Linhas Aéreas de Moçambique, também conhecida pela sua sigla LAM, é uma companhia aérea com sede na cidade de Maputo, Moçambique. A LAM tem como missão o transporte por via aérea de passageiros, carga e correio nos serviços doméstico, regional e internacional, de carácter regular e não-regular.
Histórico
A atual LAM foi criada pelo governo português em 26 de Agosto de 1936 com a designação de Direcção de Exploração de Transportes Aéreos (DETA), sendo uma divisão de exploração dos CFM (Serviços dos Portos e de Caminhos-de-Ferro de Moçambique). O primeiro voo, entre a então Lourenço Marques e Joanesburgo, teve lugar em 22 de Agosto de 1937.[1] Depois da sua criação, a existência como companhia caracterizou-se por um rápido desenvolvimento, respondendo às necessidades decorrentes da ligação aos países vizinhos, nomeadamente Essuatíni, África do Sul, Maláui e Zimbabué (estes dois últimos integrados na então Federação da Rodésia e Niassalândia).
Após a independência de Moçambique em 1975, a DETA é separada dos CFM e criada a LAM, uma empresa estatal sob tutela do Ministério dos Transportes e Comunicações, em 14 de Maio de 1980.[2]
Pelo decreto Lei Nº 69/98 de 23 de dezembro de 1998, a LAM é transformada em Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada, adotando a denominação de LAM - Linhas Aéreas de Moçambique, S.A.R.L. Assim, o estado moçambicano passa a possuir 91% das ações da nova sociedade formada e os gestores, técnicos e trabalhadores da LAM, os restantes 9% das ações.[2]
Em 2010, empregava 695 trabalhadores, e possuía delegações ou outras formas de representação no país e no estrangeiro, estando dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.[2]
Em 23 de Julho de 2018 os accionistas da companhia demitiram o Conselho De Administração e nomearam João Carlos Pó Jorge como Director-Geral, uma nova posição com poderes acrescidos para lidar com a crise da empresa.[3]
Devido ao agravar da crise da companhia, o governo decidiu, em Abril de 2023, entregar a gestão da LAM a uma comissão de gestores internacionais, que trabalhará com a actual direcção para num período de 12 a 18 meses estabilizar a empresa e permitir então encontrar um parceiro estratégico. Esta decisão foi o resultado de um estudo encomendado pelo governo para apresentar alternativas para o futuro da empresa. Os gestores internacionais pertencem à empresa sul-africana Fly Modern Ark.[4][5]
Américo Muchanga tornou-se o novo PCA da empresa em 10 de Julho de 2024, em substituição de Theunis Crous que tinha assumido o posto de Director Geral Interino aquando da entrada da Fly Modern Ark na gestão da LAM.[6]
Na sexta-feira, 29 de Novembro de 2013, o voo TM470 com uma Embraer 190 da LAM desapareceu com 27 passageiros e 6 tripulantes em pleno voo entre Maputo e Luanda. O avião Foi encontrado um dia depois no Parque Nacional de Bwabwata, no norte na Namíbia, junto à fronteira com Angola e o Botswana, não havendo sobreviventes.[7]