,967Major winsNijinsky Stakes (1982)Ballymoss Stakes (1982)Epsom Derby (1982)AwardsTop-rated European racehorse (1982)Timeform rating: 1...

1974 single by James Brown This article needs additional citations for verification. Please help improve this article by adding citations to reliable sources. Unsourced material may be challenged and removed.Find sources: Funky President People It's Bad – news · newspapers · books · scholar · JSTOR (March 2020) (Learn how and when to remove this message) Funky President (People It's Bad)Single by James Brownfrom the album Reality B-sideColdblooded...

 

 

American cultural anthropologist, author (1924–1974) For other uses, see Ernest Becker (disambiguation). Ernest BeckerBorn(1924-09-27)September 27, 1924Springfield, Massachusetts, U.S.DiedMarch 6, 1974(1974-03-06) (aged 49)Burnaby, British Columbia, CanadaAlma materSyracuse University (BS, PhD)Known forDeath-centric perspective on human psychology, eliciting the creation of Terror Management TheoryNotable work The Birth and Death of Meaning (1971) The Denial of Death (1973) E...

 

 

Patricia Kaas Patricia Kaas (lahir 5 Desember 1966) adalah penyanyi asal Prancis. Dengan dukungan ibunya yang dari Jerman dan ayahnya yang seorang pekerja tambang Prancis ia mulai naik panggung sejak usia 8 tahun, menyanyikan lagu-lagu dari Sylvie Vartan, Claude François dan Mireille Mathieu, dan juga lagu-lagu Amerika seperti New York, New York. Ia kemudian pergi ke Saarbrücken, Jerman untuk bekerja di kabaret Rumpelkammer, di mana ia selama tujuh tahun tampil setiap Sabtu malam. Pada tahu...

This article may need to be rewritten to comply with Wikipedia's quality standards. You can help. The talk page may contain suggestions. (February 2023) Total energy supply 2021[1]   Coal (1.32%)  Oil (69.65%)  Biofuels and Waste (1.72%)  Natural gas (27.13%)  Wind, Solar, etc. (0.18%)  Hydro (1.03%) Energy in Singapore is critically influenced by its strategic position in maritime Southeast Asia, nestled between Malaysia an...

 

 

This article has multiple issues. Please help improve it or discuss these issues on the talk page. (Learn how and when to remove these template messages) This biography of a living person relies too much on references to primary sources. Please help by adding secondary or tertiary sources. Contentious material about living persons that is unsourced or poorly sourced must be removed immediately, especially if potentially libelous or harmful.Find sources: Tim Goodchild – news&#...