Este artigo documenta rajadas descendentes convectivas (microbursts/macrobursts, frentes de rajadas e heatbursts) significativas no Brasil.
Importante:
Este artigo não documenta downbursts comuns, que são rajadas descendentes que costumam ocorrer durante chuvas convectivas normais, geralmente com velocidades inferiores a 90 km/h e raramente causando danos.
Antes de adicionar algum fenômeno à lista, certifique-se de que ele realmente se trata de um downburst ou uma frente de rajada, e não de downdrafts ordinários de tempestades convectivas normais.
Frentes de rajadas (e seus efeitos como: tempestades de poeira/areia) também são documentados.
Rajadas descendentes (também chamados de downdrafts) são fenômenos meteorológicos bastantes comuns em todo o Brasil, ocorrendo quase diariamente.
Esses eventos também são chamados de "vendaval", "tempestade de vento" e "temporal de vento". Na América do Sul, são mais frequentes e mais altamente severos na Bacia do Rio da Prata, onde parâmetros como taxas de lapso variáveis em baixos níveis da atmosfera, diferença atmosférica e vertical de índices de humidade, alto DCAPE (≥1000 J/kg-1), são facilmente alcançáveis, o que resulta em downdrafts intensos durante tempestades convectivas. Porém, algumas regiões de Minas Gerais (Zona da Mata, Campo dos Vertentes, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri), norte do Rio de Janeiro e na Bacia Amazônica, também são muito propícias a downbursts extremos.
Uma vez que esta coluna de ar atinge o solo e se espalha, ela produz rajadas de ventos em linha reta que podem atingir até 300 km/h, equivalente a velocidade de um tornado F3 na Escala Fujita e também equivalentes a um ciclone tropical de categoria 5. Fortes downbursts e frentes de rajadas são capazes de causar estragos por quilômetros, derrubando árvores, linhas de energia e cercas e causando danos extremos a edifícios. Porém, apenas uma média fração desses eventos atingem magnitudes capazes de causar destruição significativa (>130 km/h) e são sempre produzidos de tempestades convectivas severas.
Eventos dessa alta magnitude ocorrem muitas vezes em todos os meses, em quase todos os estados brasileiros. A maioria dos downbursts não excedem a velocidade dos 120 km/h e geralmente causam apenas leves danos. Eventos dessa baixa magnitude podem ocorrer em tempestades pulso (ou unicelulares) ou multi-celulares (fusão de células únicas), propícias a correntes descendentes.
Na maioria das vezes, essas tempestades convectivas de vento severas ocorrem em áreas desabitadas e/ou área rurais, o que resulta em quase nenhum relato de danos.
Base de dados oficial
De acordo com a PREVOTS, mais de 16598 relatos de danos por ventos convectivos foram registrados em todo o país entre 1° de junho de 2018 até 31 de maio de 2023, sendo que 47 eventos foram significativos (>120 km/h).[1]
Década de 1990
1994
21 de dezembro - Vendaval devastador em Flores de Goiás (GO). 20 casas completamente destruídas. Postes destruídos, deixando o município incomunicável e sem energia elétrica. Estado de calamidade pública tinha sido decretado no município.[2]
1997
21 de dezembro - Microburst severo em Goiânia, GO. Rajadas de vento de 130 km/h foram registradas em um aeródromo do Aeroporto Santa Genoveva. Ocorrência durante as 14:50 hrs. Evento documentado pela UFRGS.[3]
Década de 2000
2004
7 de novembro - Rajada de vento de 144,3 km/h registrado em uma estação particular da região, em Campo Grande (MS). Acompanhado de aguaceiros torrenciais.
2005
16-18 de janeiro - Derecho progressivo extraordinariamente raro em todo o centro-norte dos estados do Pará e Amazonas. A gigante linha de instabilidade produziu centenas de downbursts muito severos em múltiplas localizações. Rajadas de vento estimadas em mais de 140 ou 150 km/h, provocaram a derrubada de mais 500 milhões de árvores na Floresta Amazônica. Destruição em aldeias e municípios também foi registrada.[4]
2006
29 de março - Tempestade supercelular, acompanhada de vários downbursts, com produção de múltiplos tornados em Piracicaba e na região de Campinas, no estado de SP. Rajadas de vento medidas em até 158 km/h no anemômetro do posto meteorológico da Esalq. Ocorrência entre as 11h e 12h.[5]
2007
5 de dezembro - Downburst em Muriaé (MG), com rajadas de ventos registradas em 138,9 km/h, em um aeródromo. Evento documentado por um estudo publicado pela UFRGS.[3]
2008
3 de novembro - Tempestade severa produziu um downburst em Resende, RJ. Rajadas de vento medidos em 164,5 km/h. Ocorrência durante as 21:00 hrs. Evento documentado pela UFRGS.[3]
2009
7 de setembro - Downburst severo, produzido por um derecho progressivo em todo o sul do Brasil. Na área rural de Candiota (RS), houve rajadas estimadas em mais de 150 km/h pela Defesa Civil. Centenas de outros municípios de todo o sul do Brasil foram devastados por tempestades de granizo, vendavais extremos e tornados.[6]
7 de setembro - Tempestade com microburst em Bagé (RS), resultado de um derecho em forma de arco (bow-echo) que atravessou o sul do Rio Grande do Sul. Rajadas de 107,6 km/h foram registradas em uma estação automática, mas no Aeródromo do município foi registrado 130 km/h.[6]
7 de setembro - Downburst devastador em área rural de Lavras (RS), produzido por uma super-célula de alta precipitação. Rajadas acima de 150 km/h foram estimadas em um arquivo digital da Defesa Civil. Silos, propriedades rurais e vegetações foram devastadas.[6]
7 de setembro - Série de downbursts em Pedras Altas (RS), produzidos por uma linha de instabilidade em arco (derecho). Rajadas de ventos estimadas em acima de 180 km/h por meteorologistas.
14 de outubro - Downburst úmido e severo em Matelândia (PR). Aproximadamente 500 residências parcialmente destruídas, 2 silos totalmente destruídos, dois centros comunitários parcialmente destruídos, muitos postes de transmissão de energia elétricas derrubados, e muitas lojas com vidros e janelas estourados, além da queda de centenas de árvores. Rajadas de ventos estimadas em acima de 150 km/h em alguns pontos bem isolados.[7][8]
14 de outubro - Downburst úmido em Cascavel (PR). Destruição de dezenas de residências e queda de dezenas de postes e árvores. Vários edifícios públicos também danificados e 1 pessoa ferida e várias desabrigadas.[8]
14 de outubro - Tempestade severa com rajadas descendentes destrutivas em Iguatu (PR). 31 residências completamente ou parcialmente destruídas, 400 desalojados e 80 desabrigados. 25 pessoas ficaram levemente feridas.[8]
14 de outubro - Tempestade destrutiva em Três Barras do Paraná (PR). 200 residências danificadas, 10 destruídas. Foram registrados 600 desalojados e 300 desabrigados.[8]
14 de outubro - Vendaval destrutivo em Diamante do Oeste (PR). 82 residências danificadas e 3 destruídas. 328 desalojados e 12 desabrigados.[8]
Década de 2010
2010
12 de janeiro - Tempestades severas, com granizo grande (≥5 cm) e múltiplos vendavais com rajadas de até 135 km/h em 4 municípios de Sergipe. Em Canindé, rajadas de vento em 112 km/h foram registrados por uma estação meteorológica. Em Gararu, rajadas de até 135 km/h provocaram a destruição de 3 residências. Em Porto da Folha, um vendaval severo causou destruição completa de 10 residências e algumas outras edificações. Ocorrência durante a madrugada. Em todo o estado, tempestades de vento e granizo grande danificaram plantações e criações de gado.[9]
2012
8 de fevereiro - Tempestade unicelular muito severa em Goiânia (GO), atingindo vários bairros na região norte da cidade, sendo os bairros Setor Santo Hilário e Jardim Guanabara os mais atingidos. Rajadas descendentes destruíram uma praça inteira no Setor Santo Hilário, além de derrubar várias outras árvores e danificar dezenas de residências. No Jardim Guanabara, dezenas de árvores foram derrubadas.[10]
25 de outubro - Downburst com rajadas de 129,9 km/h em Coari, AM. Registrado por um aeródromo.[3]
16 de dezembro - Linha de tempestades (derecho progressivo), com produção de múltiplos vendavais (downbursts e frente de rajadas severas), no sul/sudoeste/sudeste do Rio Grande do Sul. Rajada de vento de 177 km/h foi recordada em uma estação meteorológica particular na zona rural de Dom Pedrito (RS), durante as 21:32 h. Todos os municípios atingidos pela linha de instabilidade foram poupados de ventos acima de 130 km/h, com os downbursts mais intensos ocorrendo nas zonas rurais.[11]
27 de dezembro - Downburst com rajadas de vento, registrados por uma estação meteorológica, de 159,8 km/h em Itapeva, SP. Evento documentado pela UFRGS.[3]
2013
21 de julho - Tempestade acompanhada de macroburst em grande parte do município de Piracicaba, SP. Várias árvores foram arrancadas, retorcidas ou derrubadas, casas destelhadas, vidraças quebradas, entre outros danos. O fenômeno também derrubou um pedaço do muro do Cemitério da Saudade. Ventos medidos em até 128 km/h na estação do INMET.[12][13]
2014
31 de janeiro - Microburst atinge a cidade de Novo Hamburgo, RS. Além dos fortes ventos que chegaram entre 120 a 150km/h, houve também queda de granizo, e a queda da cobertura do hipermercado Atacadão no local, causando danos a cerca de 30 veículos no local. Houve também falta de energia elétrica generalizada e também de abastecimento de água.[14]
15 de outubro - Downburst úmido originado de uma tempestade supercelular em Tangará da Serra (MT). Ocorreu durante a tarde e deixou um rastro de destruição generalizada, além de até virar um carro no centro do município. Rajadas de ventos observadas em 160,9 km/h.[15]
20 de dezembro - Macroburst extremamente severo e devastador em Santana do Livramento, RS. Destruição de mais 8 torres éolicas de grande porte. Rajadas de vento estimados em mais de 200 km/h na zona rural do município.[16]
20 de dezembro - Microburst originado de uma tempestade supercelular em Porto Alegre, RS. Registro de rajadas de vento em 129 km/h na estação meteorológica do aeroporto.[17]
29 de dezembro - Microburst em São Paulo, SP. Houve registro de mais de 280 árvores derrubadas. [18]
2015
7 de setembro - Microburst com rajadas estimadas de até 120 km/h em Várzea Grande, MT. Acompanhado de granizo.[19][20]
2 de outubro - Duas super-células de alta precipitação, com produção de dois downbursts severos no aeroporto de Barbacena (MG). A primeira super-célula de tempestade atravessou o município pelas 17h14, gerando rajadas de 135 km/h no aeroporto e também granizo. A segunda super-célula atravessou a mesma localização a partir das 19h e produziu rajadas de 120 km/h.[21]
24 de dezembro - Frente de rajada com produção de downbursts em grande parte da microrregião do Pajeú, em Pernambuco. Houve registro de uma tempestade de poeira associada aos ventos fortes. As rajadas de vento foram estimadas pela mídia em até 110 km/h, mas os danos não condizem com a classificação, o que gerou uma controvérsia.[22]
5 de janeiro - Microburst úmido de curta duração em Cipó (BA). Algumas residências desabaram.[23]
29 de janeiro - Série de macrobursts e microbursts muito severos em Porto Alegre (RS), em alguns bairros da zona central. Os downbursts se originaram de uma violenta tempestade supercelular que adentrou toda a capital. Rajadas de ventos foram estimadas em mais de 140 km/h.[24]
5 de junho - Microburst em São Carlos (SP). Destruição de residências e muitas outras edificações. Postes danificados e árvores derrubadas. Ventos estimados em até 130 km/h.[25]
5 de junho - Violento microburst em Campinas (SP). Rajadas de vento plausíveis em acima de 120 km/h. Um tornado F1 também acompanhou a tempestade severa, afetando um pequeno ponto do "Bairro Taquaral". Ocorrência entre a noite e a madrugada.[26]
16 de outubro - Tempestade extremamente severa, resultado de uma super-célula de alta precipitação que avançou do oceano e adentrou todo o município de Tubarão (SC). Causou devastação em todo o município. Rajadas de vento foram medidas em mais de 150 km/h em estações particulares e 220 km/h em uma torre eólica.[27]
17 de dezembro - Aguaceiro acompanhado de downburst intenso em Tabira (PE), durante a noite. Houve queda de árvores, paredes e placas, destelhamentos, quebra de vidraças, além de outros estragos. Rajadas de vento estimadas em mais de 100 km/h.[28][29]
2018
12 de junho - Downburst úmido muito severo, em Presidente Getúlio (SC).[30]
3 de agosto - Tempestade acompanhada de microburst em São Francisco de Paula, MG. Filmado por uma câmera da Clima ao Vivo.[31]
4 de outubro - Tempestade acompanhada de downburst em Londrina, PR, com rajadas de vento de até 105,8km/h. Ocorrência por volta das 13h30.[32]
18 de dezembro - Tempestade severa e produção de um violento downburst, com rajadas de vento de 150.1 km/h em Vacaria, RS. Velocidade medida por uma estação meteorológica. Ocorrência entre as 14:00 e 15:00 hrs.[3]
2019
28 de janeiro - Ventania em vários munícipios de Pernambuco e da Paraíba, resultado de uma linha de instabilidade que se formou no litoral e avançou até o sertão. As cidades mais afetadas foram Arcoverde (PE) e Pesqueira (PE), onde, no caso do segundo, um idoso ficou ferido após ser atingido pela cobertura de uma tenda que cedeu com o vendaval. Também houve estragos significativos em Campina Grande (PB) e Afogados da Ingazeira (PE).[33][34][35][36]
30 de maio - Downburst severo em São Miguel do Oeste (SC).[37]
1° de outubro - Tempestade severa (unicelular) localizada acompanhada de um microburst em Nova Rosalândia (TO). Vários postes quebrados, árvores derrubadas e destruição ligeira de residências. Na zona rural, múltiplas torres de transmissão foram tombadas.[38]
17 de outubro - Microburst com velocidades de 131 km/h em Ribas do Rio Pardo, MS. Vários danos registrados.
27 de outubro - Dois microbursts muito severos em Caldas Novas (GO). Derrubada de inúmeros postes, destelhamento de varias casas e destruição parcial de comércios.[39]
7 de novembro - Microburst em Tangará da Serra (MT). Rajadas de vento plausíveis em até 100 km/h.[40]
12 de novembro - Microburst em Morro Agudo, SP. Filmado por uma câmera da Clima ao Vivo.[41]
Década de 2020
2020
13 de abril - Microburst úmido em Fátima do Sul (MS), durante a madrugada. Foi produzido por uma super-célula de alta precipitação com rotação notável no radar meteorológico, durante um surto de várias super-células no estado. Muitas casas com telhados e janelas destruídas, além de queda de dezenas de árvores de grande porte e de uma torre de rádio.[42]
30 de junho - Derecho serial no Sul do Brasil durante a passagem de um ciclone bomba. Registro de rajadas de vento superiores a 150 km/h, incluindo o registro de uma rajada de vento de 180 km/h em uma estação meteorológica particular do Morro do Bradador (SC). Centenas de municípios do RS, SC e PR registraram danos.[43]
30 de setembro - Tempestade severa com violento microburst em Confresa (MT). Destruição total ou parcial em dezenas de edificações, como órgãos públicos/privados e residências, o que fez o município decretar situação de emergência. Mais de 25 pessoas feridas. Ocorrência durante a noite e acompanhado de granizo miúdo. Danos similares aos de um tornado IF1.5/+IF1 (na escala Fujita internacional).[44][45]
6 de outubro - Tempestade severa, acompanhada de um downburst súbito e severo, em Divinópolis (MG). Destruição de muros e edificações registradas. O telhado de um hiper-mercado foi completamente destruído e desabou.[46]
23 de outubro - Tempestade acompanhada de microburst em Cuiabá (MT). Evento foi filmado por uma câmera da Clima ao Vivo.[47]
16 de novembro - Microexplosão no noroeste do município de Piracicaba (SP). O fenômeno causou a queda de várias árvores e postes.[48]
2021
9 de março - Tempestade severa e microburst em São José dos Campos, SP. Velocidade do vento foi estimada em mais de 130 km/h, de acordo com os danos. Incorretamente classificado como tornado por razão de evidências falsas.[49]
9 de outubro - Macroburst úmido destrutivo em Pirassununga, SP. Rajadas de vento estimadas em mais de 140 km/h.[50]
28 de setembro - Microburst úmido e severo, acompanhado de chuva torrencial, em Rondonópolis, MT. Vários postes de cerâmica tombados em uma única estrada. Rajadas de vento foram estimadas em mais de 100 km/h, de acordo com a PREVOTS.[51][52]
15 de outubro - Várias tempestades severas acompanhadas de tempestades de poeira em dezenas de municípios do Mato Grosso do Sul. Houve registro de uma tempestade severa de poeira em Corumbá, acompanhada de rajadas de vento de 145 km/h, medidos por uma estação meteorológica. 7 fatalidades registradas em Corumbá, depois que um barco foi virado pelas rajadas de vento. Em Rio Brilhante, houve medição de rajadas de vento em 110 km/h, resultado de ventos convectivos severos de uma tempestade de poeira. Em Campo Grande, foi registrada outra tempestade de poeira, acompanhada de rajadas de vento medidas em 102 km/h.[53]
2022
17 de janeiro - Tempestade super-celular com produção de vários downbursts em Guaíba (RS). Destruição total de edifícios, residências, espaços públicos e praças, além de arrancar dezenas de postes e árvores. Uma escola estadual de ensino médio foi completamente destruída. As rajadas de vento foram estimadas em acima de 150 km/h em alguns pontos do município por causa da destruição de várias torres de transmissão.[54][55]
24 de janeiro - Tempestade violenta em Iraí, RS.[56]
8 de março - Microburst em Porto Alegre, RS. Velocidade do vento estimada em mais de 100 km/h.[57]
15 de agosto - Macroburst em Canoas/Gravataí, RS. Vários registros de rajadas de ventos severos em várias localizações dos dois municípios. Foi recordado 120,5 km/h na base aérea de Canoas, mas de acordo com a MetSul a velocidade do vento foi muito mais severa em certas localizações, podendo ter chegado até os 150 km/h.[58]
2023
As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil tiveram um ano de 2023 bastante ativo em relação à frequência de tempestades convectivas intensas, principalmente devido à influência do evento climático El Niño.[59]
17 de janeiro - Microburst em Xanxerê (SC). Rajadas de vento acima de 120 km/h.[60]
23 de janeiro - Microburst úmido e destrutivo em Gaspar (SC), com rajadas de vento acima de 130 km/h.[61]
26 de janeiro - Downburst úmido severo em Taquara. RS. Em alguns pontos, as rajadas de vento foram estimadas entre 120-150 km/h pela MetSul Meteorologia. Caída de dezenas de árvores, destelhamento de mais de 100 residências e queda de energia.[62]
29 de janeiro - Microburst em Abelardo Luz (SC).[63]
26 de fevereiro - Downburst úmido em São João do Itaperiú (SC). Com rajadas de vento estimadas em acima de 140 km/h.[64]
6 de março - Microburst isolado em Brasília (DF). Danos intensos no Colégio Militar Tiradentes.[65]
11 de julho - Downburst úmido em Herval d'Oeste (SC).[66]
15 de setembro - Microburst intenso em Colatina (ES), com ventos acima de 100 km/h, na manhã do respectivo dia. Houve danos generalizados por todo o município.[68]
27 de setembro - Microburst úmido e intenso em Piracicaba (SP). Derrubada de mais de 130 árvores, além de muros, placas e postes. Houve destelhamentos de residências e comércios e o desabamento de um galpão. Ventos estimados em até 110 km/h, com base nos danos.[69][70]
7 de outubro - Microburst em Maringá (PR), com ventos que ultrapassaram os 115 km/h.[71]
12 de outubro - Linha de tempestades em forma de arco (bow-echo), com rajadas de vento severas e de longa duração, com iniciação no final da tarde e atuação durante a noite no norte do estado do Rio de Janeiro. Registro de rajadas de ventos de 127 km/h em Resende (RJ), com danos severos pelo município. Outras localizações da área rural e vários outros municípios foram afetadas pelas rajadas de vento severas com velocidades estimadas em até 130 km/h.[72]
15 de outubro - Tempestade muito severa com downburst úmido deixou 20 feridos, destruição intensa e falta de energia elétrica, no município de Candeias do Jamari (RO). Foi provavelmente provocado por uma supercélula isolada.[73]
24 de outubro - Microburst úmido em Potirendaba (SP). Casas e estabelecimentos destelhados e várias quedas de árvores, muros e fios de postes.[74]
3 de novembro - Linha de instabilidade no estado de São Paulo. Dezenas de municípios foram duramente atingidos. Rajadas de vento de até 151 km/h em Santos (SP), onde a estrutura de um posto de gasolina tombou e a Santa Casa municipal foi destelhada. A maior rajada em Santos apenas afetou uma área em aberto, poupando o município de danos muito severos.[75] Rajadas de até 133 km/h em Avaré e Mogi Mirim, de acordo com a Prefeitura de Avaré e uma estação oficial de Mogi Mirim, respectivamente.[76][77] Ventos de até 105 km/h em Sorocaba, de acordo com a Defesa Civil.[78] Ventos medidos em até 103,7 km/h no Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo.[79] Nas proximidades de Indaiatuba e Piracicaba, rajadas de vento plausíveis em cerca de 90 km/h, com derrubada de pelo menos 50 e 20 árvores em cada município, respectivamente, e relatos de destelhamentos em ambos.[80][81]
20 de novembro - Microburst úmido em Igaporã (BA), com ventos de mais de 100 km/h e chuva de 16 mm em poucos minutos.[82]
11 de outubro - Várias linhas de tempestades em forma de arco (bow-echo) no estado de São Paulo, com produção de aglomerados de macroexplosões/microexplosões. Dezenas de municípios afetados, com os maiores impactos na capital paulista que registrou rajadas de vento em 107,6 km/h, porém, meteorologistas da MetSul Meteorologia estimam que as rajadas de vento podem terem sido piores em alguns pontos, passando de 120 km/h. 7 mortes registradas.[83][84]
12 de outubro - Microburst úmido em Três Ranchos (GO). Destruição total de um ginásio e 1 residência.[85]
6 de dezembro - Microburst úmido com queda localizada de granizo em São José do Rio Preto (SP). Mais de 158 árvores derrubadas.[86]
↑ abcdefVallis, Matthew Bruce (2019). Brazilian extreme wind climate. Porto Alegre, BR-RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. 001099204
↑Sias, Estael (16 de agosto de 2022). «VENTO PODE TER ATINGIDO ATÉ 150 KM/H NA GRANDE PORTO ALEGRE». MetSul Meteorologia. Consultado em 29 de junho de 2023. Análise pós-evento ainda está sendo conduzida e microexplosões e/ou tornados encabeçam as prováveis causas
↑Sias, Estael (27 de janeiro de 2023). «DOWNBURST CAUSOU TEMPESTADE DESTRUTIVA EM TAQUARA». MetSul Meteorologia. Consultado em 29 de junho de 2023. Violento vendaval com chuva intensa causou muitos estragos no final da tarde de ontem no município de Taquara após tarde de excessivo calor