Made World Tour (estilizada como MADE World Tour),[1] foi a segunda turnê mundial realizada pelo grupo sul-coreanoBig Bang, em suporte a seu terceiro álbum de estúdio coreano Made (2016).[2][3] Sua primeira etapa asiática foi anunciada em abril de 2015, e iniciou-se com duas apresentações em 25 e 26 de abril em Seul, Coreia do Sul e foi finalizada no mesmo local em 6 de março de 2016.
A turnê que recebeu aclamação da crítica especializada, com críticos elogiando a diversidade de suas canções e os talentos individuais dos cinco membros, reuniu um público de 1,5 milhão de pessoas através de 66 apresentações em quinze países, que incluiu China, Japão e Estados Unidos,[4] tornando-se a maior turnê já realizada por um artista sul-coreano.[5][6]
Antecedentes
Em 1 de abril de 2015, a turnê foi anunciada pela primeira vez através do Twitter oficial da YG Entertainment, trazendo a informação das duas primeiras apresentações a serem realizadas em 25 e 26 de abril em Seul, Coreia do Sul. Posteriormente em 16 de abril, o seu primeiro trailer foi lançado no canal oficial do Big Bang no Youtube e em 27 de abril, o restante da etapa asiática foi anunciada contendo um total de trinta apresentações.[7][8] Também foram revelados a equipe de profissionais que iriam se juntar a turnê, como LeRoy Bennett, Ed Burke, Gil Smith II e Jonathan Lia, que já haviam trabalho com os cantores estadunidensesBeyoncé e Jay-Z em sua turnê On the Run Tour (2014) e com o próprio grupo durante a sua Alive Galaxy Tour, realizada entre 2012 e 2013.[9][10]
Em julho de 2015, um total de nove novas datas foram anunciadas e incluíram concertos no México, Austrália, China, Taiwan e Macau, marcando a primeira vez que o Big Bang se apresentaria no México, Austrália, Macau e na cidade de Toronto no Canadá.[11][12][13]
Recepção comercial
Para as apresentações em Seul, todos os seus 26,000 mil ingressos foram vendidos em minutos, causando falhas no servidor de vendas devido ao alto trafego.[14] Na China continental, o Big Bang reuniu um público recorde de 280,000 mil pessoas em treze concertos da Made World Tour,[6] realizando concertos com ingressos esgotados nas cidades de Guangzhou,[15]Pequim,[16]Xangai,[17]Dalian e Wuhan. Além disso, outros concertos com ingressos esgotados incluem as três apresentações em Hong Kong,[18] duas em Macau onde foi adicionado mais uma data[19] e em Toronto no Canadá.[20]
Em Singapura, a demanda por ingressos se deu de forma tão grande que foram colocados a venda os chamados "assentos com áudio", após os ingressos iniciais terem-se esgotado rapidamente.[21] Na Malásia, diversos fãs fizeram fila para comprar com antecedência os ingressos para o concerto a ser realizado em 25 de julho no Putra Indoor Stadium, que esgotou-se em poucas horas. Devido a alta demanda, uma segunda apresentação foi adicionada em 24 de julho.[22][23] O mesmo ocorreu em Sydney na Austrália.[24]
A turnê foi incluída na lista de final de ano da publicação Pollstar, referente ao Top 200 Turnês Norte-Americanas, posicionando-se no número 126, pela arrecadação de 7,8 milhões de dólares em quatro concertos.[25] Em Macau, o Big Bang arrecadou um total de 5,3 milhões, tornando-o uma das mais altas bilheterias brutas internacionais da região e listando o quinteto na posição de número 41 no Top 100 Faturamento International de 2015 da mesma publicação.[26]
Transmissão ao vivo
Em 2 de dezembro de 2014, a YG Entertainment realizou uma conferência de imprensa em Hong Kong para anunciar uma colaboração entre si e a QQ Music, a maior plataforma online de música da China, pertencente a empresa de serviços de internet Tencent.[27][28] Em 20 de junho de 2015, foi anunciado que o mesmo teria exclusividade na transmissão ao vivo do último concerto do Big Bang em Xangai a ser realizado no dia seguinte. A sua transmissão ao vivo atraiu 18,8 milhões de visualizações, tornando-se o concerto online mais visto da história.[29] Em 25 de outubro, uma segunda transmissão ao vivo foi realizada pela plataforma, desta vez referente ao concerto de Macau, atraindo mais de 975,000 visualizações, sendo 120,000 mil delas de pagantes, o que estabeleceu um recorde nacional.[30][31]
O concerto final da Made World Tour realizado em Seul, Coreia do Sul foi transmitido ao vivo para a China continental através da Tencent e internacionalmente pelo aplicativo coreano "V" do portal Naver. Este último disponibilizou um serviço multi-câmera com seis transmissões, onde um deles focou em cada membro e um focou em todo o grupo, permitindo assim a escolha do espectador. No aplicativo V, o concerto obteve 3,62 milhões de visualizações no total, tornando-se o seu vídeo de transmissão ao vivo mais visto.[5][32]
Recordes
Através da Made World Tour, o Big Bang estabeleceu e quebrou diversos recordes. Os mais notáveis estão listados abaixo:
O maior público de um concerto coreano da história.
O maior público de um artista coreano na Austrália.[33]
O maior público de um artista coreano no Canadá.[20]
O maior público de um artista estrangeiro na China.[34]
O maior público de um artista coreano em concerto único na China.[35]
O único artista estrangeiro a realizar três concertos consecutivos na Mercedes-Benz Arena em Xangai, China.[17]
O maior público de um artista coreano nos Estados Unidos.[36]
O primeiro artista estrangeiro a vender três concertos em Hong Kong em duas ocasiões distintas.[37]
O maior público de um artista estrangeiro no Japão.[38][39]
O primeiro artista estrangeiro a apresentar-se em uma turnê pelas arenas de cúpula japonesas por três anos consecutivos.[40]
O primeiro artista coreano a realizar um concerto de dois dias no Kuala Lumpur.[22]
O maior público de um artista coreano no México.[41]
A turnê recebeu diversos elogios, sendo aclamada pela crítica especializada. O jornal The Straits Times definiu a apresentação ao vivo do Big Bang, durante seu primeiro concerto em Kallang como "explosiva" e acrescentou que "Seus vocais sólidos os impulsionou através de baladas emotivas, melodias de alta octanagem e rap ardente".[46] August Brown em sua avaliação do concerto realizado em Anaheim para o The Los Angeles Times, classificou-o como um "momento extremamente significativo para o K-pop", além disso, elogiou a diversidade de canções e performances do grupo, descrevendo o Big Bang como "um dos artistas mais inventivos e esteticamente visionários do gênero".[42] David Lee da revista Vibe aclamou o quinteto como os "Os Reis do K-pop" e destacou as suas performances solo como um dos momentos mais interessantes de seu primeiro concerto em Nova Jersey.[47] Para o The Michigan Daily, o Big Bang "é um dos dos raros grupos que tanto inovam como definem a direção que o gênero toma", citando que tanto os trabalhos do grupo como os seus individuais, tem deixado uma marca musical que tem afetado o mercado de música global. Adicionalmente, o mesmo evento foi descrito como "uma elétrica experiência fora do corpo".[48]
Jon Caramanica do jornal The New York Times, descreveu o segundo concerto do Big Bang no Prudential Center, como um "extremo, intenso e irresistível carnavalpop coreano", citando que para a maioria das boy bands ter membros como G-Dragon e T.O.P já seria o bastante, uma vez que os demais integrantes seriam apenas um "enchimento", o que segundo ele não acontece com o Big Bang, pois os demais membros também possuem seus talentos individuais.[43] Além disso, ele avaliou a turnê como uma das melhores do ano de 2015.[49] Em sua avaliação, Bryan Armen Grahamo do jornal The Guardian, deu um total de quatro estrelas de cinco, ao mesmo evento, descrevendo o grupo como "os heróis do K-pop" e elogiando os talentos individuais dos cinco membros. Para o mesmo, as misturas de elementos feitas pelo grupo resultam em um pop plenamente realizado, no "auge de sua criatividade e sofisticação".[44] Jeff Benjamin da Billboard deu ao último concerto realizado nos Estados Unidos, a nota 4.5 de 5, destacando sobre os "cinco indivíduos que são, separadamente complexos, mas que em conjunto são um supergrupo inegável".[45]
Uma crítica positiva também foi feita pelo jornal The Village Voice, que descreveu a apresentação do grupo como única e "diferente de tudo o que há no esquema do pop ocidental", dizendo que o concerto em Nova Jersey "serviu para refletir o espectro das cores da emoção humana".[50] Para o The AU Review, a apresentação do grupo em Sydney foi "um concerto fantástico de um grupo fantástico de membros talentosos". O mesmo ainda faz elogios a produção do concerto, bem como a direção musical do grupo.[51]
↑«BIGBANG深圳完騷趕去蒲» (em chinês). Nextmedia. Consultado em 22 de julho de 2016. Arquivado do original em 24 de setembro de 2017 !CS1 manut: Url estragada (link)
↑«Bigbang To Fascinate China». Yahoo Entertainment Singapore. 26 de agosto de 2015. Consultado em 22 de julho de 2016. Arquivado do original em 16 de outubro de 2015
↑«BIGBANG长沙"万鞋之夜"昨晚开唱» (em chinês). yule.com.cn. 28 de agosto de 2015. Consultado em 22 de julho de 2016