As luciferinas são substratos de enzimas denominadas luciferases, que efectuam a descarboxilação oxidativa das luciferinas (sob a forma de adenilato de luciferina, obtido através da activação de luciferina por ATP) a oxiluciferinas usando oxigénio (O2) e produzindo energia luminosa nessa reacção. As oxiluciferinas podem ser regeneradas posteriormente a luciferinas.[3]
História
No séc. XVII, Robert Boyle observara que todos os sistemas bioluminescentes precisavam de oxigénio para funcionar.
Por seu turno, no advento do século XVIII, René Réaumur apercebeu-se de que o pó resultante da moagem de organismos bioluminescentes secos brilhava no escuro, quando misturado com água.[4]
Os primeiros estudos experimentais com sistemas bioluminescentes, no binómio da luciferina-luciferase, reconduzem-se ao francês Raphaël Dubois.[5] Em 1885, quando fazia experiências com pirilampos, descobriu que a reacção bioluminosa do insecto advinha da utilização de uma substância, que era consumida num processo biológico natural.[6] Destarte, extraiu substâncias de vários organismos bioluminescentes diferentes e separou-as em dois grupos, em função da sua termolabilidade.[5] Às que eram termolábeis (destruíveis pelo calor), deu-lhes o nome de luciferase e às que não o eram denominou-as de luciferina.[6] Ao misturar a luciferina e a luciferase, na presença de oxigénio, Raphaël Dubois conseguiu reproduzir um efeito idêntico à bioluminescência natural.[5]
Vargulina[11]: encontrada em determinados peixes de águas profundas, especificamente ostracodes e peixes pertencentes ao géneroPorichthys. É uma imidazolopirazina.
↑Grimberg, Keila E. (1998). «OS MISTÉRIOS DO VAGA-LUME». Programa Educ@r - USP Sao Carlos. Consultado em 3 de junho de 2012. Arquivado do original em 30 de maio de 2012
↑E. N. Harvey: Bioluminescence. Academic, New York 1952.
↑ abcWaldemar, Adam (1973). Biologisches Licht. [S.l.]: Chemie in unserer Zeit. pp. 182–192. doi:10.1002/ciuz.19730070605
↑NELSON, David L.; COX, Michael M., Lehninger Principles of Biochemistry, 4th ed., W.H.Freeman, 2004, ISBN 978-0-7167-4339-2
↑Shimomura, Osamu (2006). Bioluminescence: Chemical Principles and Methods. [S.l.]: Word Scientific Publishing Company. p. 11. ISBN981-256-801-8
↑Shimomura, Osamu (2006). Bioluminescence: Chemical Principles and Methods. [S.l.]: Word Scientific Publishing Company. p. 30. ISBN981-256-801-8
↑Shimomura, Osamu (2006). Bioluminescence: Chemical Principles and Methods. [S.l.]: Word Scientific Publishing Company. p. 249. ISBN981-256-801-8
↑J. G. Morin: Based on a review of the data, use of the term 'cypridinid' solves the Cypridina/Vargula dilemma for naming the constituents of the luminescent system of ostracods in the family Cypridinidae. In: Luminescence. 26(1), 2011, S. 1–4. PMID 19862683; doi:10.1002/bio.1178