Marlene Colla Matheus (São Paulo, 24 de setembro de 1936 — São Paulo, 2 de julho de 2019) foi uma dirigente esportiva brasileira, presidente do Sport Club Corinthians Paulista de 1991 a 1993. Foi casada com Vicente Matheus, presidente do mesmo clube por dezoito anos durante vários mandatos não consecutivos, de 1959 a 1991, e com o prestígio de seu marido, elegeu-se presidente do clube, sendo a primeira e única a ter sido presidente da agremiação.[1]
Bailarina de dança espanhola,[3] conheceu Vicente Matheus durante as comemorações pela conquista do título paulista do IV Centenário, em 1954. Em 1971, quando Matheus retornou ao Corinthians como vice-presidente, Marlene começou a trabalhar na parte social do clube.
Início no Corinthians
Marlene era casada com Vicente, personagem histórico da história do Corinthians, desde 1968 e, a partir deste momento, passou a ser uma figura importante na vida política do clube [3].
Sem poder concorrer novamente à presidência, Vicente seguiu os conselhos do amigo Mário Campos (falecido, anos antes), e endossou o nome de Marlene como sua sucessora. Em 1991, após uma das gestões de seu companheiro, Marlene assumiu a presidência do clube. Os associados aprovaram a ideia e a elegeram com 2.119 votos, tornando-a a primeira mulher à frente de um grande clube brasileiro. Em 1993, na ratificação do Conselho Deliberativo, Alberto Dualib, então presidente do órgão, organizou um golpe para afastá-los do comando. No ano seguinte, uma mudança estatutária impediu a realização de eleições no Parque São Jorge. Vicente e Marlene, unidos a outros opositores, pediram na justiça o afastamento dele. Em 1997, a morte do lendário presidente corintiano a deixou sozinha na luta pela devolução do Corinthians ao povo.
Em mandato que durou até 1993, realizando um feito histórico no clube alvinegro. Durante a sua gestão, o Corinthians conquistou a Supercopa do Brasil de 1991, derrotando o Flamengo [1].
Marlene foi membro nata do CORI (Conselho de Orientação) e foi contra a parceria com a MSI, repetindo o gesto das tentativas anteriores[4]. Por uma aliança com Andrés Sanchez, líder do Movimento Renovação & Transparência, disputou uma vaga no conselho deliberativo, como conselheira quadrienal. A eleição confirmou seu carisma, na primeira vitória importante contra Dualib. Em, 2007, sob o comando de Sanchez, ela assumiu o cargo de vice-presidente social da equipe, mas deixou o cargo um ano depois por conta de desavenças com o presidente.[5]
Aos 82 anos, morreu no dia 2 de julho de 2019, em São Paulo, após alguns dias de internação com quadro de anemia.[7][1] O corpo de Marlene Matheus foi enterrado na tarde de quarta-feira (3) no Cemitério da Quarta Parada, na Água Rasa, Zona Leste de São Paulo [7].
Em homenagem a Marlene, o Corinthians emitiu uma declaração de condolências:
"O Sport Club Corinthians Paulista informa com pesar o falecimento de Marlene Matheus, a primeira e única presidente mulher da história do clube até aqui.
Marlene Matheus se casou com Vicente Matheus, histórico presidente corintiano, em 1968. Desde então, passou a ser figura importante no quadro social e político alvinegro. Em 1991, Marlene Matheus se elegeu presidente do Corinthians, a primeira mulher que conseguiu este cargo na história do clube do Parque São Jorge.
Mesmo após sua gestão, entre 1991 e 1993, Marlene Matheus nunca deixou de ser uma das figuras mais importantes do Alvinegro.
O Sport Club Corinthians Paulista lamenta profundamente o falecimento e deseja força aos familiares neste momento de luto e dor. Assim que o clube tiver confirmações a respeito do velório e sepultamento de Marlene Matheus, esta nota será atualizada com as informações"[5].