Meledunum começou como uma vila gaulesa, organizada e fortificada, mais tarde, por Clóvis I dos Francos na intenção de protegê-la. Aos poucos ela tornou-se rica e próspera, o que gerou alguns infortúnios, como as invasões viquingues que afetaram seriamente a cidade, exemplo disso foram os ataques normandos de (845), quando a cidade foi saqueada, depois em (852) e (886).
O castelo de Melun, tornou-se uma residência real de muitos dos primeiros reis Capetos, até que em 1026 eles adquiriram o castelo de Montereau. Hugo Capeto (Veja também a dinastia capetiana) deu o Melun a Bucardo, seu favorito. Em 991, no reinado do filho de Hugo, Roberto II, Eudes I de Blois, conde de Champagne, comprou a cidade, da qual era senhor Bucardo, o Venerável, Conde de Vendôme, após seu casamento com Isabel de Melun. Como Bucardo sempre fora fiel a Hugo Capeto, uma aliança foi montada entre Fulco Nerra (filho de Bucardo) e Ricardo I, através da qual se permitiu a retomada da cidade e Le Chatelain, e sua esposa, que a tinham vendido, foram enforcados.
Em 1420, Melun suportou um sítio memorável de ingleses e borgonheses. A fome providenciou para que a cidade caísse finalmente, entretanto ficou, daqueles tempos difíceis um lema que era: Fides muris usque ad mures. Este lema vem do fato de que os habitantes de Melun resistiram ao cerco dos ingleses comendo ratos.
Condes de Melun
Fulcrado : (???-???) Transfere o Melun ao conde de Vendôme Bucardo
Casou-se com a neta de Filipe Augusto, filha de Floris ou Florus
Viscondes de Melun
Os primeiros viscondes de Melun foram listados nos século XVII e XVIII. Em 1844, Adolphe Duchalais, com base em uma leitura mais atenta dos documentos originais, reconstruiu a lista de viscondes de Melun.
Sua participação nas Cruzadas não foi das mais gloriosas. Tanta ele como Pedro, o Eremita, este último mencionado no início de 1098, durante o cerco de Antioquia. Esta acção militar foi talvez a mais dura da Primeira Cruzada devido à sua longa duração (cerca de oito meses) e às dificuldades de abastecimento que os cruzados enfrentaram, sofrendo fome e doenças. Muitos plebeus e nobres, como o conde Estêvão de Blois, desesperaram e abandonaram a expedição nesta altura. Assim, conforme descrição de Guibert de Nogent tanto o Visconde de Melun como o Eremita, tentaram desertar. Tancredo de Hauteville, temendo uma deserção generalizada, perseguiu os dois fugitivos e levou-os à força junto para junto do seu tio Boemundo de Tarento, que os repreendeu severamente.
Manassés de Melun : (c1110) Visconde de Melun, era o segundo filho de Urso I, irmão de Guilherme, o Carpinteiro.
Casado com Alpais. Teve 5 filhos dentre os quais, Luís I substituiu-o como visconde de Melun e Avelina que foi casada com Filipe I, senhor de Nemours e depois casou-se com Filipe de Châtillon
Casou-se em 1327 com Isabela senhora de Antoing e senhora de Epinoy e senhora de Sottenghien e senhora de Houdain, filha de Hugo VI senhor de Antoing († 06/12/1354). Com este casamento (em 1327) os senhores de Melun tornam-se senhores de Epinoy e em 1514 Francisco de Melun se torna conde do Epinoy. Ele então entra para o serviço de Carlos V, e seu filho Hugo é feito príncipe de Epinoy, em 1545, por Carlos V.
Casou-se em Montargis, em 1466 com Ágnes de Saboia (?-1509 Paris) filha de Luís da Saboia, tendo quatro filhos, sendo o tronco das famílias Longueville e Dunois. Um filho mudou armas para Orléans. A linha se extinguiu em Charles-Paris (1649-1672) de Orléans, Duque de Longueville e d’Estouteville. Rothelin é uma linha ilegítima, da qual foi tronco Francisco (morto em 1600) bastardo de Longueville.
Carlos : (???-1579) Carlos era o primeiro filho de Hugo de Antoing a quem sucedeu como o 2º (segundo) príncipe de Epinoy e visconde de Melun († 1579)
Pedro de Antoing : (???-1594) Pedro, irmão e sucessor de carlos foi o 3º (terceiro) príncipe de Epinoy, foi marquês de Richebourg, visconde de Melun e barão de Antoing († 1594).
Ambrósio de Epinoy : (???-1641) Primeiro dos 11 filhos de Guilherme de Epinoy, Ambrósio foi o 5º (quinto) príncipe de Epinoy e visconde de Melun. († 5 de agosto de 1641)
Gabriel de Melun : (???-???) visconde de Melun. ? marechal de campo. Sobrinho de Alexandre Guilherme e terceiro filho Carlos Alexandre Alberto e Renée senhora de Survié, filha de Filipe de Rupierre senhor de Survié.
Nicolas Fouquet : (1615-1680), foi marquês de Belle-Île, Visconde de Melun e Vaux. Também foi superintendente de Finanças da França, sob Luís XIV.
Casou-se em 1651 com Maria de Castela, que também pertencia a uma rica família da nobreza legal em Espanha.
Cláudio Luís Heitor de Villars : (1653-1734), foi príncipe de Martigues, Marquês e, em seguida, Duque de Villars e Visconde de Melun. Foi um dos últimos grandes generais de Luís XIV e um dos comandantes mais brilhantes em toda história militar da França. Foi um dos seis Marechais que foram promovidos à Marechal Geral da França.
Honório Armando : (1702-1770), duque de Villars, duque e par da França, príncipe de Martigues , grande da Espanha , cavaleiro do Tosão de Ouro , Visconde de Melun, Marquês de la Melle, conde de Rochemiley. Foi um nobre francês, soldado e político.
Renaud César Louis de Choiseul (1735–1791), dessen Sohn, 2. Duc de Praslin, Vicomte de Melun
Judith Forstel, Melun, une île, une ville. Patrimoine urbain de l'antiquité à nos jours, Association pour le patrimoine d'Île-de-France, coll. "Cahiers du patrimoine", 2006, 272 p.
Collectif, Art et architecture à Melun au Moyen-Âge, Actes du colloque d’histoire de l’art et d’archéologie tenu à Melun les 28 et 29 novembre 1998, Picard, 2000.
Yves Gallet, "La postérité du chœur de Notre-Dame de Melun", in Monuments et sites de Seine-et-Marne, 1997, n°28, p. 4-20.
Elizabeth et Yannick Mollier, "La brasserie Grüber", in Les Samedis de l’Histoire, les oubliés, notre patrimoine redécouvert, Dammarie-les-Lys, Comité des Archives et du Patrimoine de Seine-et-Marne, 1998, p. 38-42.
René Charles Plancke, Melun à la Belle époque, Melun Amatteis, 1992.
J.-A. Dulaure, A. Joanne et A. Martin, Melun et son histoire, Les Éditions du Bastion, 1838