O chamado Maneirismo Nórdico é o estilo do Maneirismo produzido ao norte dos Alpes nos séculos XVI e XVII. Estilos largamente derivados do Maneirismo italiano foram encontrados na Holanda e em outros lugares pelo meio do século XVI. Os três principais centros de produção foram a França, Praga e Holanda, tendo o estilo se espalhando pelo norte da Europa no últimos quinze anos do século XVI, finalizando com o surgimento do Barroco e com a obra de Caravaggio.
O norte da Europa, no século XVI, e especialmente aquelas áreas onde o Maneirismo foi mais forte, foi afetado por grandes convulsões incluindo a Reforma Protestante, a Contrarreforma, as Guerras religiosas na França e rebeliões nos Países Baixos. Obras religiosas eram produzidas mas eram elaboradas no espírito da época. .[1]
O Chamado Estilo Henrique II, influenciado pelos artistas italianos, dominou a França no período do Maneirismo, entre 1530 e 1590. Francisco I de França e Catarina de Médici trouxeram vários pintores dos ateliês de Michelângelo e Rafael, bem como muitos artistas franceses viajaram para a Itália para estudar. Esses artistas, mais tarde, reuniram-se na Escola de Fontainebleau. Rosso Fiorentino, Francesco Primaticcio e Niccolò dell'Abbate permaneceram a vida inteira trabalhando na França. Mais tarde, surgiram artistas franceses seguindo o mesmo estilo Maneirista. Outros artistas partiram para a Inglaterra com intuito de trabalhar na Casa dos Tudor no gênero dos retratos.
Os maneiristas holandeses, influenciados por Praga, variavam seu estilo de acordo com as encomendas que eram realizadas, mas sempre trabalharam com retratos, naturezas-mortas, paisagens e cenas da vida cotidiana, gêneros intimamente relacionados com a tradição gótica das iluminuras e com a filosofia do Protestantismo, que proibia imagens religiosas. Os maneiristas flamengos, por sua vez, estavam mais ligados à tradição italiana, sendo que muitos artistas foram para a região, especialmente Roma, estudar e trabalhar.