O Latin New Car Assessment Programme (Latin NCAP) ("Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina e o Caribe") é um programa de avaliação de segurança automotiva fundado em outubro de 2010 pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), International Consumer Research & Testing e a fundação Gonzalo Rodríguez. A iniciativa tem o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), adotando a metodologia utilizada pela Euro NCAP. O objetivo é testar a segurança ativa e passiva dos carros novos vendidos na América Latina e no Caribe.[1][2][3][4][5]
Metodologia
Normalmente, os carros selecionados estão na lista dos mais vendidos por categoria e contam com o equipamento mais básico disponível no mercado. Os carros podem ser comprados com o orçamento disponível para o programa ou por meio de patrocínio da fabricante. Não importando a forma, são comprados em concessionárias independentes e selecionadas aleatoriamente, com a fatura sendo enviada à fabricante, se for o caso. O teste de colisão é feito em um laboratório perto de Munique, na Alemanha.[6][7]
A classificação é baseada no número de estrelas: quanto maior o número, mais seguro é o automóvel. O número de estrelas é individual para crianças e adultos, é sempre inteiro e vai de zero a cinco. Há também uma pontuação numérica para ocupantes adultos (até 16 pontos de 2010 a 2012; até 17 pontos de 2013 a 2015 e até 34 pontos de 2016 em diante) e crianças (até 49 pontos). Quanto maior a pontuação, melhor o resultado.[6]
No teste de colisão frontal, o carro atinge em 40% de sua largura máxima (excluindo espelhos retrovisores) uma barreira deformável (para simular um outro automóvel com massa e deformação similares) a 64 km/h. Na frente, são colocados dois dummies que simulam adultos de estatura média; atrás, dois dummies de crianças com 18 meses e 3 anos, com cadeirinhas de retenção adequadas à idade. Os dummies contam com várias leituras diferentes (tais como de carga e aceleração) para avaliar a segurança dos ocupantes em caso de uma real colisão.[3]
No teste de colisão lateral, o carro, que se encontra parado, é atingido a 50 km/h por um carrinho que conta com uma barreira deformável montada na frente, formando um ângulo reto em relação ao automóvel. Para se ter 5 estrelas, a aprovação no teste é obrigatória. O teste é feito por pedido e patrocínio da fabricante e/ou em caso de um bom desempenho na colisão frontal.[8]
O teste lateral de poste foi introduzido em 2016 para simular uma colisão com objetos mais rígidos (como postes ou árvores). Trata-se de um carrinho levando o veículo a 32 km/h contra um mastro de 25 cm de diâmetro. Apenas um dummie adulto é colocado no lado do motorista. A aprovação neste teste é obrigatória para se ter 5 estrelas.[9]
O número de estrelas não é determinado apenas pelo desempenho nos testes de colisão e/ou número de pontos. A segurança ativa dos modelos testados também é considerada. Para se conseguir três estrelas para adultos, o sistema antibloqueio das rodas (ABS) é requerido. O lembrete do uso do cinto de segurança é obrigatório em pelo menos dois lugares na frente, para assim conseguir 4 ou 5 estrelas. A partir de 2016, o controle eletrônico de estabilidade (ESC) é exigido para o alcance das 5 estrelas.[9]
Em adição à avaliação ativa e passiva com estrelas, a partir de 2016 há os prêmios Latin NCAP Advanced, para modelos de 5 estrelas que oferecem tecnologias de segurança adicionais ao requerido atualmente pela organização. As tecnologias incluídas são: proteção para pedestres e a frenagem autônoma de emergência (AEB).
Protocolos
Os resultados são agrupados em 4 classes cada vez mais exigentes:[10][11]