Há um certo desacordo entre os historiadores sobre se chegou a ocupar o cargo de censor, possivelmente em 358 a.C., e o de príncipe do senado nos anos posteriores da sua vida. Estes dois cargos, nessa época, estavam ligados, pois até 209 a.C. todos os príncipes do senado deviam ser censores.[5]
Seu filho Caio Fábio recebeu o cognomePictor por ter pintado, em 304 a.C., o templo da deusa da saúde. Ele foi o pai de Caio Fábio Pictor, que foi cônsul em 269 a.C., e avô de Quinto Fábio Pictor, considerado o primeiro romano a compilar uma história da cidade a partir de informações dos pontífices e da tradição popular.[6]
Em 360 a.C., foi eleito cônsul pela primeira vez, com Caio Petélio Libo Visolo.[7][a] A Marco Fábio coube a liderança da campanha contra os hérnicos, que foram derrotados, o que lhe valeu uma ovação.
Enquanto isto, Caio Petélio liderou a campanha contra os tiburtinos, acusados de terem se aliado aos invasores gauleses. Quando estes retornaram para ajudá-los, Quinto Servílio Aala foi nomeado ditador e ele encarregou a Caio Petélio o comando das operações. Os romanos venceram o combate e forçaram os tiburtinos a recuarem para a segurança de suas muralhas, uma vitória que lhe valeu um triunfo.[7]
Segundo consulado (356 a.C.)
Em 356 a.C., foi eleito novamente, desta vez com Marco Popílio Lenas.[8] Apesar de uma derrota inicial contra os faliscos e tarquinenses, aliados contra os romanos, conseguiu levar os romanos à vitória e a um grande butim. Depois que todos os demais povos etruscos entraram na guerra, o Senado nomeou Caio Márcio Rutiloditador, o primeiro plebeu a assumir a função. Ele escolheu Caio Pláucio Próculo (também o primeiro plebeu na função) como seu mestre da cavalaria e assumiu o comando das operações.[8]
Marco Popílio liderou a vitoriosa campanha contra os tiburtinos.[8]
Para o povo de Tarquínia não houve nenhuma piedade: muitos foram mortos durante a batalha e, dos muitíssimos prisioneiros capturados, foram escolhidos trezentos e cinquenta e oito — a flor da nobreza — para serem enviados a Roma enquanto que o resto da população foi entregue às armas.
Como Marco Fábio estava fora de Roma quando chegou a hora de realizar a assembleia, o Senado, que não confiava no seu colega, que havia nomeado um ditador plebeu, e ainda menos no próprio ditador, nomeou interrexes para organizar as eleições. O objetivo dos patrícios era garantir que os dois cônsules eleitos seriam patrícios, o que Marco Fábio realizou com prazer, tendo aparentemente retornado para a cidade neste ínterim[2]: nomeado o décimo-primeiro interrex em 355 a.C., declarou dois cônsules patrícios, uma clara violação da Lei Licínia Sêxtia,[11][12] mas não obteve sucesso.[13] Em 351 a.C., Marco Fábio serviu novamente como interrex até ser nomeado ditador.[5]
Ditadura (351 a.C.)
Em 351 a.C., Marco Fábio foi nomeado ditador pelo Senado para obrigar que fossem repeitadas as leis que regulavam as eleições consulares.[13][5] Seu mestre da cavalaria foi Quinto Servílio Aala. Durante a sua ditadura, e apesar das suas objeções, os plebeus voltaram a ser considerados hábeis para ocupar o consulado segundo os termos da Lei Licínia Sêxtia.[11]
Mestre da cavalaria (322 a.C.)?
É possível que seja a mesma pessoa que, em 322 a.C., foi nomeada mestre da cavalaria (magister equitum) pelo ditadorAulo Cornélio Cosso Arvina, para conduzir a campanha contra os samnitas,[14] mas pode ser também um filho de Marco Fábio, o cônsul em 360 a.C. É certo que este Marco Fábio estava vivo em 325 a.C., quando seu filho Quinto Fábio Máximo Ruliano foi escolhido mestre da cavalaria por Lúcio Papírio Cursor e fugiu da cidade para implorar por proteção contra a vingança dele. Marco Fábio intercedeu em nome do filho tanto perante o Senado quanto do povo.[15]
Este Marco Fábio conduziu a cavalaria romana à vitória contra os cavaleiros samnitas e, depois, à vitória decisiva na batalha campal contra eles.[14]
↑Lívio cita como segundo cônsul Caio Petélio Balbo.[7]
↑Segundo Lívio, este seria o terceiro consulado de Tito Quíncio. Ele reporta ainda que, em alguns anais, aparece como cônsul Marco Popílio no lugar de Tito Quíncio.[9]
T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. p. 578