Lúcia Maria Turnbull, conhecida como Lucinha Turnbull (São Paulo, 22 de abril de 1953), é uma cantora, compositora e guitarrista brasileira.[1]
Lucinha Turnbull é considerada a primeira mulher a tocar guitarra no Brasil.[2][3][4]
Reside em São Paulo, no bairro da Lapa.[4]
Carreira
Filha de pai escocês e mãe brasileira, ganhou seu primeiro violão Di Giorgio,[5] que apelidou de "Horácio" e mantem até hoje,[6] aos 13 anos. Nesta idade, Lucinha já tocava pandeiro na Capops (Cagando e Andando Para a Opinião Pública), banda formada entre amigos do prédio em que morava. Com 15, teve a oportunidade de assistir Luiz Gonzaga ao vivo e inúmeros concertos de música clássica no Theatro Municipal de São Paulo.[2]
Aos 16 anos mudou-se para Londres e da lá assistiu o histórico Show do Exílio, comandado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e a banda Núcleos.[2] Na capital inglesa formou o grupo folk Solid British Hat Band.
De volta ao Brasil em 1972 fez seu primeiro show profissional tocando guitarra, no Teatro Oficina, numa peça do Luiz Antonio Martinez Corrêa.[4][6] Depois, fez o show de abertura para os Mutantes no mesmo teatro. Em seguida formou uma dupla com Rita Lee, as Cilibrinas do Éden, e participaram do festival Phono 73, em São Paulo.[3] Em 1973, passou a atuar como guitarrista e vocalista, ao lado de Rita Lee, no grupo Tutti Frutti, com o qual excursionou pelo Brasil.
Em 1976, formou o grupo Bandolim e participou do musical "Rocky Horror Show", interpretando a personagem Janet Weiss.[2]
Em 1977, participou dos vocais de "Refavela" e "Refestança" com Gilberto Gil e Rita Lee.
Em 1979, gravou o compacto "Ói nóis aqui outra vez", dos Demônios da Garoa.[4]
Ao longo de sua carreira, tocou e cantou em discos de Caetano Veloso ("Cinema transcendental"), Rita Lee ("Babilônia"), Moraes Moreira ("Lá vem o Brasil descendo a ladeira"), Guilherme Arantes ("Corações paulistas"), Erasmo Carlos ("Erasmo convida") e Luli e Lucina ("Luli e Lucinha"), entre outros.
Lançou seu primeiro LP, "Aroma", produzido por Perinho Santana, em 1980.[3]
Em 1982, participou do Festival de Águas Claras.[4]
Sua música "Bobagem" (com Rita Lee) foi incluída no disco "Marginal", de Cássia Eller. Também tem trabalhos com Suely Mesquita, Mauro Santa Cecília, Mathilda Kóvak e Marcio Lomiranda.
Foi morar na Alemanha e na volta ao Brasil tem feito apresentações esporádicas.
Em 2011, se apresenta na Virada Cultural de São Paulo.[7]
Em 2017, colaborou com Edgard Scandurra e Silvia Tape no lançamento de EST.[6]
Em 2020, é lançado o documentário "Lucinha Turnbull", dirigido por Luiz Thunderbird e Zé Mazzei.[8][9]
Prêmios
- 1974 - Melhor guitarra rítmica do Brasil, dado pela Revista Pop.[4]
Referências
Ligações externas