O Canadá foi uma colônia francesa nos primeiros dois séculos de sua história, período no qual a música mais praticada era aquela da corte de Luís XIV, embora muitos músicos buscassem uma aproximação com a população indígena local. Relata-se que, durante o batismo do chefe Membertou, foi executado o Te Deum.[1] É desta época também o primeiro compositor canadense, e talvez o primeiro de toda a América do Norte: Jean Biancourt.[1]
A Igreja Católica, que na época promovia a contrarreforma, investiu pesadamente na música da então colônia, que recebia instrumentos diversos e de boa qualidade antes mesmo de Boston, outro grande centro musical das colônias britânicas na América. Com efeito, a primeira peça canadense de que se tem notícia é uma criada para a liturgia de 1685.[1]
A música secular até existia, mas era bem menos intensa que a religiosa. A cidade de Montreal (Quebec), por sua vez, continha uma sociedade relativamente sofisticada que queria música para dança e diversão.[1]
Quando o controle da colônia passou para os britânicos, a vida musical canadense deu uma guinada. Agora, os músicos locais começaram a ser influenciados pelas bandas militares inglesas, dirigidas por músicos treinados não só na própria Grã-Bretanha mas também na Alemanha. Em 1798, ocorre a primeira apresentação de uma ópera no Canadá: Ricardo Coração de Leão, de André Grétry.[1]
No século XX, o primeiro nome notório foi Ernest Campbell Macmillan. Nesse século, duas escolas distintas de compositores alcançaram grande relevância na música clássica canadense: a escola de Toronto e a de Montreal.[1]
Geoffrey Hindley, ed. (1982). «Music in the Modern World: Music in Canada». The Larousse Encyclopedia of Music (em inglês) 2ª ed. Nova York: Excalibur. ISBN0-89673-101-4