Marius Borgeaud (Lausana, 21 de setembro de 1861 - Paris, 16 de julho de 1924) foi um pintor pós-impressionista suíço.[1]
Vida
Oriundo de uma família burguesa, em 1888 começou a trabalhar num banco em Marselha onde permaneceu até a morte de seu pai no ano seguinte.
Recebeu uma relevante herança paterna a qual dissipou levando uma vida dissoluta durante a década seguinte. Após um período de repouso às margens do Lago de Constança por volta de 1900, regressou a Paris disposto a dedicar-se à pintura.
Seu aprendizado, entre 1901 e 1903, se deu com os pintores Fernand Cormon e Ferdinand Humbert. As obras desse período foram praticamente perdidas e nenhuma tela é conhecida antes de 1904.
Devido a seu início tardio na profissão, aos quarenta anos; Borgeaud frequentava especialmente artistas de uma geração mais jovens do que a dele. Alguns destes se tornaram seus amigos próximos; como Francis Picabia, Paul de Castro (1882-1940), Maurice Asselin (1882-1947) e especialmente Édouard Morerod (1879-1919).
Durante os verões, de 1904 ou 1905, ele pintou com Picabia em Moret-sur-Loing (Seine-et-Marne) e com os irmãos Ludovico Rodo Pissarro e Georges Manzana-Pissarro. As obras deste período - neste lugar que anteriormente inspirara Alfred Sisley ou Camille Pissarro - são fortemente marcadas pelo Impressionismo.
A partir de 1908, passou diversas temporadas pintando na Bretanha. Passando breves etapas em Pont-Aven e Locquirec, Borgeaud estabeleceu-se em 1909 em Rochefort-en-Terre em Morbihan. Porém manteve contato com o meio parisiense durante o período.
A colônia artística suíça em Paris era numerosa contando dentre outros com Félix Vallotton, Théophile Alexandre Steinlen, Eugène Grasset, Ernest Bieler e René Auberjonois. Esses personagens se conheciam e se ajudavam mutuamente. Bem integrado entre eles Marius Borgeaud passou a expor na famosa galeria Druet em 1917, onde foi apresentado por Felix Vallotton.
Marius Borgeaud casou-se em 1923 com Madeleine Gascoin e mudou-se para outra aldeia na Bretanha, Le Faouet. A pintura que Borgeaud produziu neste período em Faouët, entre o início de 1920 e o final de 1922, é considerada o apogeu de sua obra.
Instalou-se no ano seguinte em Audierne, que marca a última etapa deste curso bretão. Os problemas de saúde o surpreenderam em 1924. Ele retornou a Paris, onde morreu em seu apartamento em 16 de julho deste mesmo ano.[2]
Trabalhos
A maioria das 300 pinturas a óleo existentes de Borgeaud são paisagens e cenas internas. No entanto, quinze são retratos de pessoas, sendo a mais famosa Coco Chanel.[3]
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Vieilles maisons, effet de soleil
(1907)
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Les joueurs de cartes (1917)
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L'arrivée (1920)
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La bretonne et ses poules (1922)
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Intérieur aux deux verres (1923)
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La chambre blanche (1924)
Referências