Liane G. Benning (Alemanha, novembro de 1963) é uma professora alemã de geoquímica no Centro Alemão de Pesquisa em Geociências - GFZ e na Universidade de Leeds, pesquisadora na área de nucleação, crescimento e cristalização de fases minerais. Ela investigou a biodiversidade em ambientes extremos e desenvolveu técnicas de imagem de alta resolução.
Em 2016, a ex-presidente da Sociedade Europeia de Geoquímica (do inglês: European Geochemical Societ) foi consagrada com a Medalha Bigsby.
Biografia
Infância e educação
Benning estudou geologia e petrologia na Universidade de Quiel, completando o bacharelado em 1987.[1] Então mudou-se para a Escola Politécnica Federal de Lausana (do francês: École Polytechnique Fédérale de Lausanne) para estudar pós-graduação, concluindo em 1995 o doutorado em geoquímica.[2] Ela foi supervisionada por Hu Barnes e Terry Seward, e trabalhando com ofiolitos. Em 1996, Ela ingressou na Universidade Estadual da Pensilvânia como pesquisadora de pós-doutorado.[2] Ela realizou uma bolsa de estudos internacional da Fundação Nacional de Ciências da Suíça (do inglês: Swiss National Science Foundation).[3]
Pesquisa e carreira
Em 1999, Benning mudou-se para a Universidade de Leeds como bolsista de pesquisa da Royal Society University,[3] onde estudou a adaptação de seres em ambientes extremamente frios.[4] Assim projetou e testou um aparelho que procura vida nesses ambientes, como por exemplo na superfície de Marte.[5] Ela analisou os micróbios encontrados nas amostras coletadas no Ártico para obter informações genéticas.[4] Em 2000, tornou-se professora, desde então tem investigado vários desafios ambientais fundamentais.[2] Esteve envolvida com o desenvolvimento de técnicas síncrotron, estabelecendo os mecanismos de interações minerais in situ.[6][7][8] Trabalhou na nucleação de sulfuretos de ferro, que regulam o ferro geoquímico e o enxofre no ambiente.[9][10]
Em 2014, foi nomeada como chefe de Geoquímica de Interface no Centro Alemão de Pesquisa em Geociências - GFZ.[11] Faz parte do Projeto REMACA da Fundação Polar (grupo que exploram a atividade microbiana e de carbono na Antártica Oriental).[12]
Benning estudou o manto de gelo da Groenlândia, investigando como o albedo varia devido às interações de micróbios e partículas.[13][14]
Liderou um projeto do Conselho de Pesquisa em Meio Ambiente (do inglês: Natural Environment Research Council) para entender como as partículas escuras (pretas) e os processos microbianos (bloom) afetam o derretimento das placas de gelo e,[15][16][17] a sucessão de micróbios do gelo aos solos com vegetação.[18] Embora se assumisse que o baixo albedo nas geleiras, que é tipicamente atribuído à fuligem ou poeira, é na verdade devido a populações microbianas;[19] identificou que as áreas mais escuras na superfície do manto de gelo abrigam o maior número de microrganismos.[13][20][21] A pesquisa combina análise geoquímica com modelos computacionais, permitindo a modelagem do crescimento de populações microbianas em resposta à temperatura do solo e à luz solar.[22] Também procura investigar o crescimento e disseminação de microorganismos em um clima mais quente.[13]
Em abril de 2016, uniu-se a Universidade Livre de Berlim e a Universidade de Potsdam.[23][24][25] Em Postdam, ela lidera o projeto Mecanismo de Imagem e Análise Espectral (do inglês: Imaging and Spectral Analysis Facility).[26]
Faz parte do conselho editorial da revista Cartas de Perspectivas Geoquímicas (do inglês: Geochemical Perspectives Letters), da Associação Européia de Geoquímica (do inglês: European Association of Geochemistry.[27] Também é membro da Academia da Europa e esteve envolvida com o Instituto de Astrobiologia da NASA.[28][29]
Prêmios
A professora Liane foi laureada com os seguintes prêmios:
Ver também
Referências
Ligações externas