Luis Ricardo Guevara Mora (San Salvador, 2 de setembro de 1961) é um ex-futebolista e treinador de futebol salvadorenho que atuava como goleiro. Tornou-se famoso por levar dez gols da Hungria na Copa de 1982, na maior goleada da história das Copas do Mundo.
Carreira
Apelidado de El Negro (ou El Loco), Guevara praticava beisebol e basquete, ganhando alguns títulos escolares nos dois esportes. No entanto, decidiu-se pelo futebol, incentivado por Raúl Alfredo Magaña, goleiro de El Salvador na primeira Copa disputada pelo país, em 1970, que tornaria-se seu mentor na carreira, iniciada profissionalmente em 1979, no Atlético Marte, clube onde teria outras três passagens.
Em 1982, Guevara mudou-se para a Espanha, onde defenderia o Real Murcia por um ano. A passagem do goleiro pelo futebol europeu durou pouco tempo, e o goleiro assinaria com o Buffalo Stallions dos Estados Unidos, onde jogou uma temporada antes de voltar a seu país, vestindo as camisas de Once Lobos, Águila e Alianza, além de ter jogado por Xelajú e Aurora, ambos na vizinha Guatemala. Após um ano em inatividade, teve sua quarta e última passagem pelo Atlético Marte, em 2002. No ano seguinte, assinou com o San Salvador, onde acumulou também a função de treinador antes da aposentadoria, aos 41 anos[1][2].
Carreira na seleção
Estreou na Seleção de El Salvador em 1979, mas chamaria a atenção em 1982, quando seu país enfrentaria a Hungria, em Elche. Aos 20 anos, era o goleiro mais jovem da Copa, desbancando Eduardo Hernández e José Luis Munguía, ambos mais velhos que ele, na disputa pela vaga de titular.
Porém, o goleiro nada fez para evitar a maior goleada da história dos Mundiais: 10 a 1 a favor da Hungria - somente László Kiss, que era reserva, fez três gols, enquanto Luis Ramírez fez o gol de honra dos centro-americanos (também o único dos Cuscatlecos na história da competição). Embora tivesse sido vazado duas vezes (1 a 0 para a Bélgica e 2 a 0 para a Argentina), Guevara ficaria marcado para sempre pela goleada frente aos húngaros, mas decidiu seguir na Seleção até 1996, tendo jogado 50 partidas até aquele ano[3][4].
Carreira de treinador
Em 2000, iniciou a carreira de treinador no Atlético Marte depois de ficar sem clube ao final da temporada anterior. Após a passagem como jogador e técnico do San Salvador em 2003, voltaria a comandar os Carabineros em 2010 e 2016.
Também foi treinador de goleiros do Deportivo UES entre 2012 e 2014 e técnico do Quequeisque na temporada 2015–16.
Títulos
- 1980–81 (Atlético Marte), 1991–92, 1996–97, 1998–9 (todos pelo Alianza), 2002–03 (San Salvador)[5]
- 1992–93 (Aurora)
Links
Referências