Hoje se acredita que fosse branco, embora já tenham existido controvérsias acerca de ter sido negro e escravizado[1]. Em 11 de março de 1787 ingressou na Ordem Terceira do Carmo[1]. Deixou obras importantes em diversas igrejas do Recife: o registro mais recuado de sua atuação em Pernambuco data de 1791, quando trabalhou como dourador na Matriz de Santo Antônio, e já no ano seguinte realizou o douramento e a pintura da sacristia da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo[1]. Em 1793 voltou a realizar trabalhos na Matriz de Santo Antônio. Entre 1797 e 1798 prestou serviços à Irmandade do Santíssimo Sacramento na Igreja do Corpo Santo[1]. Em 1799 aparece nos registros da Ordem 3ª de São Francisco como responsável pelo douramento de sua capela e do arco-cruzeiro[2], ao mesmo tempo em que fazia retoques em uma imagem de Cristo na Igreja de Santa Cruz[3].
Entre 1804 e 1807 e 1809 e 1815 atuou como decorador e pintor na Igreja de São Pedro dos Clérigos. Possivelmente foi o autor da pintura no altar do consistório da Matriz de Santo Antônio, onde realizou diversos trabalhos entre 1804 e 1815. O último registro de sua atuação profissional data de 1815, na Ordem 3ª de São Francisco, onde pintou forros, portas e tribunas[1]. Há registro também de serviços na Matriz da Boa Vista à mesma época, onde teria trabalhado na capela-mor[3].
Também lhe é atribuída a autoria do forro da nave do Convento de Santo Antônio, em João Pessoa, possivelmente executada entre 1795 e 1810[4].
Referências
↑ abcdeAcioli, Vera Lúcia Costa. "Manoel de Jesus Pinto". In: Acioli, Vera Lúcia Costa. A identidade da beleza: dicionário de artistas e artífices do século XVI ao XIX em Pernambuco. Recife: FUNDAJ/ Massangana, 2008, p. 354-357.
↑Ordem Terceira do Glorioso Patriarca São Francisco em Pernambuco, Recife, Livro 5º de Despesa, 1795-1835, f. 67v.
↑ abPio, Fernando. História da Matriz da Boa Vista e seu monumental frontispício. Recife: UFPE/ Imprensa Universitária, 1967, p. 18-19.