Lotsawa ou lo-tsa-ba (em tibetano: ལོ་ཙཱ་བ; Wylie: lo tsA ba) é uma palavra tibetana usada para referir os tradutores nativos tibetanos que trabalharam em conjunto com pânditas (académicos indianos) na tradução de textos budistas de sânscrito para tibetano, chinês e outras línguas asiáticas. É também usada como epíteto de alguns desses tradutores mais proeminentes, como é o caso de Marpa Lotsawa. Pensa-se que a palavra tem origem no sânscrito locchāva, que significa "bilingue" ou "olhos do mundo". O termo é também aplicado a tradutores modernos de textos budistas tibetanos.
Entre os lotsawas mais célebres, além do já referido Marpa (1012–1097), podem referir-se Vairotsana (segunda metade do século VIII) e Rinchen Zangpo(958–1055). Entre os lotsawas mais antigos, destaca-se Jnanasutra (século V/VI), um membro da escola Nyingmapa que contribuiu para a primeira vaga de traduções de sânscrito para tibetano.[1] Outro lotsawa importante foi Yudra Nyingpo(c. século IX), um dos principais discípulos de Vairotsana.[2] Outro lotsawa proeminente, muito mais tardio, foi Gö Lotsawa Zhönnu-pel(1392–1481), autor dos famosos Anais Azuis (deb ther sngon po), uma das principais fontes da história do Tibete até ao século XV.[3]
Notas e referências
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Lotsawa», especificamente desta versão.