Amadeu VIII abdicou do ducado em 1440 para ser sucedido por Luís, cuja incapacidade e fraqueza contrastavam intensivamente com a força e o entusiasmo de seu pai. Seu governo marcou o início da desintegração de Saboia, que despertou a cobiça de seus vizinhos Borgonha, França e a Confederação Suíça.
Luís era muito influenciado por sua esposa. Cercada por seus favoritos cipriotas, cuja arrogância irritava a todos, Ana gastou todas as sábias economias organizadas sob Amadeu VIII. O declínio tinha começado, e os padrões exemplares estabelecidos durante o governo de Amadeu deterioraram-se. Logo, a extorsão, o suborno e a violência se tornaram a lei. O irmão mais novo de Luís, Filipe de Bresse, até organizou o afogamento de um vice-chanceler e de um chanceler do ducado por razões de vingança. Mais e mais os nobres exasperados de Saboia iam para o exílio, e suas propriedades eram confiscadas.
Luís, depois de intervir nas intrigas do delfim, futuro Luís XI, conseguiu organizar o casamento de seu filho Amadeu com Iolanda, filha de Carlos VII, contra os desejos de Luís. Por causa disto, Carlos VII não invadiu Saboia. Com o passar do tempo, a política de Luís se voltou mais e mais para o Piemonte, para a vantagem das ambições expansionistas dos estados confederados do sul.
O governo de Luís e Ana foi marcado pelo presente dado a eles, em 1453, do que se tornou posteriormente conhecido como o Sudário de Turim, por Margarida de Charny. Primeiramente, Luís e Ana anexaram o sudário à sua capela portátil, e levavam-no consigo aonde fossem. Então, a partir de 1502, eles o confiaram aos cônegos do colégio fundado por sua nora Iolanda, para ser mantido na capela do castelo de Chambéry.