Locomotiva nº 1 (Cia. Ituana de Estradas de Ferro)


Locomotiva nº 1 CIEF
Locomotiva nº 1 (Cia. Ituana de Estradas de Ferro)
Descrição
Propulsão Vapor
Fabricante Baldwin Locomotive Works
Número de série 3627
Modelo American
Classificação Whyte 4-4-0
Características
Bitola 960 mm
rebitoladas para 1000 mm
Operação
Ferrovias Originais Companhia Ituana de Estradas de Ferro
Ferrovias que operou Estrada de Ferro Sorocabana
Apelidos D.Pedro II (1874-19??)Regina
Data de entrega 1873
Ano da entrada em serviço 1874
Ano da saída do serviço 1927 a 1933[1]
Unidades preservadas 1
Nome oficial: Locomotiva nº 10 (atual 1 CIEF)
Categoria: Ferroviário
Processo: 18.499/2010 [2]
Legislação: Decreto Municipal/Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio de Sorocaba
Livro do tombo: Histórico
Proprietário atual União

A Locomotiva CIEF nº 1 Regina foi uma das primeiras locomotiva da Companhia Ituana de Estradas de Ferro. Entregues entre 1873 e 1874 em um lote de quatro (uma das quais financiada pelo Imperador Pedro II do Brasil)[3], as locomotivas 4-4-0 substituíram as cinco locomotivas britânicas de seis rodas que haviam sido adquiridas em 1872 e que haviam tido desempenho insatisfatório.[4] Posteriormente, com a aposentadoria precoce de quatro das cinco primeiras locomotivas da Ituana do serviço ativo em 1878[5], foi renumerada simbolicamente como número 1 e recebeu o nome de "D.Pedro II".

Em 1892 ocorreu a fusão entre a Companhia Ituana de Estradas de Ferro e a Estrada de Ferro Sorocabana. Depois, em 1904 a Ituana foi incorporada pela Sorocabana e a Regina foi renumerada como nº 10. Hoje ela encontra-se preservada na Estação Ferroviária de Indaiatuba.[6]

Aposentada em Santos em 1933[7], a locomotiva "D.Pedro II" foi instalada como monumento nas Oficinas de Locomotivas de Sorocaba onde permaneceu até 2001, quando foi levada para Votorantim para ser restaurada e foi renomeada "Regina". A locomotiva, porém acabou envolvida em uma controversa transferência para Indaiatuba onde permanece desde então abandonada no Museu Ferroviário de Indaiatuba. Desde então o Ministério Público de Sorocaba move uma ação pedindo a restituição da locomotiva a Sorocaba.[8]

Referências

  1. Benício Guimarães (1993). «Estrada de Ferro Ituana e Estrada de Ferro Sorocabana». O Vapor Nas Ferrovias do Brasil, página 123/republicado pela Memória Estatística do Brasil - Biblioteca do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro- arquivado no Internet Archive. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  2. «Lista de Bens Tombados». Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio de Sorocaba. Consultado em 3 de outubro de 2021 
  3. Companhia Ituana de Estradas de Ferro (9 de março de 1873). «Máquinas, trem rodante, materiais para o tráfego, etc» (PDF). Relatório para 1873, página 6/republicado pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  4. Companhia Ituana de Estradas de Ferro (7 de janeiro de 1872). «Srs. Acionistas» (PDF). Relatório para 1871, página 5/republicado pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  5. Companhia Ituana de Estradas de Ferro (10 de novembro de 1878). «Repartição de tração:Locomotivas» (PDF). Relatório para 1878, páginas 22 e 23/republicado pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  6. Wanielly Amorim (2 de março de 2021). «Espaço cultural Museu Ferroviário receberá melhorias no prédio e restauração da locomotiva». Prefeitura de Indaiatuba. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  7. «Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 10». Patrimônio. Consultado em 3 de outubro de 2021 
  8. Marcel Scinocca (28 de Setembro de 2019). «Ministério Público questiona situação da Locomotiva 10 em Indaiatuba». Jornal Cruzeiro do Sul. Consultado em 3 de outubro de 2021