A lei de Godwin, também conhecida como regra de Godwin das analogias nazistas (em inglêsGodwin's law ou Godwin's Rule of Nazi analogies), é um moto de cunho satírico criado em 1990, pelo advogado americanoMike Godwin, e utilizado na Internet, segundo o qual:[1][2][3][4]
Tal comparação costuma aparecer independentemente do tema em questão, sendo porém mais frequente em discussões sobre política ou religião. Tradicionalmente, nas listas e nos fóruns de discussão, há um consenso de que a comparação com Hitler (ou com os nazistas) é introduzida no momento (o chamado "ponto Godwin") em que o contendor já esgotou todos os argumentos razoáveis, ou seja, quem se utiliza dela é aquele que, de fato, perdeu a discussão. Por essa razão, na prática, a lei de Godwin acaba por determinar o limite para discussões aparentemente intermináveis.
Godwin distingue sua "lei" do pseudolatinismo irônico reductio ad Hitlerum, introduzido no início dos anos 1950 pelo filósofo Leo Strauss (embora o próprio conceito fosse bem anterior) para explicar que o fato de Hitler ter partilhado de uma dada opinião não era razão suficiente para refutá-la.[5] Já a lei de Godwin introduz a ideia de que esse tipo argumento é inevitável quando uma discussão se prolonga indefinidamente.[6] Godwin conta que introduziu sua lei em 1990,[1] não com a intenção de articular uma falácia, mas de produzir um experimento memético, visando reduzir a incidência de comparações hiperbólicas inadequadas. "Embora deliberadamente formulada como se fosse uma lei da natureza ou uma lei matemática, seu propósito sempre foi retórico e pedagógico".[7]