Nascido em Salvador na Bahia, membro da Congregação da Missão, foi formado no Seminário do Caraça. Concluiu seus estudos na Casa-mãe do seu Instituto na França, sendo considerado culto, piedoso e inteligente. Após isso, trabalhou na formação de seminários - como era a prática da Congregação da Missão - na direção dos seminários diocesanos e formação do clero.
Episcopado
Em 1941, enquanto reitor do Seminário Santo Antônio, em São Luís, o então padre Luís, de 37 anos de idade, foi surpreendido pela bula de Pio XII nomeando-o bispo da nascente Diocese de Caxias, no sul do Maranhão[1] - um dos maiores e mais pobres territórios do estado, em todos os sentidos.
Dom Luís Marelim permaneceu quarenta anos à frente do bispado de Caxias - território vasto, porém com clero pequeno - , lançando as bases da diocese, criando paróquias e colégios e trazendo institutos religiosos para ajudar na ação evangelizadora da Igreja.
Concílio Vaticano II
No Concílio Vaticano II, Dom Luís Marelim demonstrou posicionamento tradicional, contrapondo correntes progressistas ao ser adepto da interpretação e aplicação fiéis e tradicionais dos documentos e reformas conciliares. Uniu-se ao Coetus Internationalis Patrum e realizou diversas intervenções orais e escritas nas sessões do Concílio. Por essa razão, seu nome figura na lista dos dez bispos do Brasil que mais intervieram durante o Concílio Vaticano II. Atualmente, porém, é pouco conhecido na Diocese de Caxias.
Dom Luís Marelim aplicou as reformas conciliares em sua diocese conforme a correta interpretação dos documentos e declarações do Vaticano II. Também implementou o Missal Romano promulgado pelo Papa Paulo VI[2]
ADVENIAT REGNUM TUUM (Venha a nós o Vosso Reino) foi o lema episcopal de Dom Luís Marelim. Não mediu esforços para estabelecer a diocese que estava nascendo e deixou legado importante para a organização e história de Caxias.