Bandeira retangular com as proporções 3:5. Campo partido de verde escuro e escarlate (vermelho), ocupando o verde dois quintos do campo e o escarlate o restante, tendo ao centro e sobreposto à união das cores o escudo das Armas Nacionais orlado de branco, assente sobre a esfera armilar de amarelo avivada de negro.[1][2]
Bandeira retangular com as proporções 3:5. Campo partido de azul escuro e branco, o primeiro ocupando dois quintos do comprimento e o segundo ocupando o restante, brocante sobre a linha divisória um açor voante de forma naturalista estilizada e por cima deste e em semicírculo, nove estrelas com cinco raios, tudo de ouro, o escudo de Portugal no cantão superior junto à tralha. Esta bandeira consiste numa variante da bandeira autonomista açoriana do final do século XIX, a qual por sua vez se baseava na bandeira nacional de Portugal utilizada entre 1830 e 1910, que historicamente foi pela primeira vez arvorada em Angra do Heroísmo. O açor é o emblema falante dos Açores e as estrelas representam as nove ilhas do arquipélago.[3]
Bandeira armorial, retangular com as proporções 3:5, correspondendo à quadratura do escudo das armas da Região Autónoma da Madeira, ordenado como de azul, pala de ouro carregada de uma cruz de Cristo.[4][5]
Campo de branco, aspa de verde, com as armas nacionais ao centro brocante sobre ela, bordadura de vermelho carregada com uma coroa de folhas de louro de ouro e frutada do mesmo. Substituiu a anterior bandeira do Presidente do Conselho de Ministros.[8]
Campo de branco, aspa de verde, com as armas nacionais ao centro brocantes sobre ela. Servia também de bandeira do chefe do governo, de presidente do Parlamento e de outras entidades do Estado antes das mesmas terem bandeiras próprias.[6]
Bandeira quadrada. Campo de azul, cinco besantes de prata dispostos em aspa, bordadura do mesmo filetada de prata, carregada de louros de ouro, frutados de prata e acantonada de dragões de ouro afrontados. É neste momento a única bandeira das entidades do Estado que não constitui uma variante da Bandeira Nacional.[9]
Bandeira talhada de seda, com uma altura de 1,20 m e comprimento de 1,30 m. Campo partido de verde e vermelho, escudo das Armas Nacionais assente sobre uma esfera armilar em ouro, rodeada por duas vergônteas de loureiro do mesmo cujas hastes se cruzam na parte inferior da esfera, ligadas por um laço branco que contém o verso de Camões "Esta é a ditosa pátria minha amada".[2] As Forças Armadas e algumas outras forças utilizam modelos de estandartes nacionais que divergem do padrão original de 1911.[10]
Apenas há registo destes três distritos (Aveiro, Santarém e Viseu) terem uma bandeira e brasão oficial, raramente são utilizados e pouco conhecidos pela população, eram vistos principalmente nos edifícios dos governadores civis e nos seus sites oficiais (o cargo de governador civil foi extinto em 2011).
Bandeiras das Capitais de Distrito e de Região Autónoma
Bandeira armorial (quadratura do campo do escudo) das hipotéticas primeiras armas de Portugal, que seriam ordenadas como campo de branco, uma cruz firmada de azul (alguns autores, indicam uma cruz solta em vez de firmada).[14]
1143? até 1185?
1:1
Hipotética bandeira real de D. Afonso Henriques. Modelo altamente especulativo, baseado na teoria do escudo físico de D. Afonso Henriques.
Quadratura do aspeto real do suposto escudo físico pessoal de D. Afonso Henriques, que seria branco com duas tiras azuis de couro cruzadas e pregadas à superfície por cinco conjuntos de pregos (representando heraldicamente a cruz de azul sobre o campo de prata). Uma teoria defende que este escudo teria sido danificado em combate, ficando as tiras rasgadas, permanecendo apenas cinco pedaços nas zonas dos pregos, os quais teriam dado origem, respetivamente, aos cinco escudetes e respetivos besantes das armas de Portugal. Esta bandeira é no entanto altamente especulativa, uma vez que - mesmo aceitando-se esta teoria da origem das armas - na altura os pregos na cruz do escudo não teriam ainda significado heráldico e por isso não seriam representados na bandeira.
Bandeira armorial das primeiras armas de Portugal historicamente comprovadas e usadas até 1248, ordenadas como campo de prata, cinco escudetes de azul dispostos em cruz, os laterais deitados e apontando para o centro, cada qual semeado de besantes de prata.[14]
Bandeira armorial das Armas de Portugal usadas entre 1248 e 1385, ordenadas como campo de prata, cinco escudetes de azul dispostos em cruz, os laterais deitados e apontando para o centro, cada qual semeado de besantes de prata (posteriormente fixados em cinco, dispostos em aspa), bordadura de vermelho semeada de castelos de ouro.[14]
1385 até 1485
1:1
Bandeira real de D. João I até D. João II. Primeira bandeira cuja historicidade está devidamente comprovada, evidenciada pela iconografia contemporânea da própria época em que foi usada.
Bandeira armorial das armas de Portugal usadas entre 1385 e 1485, ordenadas como campo de prata, cinco escudetes de azul dispostos em cruz, os laterais deitados e apontados ao centro, cada qual semeado de besantes de prata, bordadura de vermelho semeada de castelos de ouro entre os quais estão colocadas as quatro pontas de uma cruz de florida de verde (cruz da Ordem de Avis).[14]
Bandeira armorial das armas de Portugal usadas a partir de 1485, ordenadas como campo de prata, cinco escudetes de azul dispostos em cruz, cada qual carregado de cinco besantes de prata dispostos em aspa, bordadura de vermelho semeada de castelos de ouro [14]
Segunda metade do século XVI
1:1
Hipotética bandeira real alternativa a partir de D. Manuel I ou de D. João III
Campo de branco, com as armas de Portugal ao centro, incluindo o escudo no seu formato original sotoposto a uma coroa real aberta. Alguns autores, indicam que este modelo de bandeira teria substituído o modelo de bandeira armorial (quadratura do campo do escudo) a partir do reinado de D. Manuel I ou mesmo de D. João II, o que é no entanto contrariado pela iconografia contemporânea da época que mostra o uso da bandeira armorial até final do século XVI.[14]
Final do século XVI
2:3
Hipotética variante da bandeira anterior
Campo de branco, com as armas de Portugal ao centro, incluindo a coroa real aberta. Seguindo o gosto humanista, típico da época, voltou a usar-se o escudo de ponta redonda (formato dito português) e fixam-se em sete o número de castelos na bordadura do mesmo.
1578 até 1640
2:3
Bandeira real desde D. Sebastião. Primeira bandeira não armorial confirmada
Campo de branco, com as armas de Portugal ao centro, incluindo a coroa real fechada. A antiga coroa real aberta é substituída por uma coroa fechada. Esta terá sido provavelmente a primeira bandeira não armorial e de formato retangular, uma vez que a iconografia da época mostra o uso da bandeira armorial de Portugal até ao reinado de D. Sebastião. O formato do escudo contido na bandeira não é fixo e vai-se alterando à medida das modas das respetivas épocas, incluindo o uso do formato ogival ao gosto maneirista. Este modelo básico de bandeira vai manter-se até 1830.[14]
1616 até 1640
2:3
Bandeira real alternativa usada durante o período da União Ibérica
Campo de branco, com as armas de Portugal ao centro, rodeado por 16 ramos de oliveira (com dez pés visíveis e os seis restantes ocultos). Os ramos poderiam significar o apelido de Diogo da Silva e Mendonça, vice-Rei de Portugal de 1617 a 1621, a alegria do rei ou das classes pela União, um símbolo da vitória de Castela (improvável) ou rememoração da entrada de Filipe II em Elvas quando a colheita das oliveiras. É provável que os ramos tenham sido introduzidos para distinguir melhor à distância a bandeira portuguesa das de outros estados que eram também brancas com as respetivas armas ao centro.
A coroa real sobreposta ao escudo das armas de Portugal passa a ter cinco arcos visíveis, passando a anterior coroa de três arcos para as armas dos príncipes herdeiros. O estatuto estatal e militar desta bandeira é reforçado em 1692, através da proibição expressa do seu uso fora daqueles âmbitos.[15]
À coroa real das armas de Portugal é acrescentado um barrete púrpura. Continuando a seguir os gostos da época, o escudo representado na bandeira vai sofrendo alterações meramente cosméticas sem significado heráldico ou simbólico, incluindo a sua representação com a ponta em arco contracurvado (formato dito "francês"). No final do século XVIII, o uso desta bandeira é liberalizado, deixando de restringir-se ao uso estatal e militar, o que faz com que a mesma se torne pela primeira vez, uma genuína bandeira nacional.
Séculos XVIII e XIX
2:3
Variante da bandeira anterior
Não existem alterações com significado formal de caráter heráldico ou simbólico, mas meras mudanças estéticas na representação do escudo, cujo formato se torna mais intrincado e complexo, sob influência do estilo rococó, usando-se também o escudo em formato de cabeça de cavalo (dito "italiano"). Na transição do século XVIII para o XIX, o gosto da época passa a privilegiar o uso do escudo de formato oval, que aparece também representado nas bandeiras.
Mantém-se o ordenamento básico estabelecido no reinado de D. Sebastião, mas as armas assentes sobre o campo branco da bandeira passam a ser as do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves estabelecido em 1815, as quais consistem no escudo de Portugal assente sobre uma esfera armilar de ouro em campo de azul, tendo sobreposta a coroa real. Estas armas representavam os três reinos constituintes da União, sendo Portugal representado pelas cinco quinas, o Brasil pela esfera armilar e o Algarve pela bordadura de castelos do escudo. A esfera armilar era representada com cinco meridianos visíveis, em contraste com a esfera das modernas armas de Portugal onde só um meridiano central é representado. A bandeira deixou de ser usada no Brasil após a independência em 1822 e a saída das últimas tropas leais ao Governo de Lisboa em 1824, mas manteve-se em uso em Portugal até à morte de D. João VI em 1826.[16]
1826 até 1830
2:3
Bandeira nacional a partir do reinado de D. Pedro IV
Após a morte de D. João IV voltou-se o uso da bandeira de modelo anterior a 1817, removendo-se a esfera armilar das armas e mantendo-se apenas o escudo português. Esta bandeira deixou de ser usada em território controlado pelos Liberais em 1830, mas manteve-se em uso no território controlado pelos Miguelistas até ao fim da Guerra Civil em 1834.
1830 até 1910
2:3
Bandeira nacional desde o reinado de D. Maria II até à implantação da república. Primeira bandeira que deixa de ser um mero suporte das Armas de Portugal, tendo uma simbologia própria
Campo partido de azul e branco, com as Armas de Portugal sobre a partição. O campo da bandeira passou a conter as cores nacionais estabelecida inicialmente em 1822 e recuperadas pelos Liberais em 1830. Tal como acontecia com a bandeira anterior, não foi estabelecido um modelo fixo de escudo, usando-se vários formatos, inclusive o oval, até se estabilizar no formato dito "francês".[17]
Outras bandeiras
Bandeira
Data
Uso
Descrição
1383 até 1385
Bandeira nacional de jure, durante a Crise dinástica de 1383 a 1385.
Campo 1:1 dividido de forma igual em 4 com Bandeira armorial das armas de Portugal usadas entre 1248 até 1385 no canto superior direito e inferior esquerda e do Reino de Leão e Castela no canto superior esquerdo e inferior direito.
1475 até 1479
Bandeira nacional de jure, durante 1475 a 1479.
Campo 1:1 dividido de forma igual em 4 com Bandeira armorial das armas de Portugal usadas entre 1385 até 1485 no canto superior esquerdo e inferior direito e do Reino de Leão e Castela no canto superior direito e inferior esquerda .
Campo de branco, cruz de São Jorge de verde, com as armas nacionais ao centro brocantes sobre ela. Como o cargo de ministro da Marinha foi abolido em 1974, a bandeira não é utilizada atualmente.[6]
Bandeira farpada. Campo de branco, faixa de verde, com as armas nacionais ao centro brocantes sobre ela. Como deixaram de ser nomeados governadores civis a partir de 2011, a bandeira não é utilizada atualmente.[6]
Bandeira quadrada. Campo de azul, cinco besantes de prata dispostos em aspa, bordadura do mesmo filetada de prata, carregada de louros de ouro, frutados de prata e acantonada com as cinco quinas das armas de Portugal em campo de prata. [9]
Campo partido de verde e vermelho, com cinco estrelas de branco brocantes, dispostas em pentágono, com um dos vértices para cima. Bandeira não utilizada atualmente, em virtude da extinção do cargo de ministro do Exército em 1974.[18]
Bandeiras militares
Bandeira
Data
Uso
Descrição
Ref.
Século XIV até século XV
1:1
Bandeira de guerra, Bandeira de São Jorge, usada como complemento à bandeira real.
Pavilhão/Insígnia usado nas embarcações onde o objetivo da tripulação era converter a América ao catolicismo.
Campo branco, uma esfera armilar de púrpura, acompanhada à esquerda pelas armas de Portugal e à direita por um frade segurando um rosário e uma cruz vermelha.
↑ abKieboom, Jacques van den (1737). La connoissance des pavillons ou bannieres que la plûpart des nations arborent en mer. Haia: Edição de autor. p. 149