Maria Amélia Proença nasceu no dia 21 de Outubro de 1938, na capital portuguesa, bairro de Campo de Ourique.[1]
Estreou-se como Maria Amélia Marques nas noites de Lisboa, até que Manuel Afonso notou a sua voz. Depois de pedida autorização ao pai, inscreveu-a num concurso de fados do jornal Ecos de Portugal, tendo acabado por vencer. Com oito anos a fadista Ercília Costa entregou-lhe a «Taça Amália Rodrigues», e a imprensa da época fazia ecos da sua "graça própria" e "expressão verdadeira".[2][3][1]
Com a mesma expressividade, ainda conta hoje a fadista, dona de uma vitalidade e firmeza, para além de uma portentosa voz, mesmo com mais de sessenta anos.
Nessa altura nunca imaginei que o fado fosse ouvido em salas tão grandes lotadas de apreciadores de todas as línguas.[3]
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Participou nos elencos de quase todas as casas de fado da noite lisboeta,[4] incluindo Adega Machado. Ali cruzou-se com fadistas mais jovens, como Mariza, tendo sido uma importante influência na aprendizagem desta. Diva do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, a sua primeira digressão no estrangeiro foi em 1972, no Extremo Oriente, território na altura bastante aficionado no trabalho musical português. A digressão incluiu Singapura, Macau e Japão.[4]
Em 2005, o seu trabalho como fadista imortalizou-se no documentário da BBCMariza and the story of fado, em que interpreta dois temas, um do seu repertório e outro do repertório amaliano, Ai Mouraria, juntamente com Mariza.
Foi também neste ano que recebeu o Prémio Carreira da Casa da Imprensa. Para comemorar cerca de sessenta anos de sucesso, Maria Amélia Proença editou uma colectânea com os seus mais célebres fados, acompanhada à guitarra portuguesa por Manuel Mendes, à viola pelo seu filho Carlos Manuel Proença, e à viola-baixo por Marino de Freitas. Entre os poetas que canta neste álbum refiram-se Ary dos Santos, Frederico de Brito e Eduardo Damas.
Na edição de 2005, da Grande Noite do Fado, foi galardoada com o Prémio Carreira. [6]
Foi uma das 50 figuras do fado e da guitarra portuguesa homenageadas, em 2012, aquando da celebração do primeiro aniversário do fado enquanto Património Imaterial da Humanidade, tendo nessa altura recebido a Medalha Municipal de Mérito (Grau Ouro), da cidade de Lisboa. [7][8]