Luiz Marinho Falcão Filho [1] (Timbaúba, 8 de maio de 1926 – Recife, 3 de fevereiro de 2002) foi um dramaturgo contemporâneo brasileiro. Procurou demonstrar através de suas obras o universo cultural e social do nordeste brasileiro. Vários de seus trabalhos foram reconhecidos ao longo de sua vida [2].
Biografia
Luiz Marinho Falcão Filho é filho de Rosa Bezerril Falcão e Luiz Marinho Falcão. Nasceu e foi criado na cidade de Timbaúba, no interior do Pernambuco. Membro de uma família grande de nove irmãos, cresceu ouvindo histórias, observando pessoas, e prometendo retrata-las através de livros ou peças teatrais, tanto histórias de sua infância ou adolescência como na sua fase adulta, que viveu a partir de seus 17 anos, no Recife [3]
Luiz Marinho casou-se com Zaílde Maria França, com quem teve quatro filhos. Faleceu em 3 de fevereiro de 2002, às cinco da manhã, no Hospital Santa Joana no Recife, vítima de um câncer na bexiga. Seu corpo foi velado na Academia Pernambucana de Letras e foi enterrado no mesmo dia, no cemitério de Santo Amaro, também no Recife [3].
Obra
Luiz Marinho escreveu 14 peças teatrais que lhe renderam vários prêmios como o Molière, o da Academia Brasileira de Letras, o da Academia Pernambucana de Letras e o Estadual de Teatro (do então Estado da Guanabara) [3]. Suas obras foram:
- Um sábado em trinta.
- A promessa.
- Viva o cordão encarnado.
- A derradeira ceia.
- A incelença.
- A afilhada de Nossa Senhora da Conceição.
- A valsa do diabo.
- A estrada.
- Foi um dia.
- A família Ratoplan.
- As aventuras do capitão Flúor.
- O último trem para os igarapés.
- Corpo corpóreo.
- As três graças.
Em sua dramaturgia, era transmitida um pouco das suas memórias interioranas, a partir de um universo de crendices, violeiros, vaqueiros, cangaceiros e outros tipos locais. Muito embora tenha sido reconhecido como um autor regionalista, ele acreditava que sua obra transcendia a esta categorização, segundo palavras do próprio [3]:
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Apenas procuro defender e valorizar o que amo. Que viva o teatro maior, de todas as regiões e pátrias. (Luís Marinho)
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”
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Sua primeira peça, "Um sábado em trinta", foi vista por milhares de pessoas, em diversas grandes cidades como: Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e em outras capitais do Brasil, tendo grande sucesso e alcançado um surpreendente êxito incomum no teatro brasileiro. Antes mesmo de sua estréia, Luís Marinho recebeu em 1963, dois importantes prêmios: um no concurso da União Brasileira de Escritores, secção Pernambuco; outro no concurso da Escola de Belas Artes, da Universidade do Recife. Outra premiação significativa deu-se em 1974, quando o teatrólogo foi contemplado com o prêmio Molière, de melhor autor, pela obra "Viva o cordão encarnado", dirigida por Luís Mendonça, no Rio de Janeiro [3].
Notas e referências
- ↑ Pela grafia arcaica, Luiz Marinho Falcão Filho.
- ↑ Prefeitura do Recife. Luiz Marinho - O homenageado.
- ↑ a b c d e VIEIRA, Anco Márcio Tenório. Luiz Marinho: o sábado que não entardece. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2004, (Coleção Malungo, volume 10).
Ligações externas