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Lady in a Cage

Lady in a Cage
Lady in a Cage
Cartaz promocional do filme.
No Brasil A Dama Enjaulada
 Estados Unidos
1964 •  p&b •  93 min 
Gênero suspense psicológico
Direção Walter Grauman
Produção Luther Davis
Roteiro Luther Davis
Elenco Olivia de Havilland
Música Paul Glass
Cinematografia Lee Garmes
Direção de arte Hal Pereira
Efeitos especiais Paul Lerpae
Figurino Kathleen McCandless
Edição Leon Barsha
Companhia(s) produtora(s) American Entertainment Corp.
Distribuição Paramount Pictures
Lançamento
  • 10 de junho de 1964 (1964-06-10) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Receita US$ 1.65 milhão (América do Norte)[2]

Lady in a Cage (bra: A Dama Enjaulada)[3] é um filme estadunidense de 1964, do gênero suspense psicológico, dirigido por Walter Grauman, estrelado por Olivia de Havilland, e co-estrelado por James Caan. O roteiro de Luther Davis retrata a história de uma mulher que fica acidentalmente presa no elevador de onde mora e começa a ser aterrorizada por um grupo de bandidos cruéis.[1]

Sinopse

Cornelia Hilyard (Olivia de Havilland) é uma mulher viúva e rica que, devido a uma deficiência em uma das pernas, torna-se dependente de um elevador pessoal sempre que deseja se direcionar ao andar de cima de sua casa, ao invés das escadas. Tudo corre bem até que, num dia quente de verão e sozinha em casa, uma escassez elétrica faz o elevador parar enquanto está sendo usado. Ao pedir socorro, Cornelia acaba chamando a atenção de um bêbado que, ao entrar na casa e ver que ali há bens valiosos, decide roubá-los. A mulher fica fora de si quando percebe que agora corre perigo e, para piorar a situação, seu desespero acaba chamando a atenção de uma gangue psicótica, liderada pelo jovem delinquente Randall Simpson O'Connell (James Caan).

Elenco

  • Olivia de Havilland como Sra. Cornelia Hilyard
  • James Caan como Randall Simpson O'Connell
  • Jennifer Billingsley como Elaine
  • Jeff Corey como George L. "Repent" Brady, Jr.
  • Ann Sothern como Sade
  • Rafael Campos como Essie
  • William Swan como Malcolm Hilyard
  • Charles Seel como Sr. Paul
  • Scatman Crothers como Assistente de Paul
  • Richard Kiel como Homem em Loja (não-creditado)
  • Ron Nyman como Vizinho (não-creditado)

Produção

O filme foi baseado em uma ideia original de Davis, que a obteve quando trabalhava em uma peça teatral sobre como uma queda de energia afetava os moradores de uma casa em uma região petrolífera do centro-oeste estadunidense. O incidente se transformou em uma batalha pela sobrevivência, o que fez Davis alterar a ação de sua história de uma casa para um elevador, "já que, como tantos nova-iorquinos, tenho uma sensação de claustrofobia nesses pequenos elevadores automáticos".[4] Mais tarde, ele disse que também se inspirou no apagão de Nova Iorque em 17 de agosto de 1959, além de conhecer uma senhora que havia ficado presa no elevador de uma residência particular no Upper East Side. Ela gritou por ajuda e foi ouvida por dois homens, que a estupraram.[5] Durante sua pesquisa, ele descobriu que todos os elevadores de Nova Iorque eram equipados com telefone por segurança, o que teria arruinado a história, então o filme se passa em uma cidade sem nome.[4]

O filme foi anunciado em agosto de 1962, com Ralph Nelson dirigindo e Robert Webber estrelando. Joan Crawford e Elizabeth Montgomery foram as atrizes cogitadas para o papel principal feminino.[6] Rosalind Russell recebeu o convite para interpretar a personagem, mas recusou.[7] Em dezembro de 1962, Olivia de Havilland assumiu o papel principal.[8] Seu salário foi de US$ 300.000.[9] Grauman assinou contrato para fazer sua estreia no cinema como diretor.[10] As filmagens começaram em fevereiro de 1963, e duraram quatorze dias. De Havilland chamou a experiência de "maravilhosa", elogiando o talento de James Caan (em seu primeiro papel creditado).[11]

Recepção

Comercialmente, o filme foi lucrativo para a Paramount.[12]

O filme foi inicialmente recebido negativamente por críticos que o consideraram extremamente violento, vulgar e abaixo da média para uma atriz da estatura de de Havilland. Bosley Crowther, em sua coluna especial para o The New York Times, criticou o filme, chamando-o de "repreensível", o que gerou uma polêmica na imprensa.[13][14] A colunista Hedda Hopper escreveu: "A produção deveria ser queimada ... Por que Olivia fez isso?"[15] A revista Variety escreveu que "não há um único personagem ou característica redentores" no "roteiro vulgar", chamando a atuação de de Havilland como Oscar bait e a de Caan como uma cópia de Marlon Brando.[16] O jornal Pittsburgh Post-Gazette também comparou negativamente o desempenho de Caan ao de Brando e criticou os buracos na trama do filme.[17]

A revista Time mencionou que o filme "acrescenta Olivia de Havilland à lista de atrizes de cinema que aparentemente preferem ser malucas a serem esquecidas".[18]

Reavaliado décadas depois, o filme agora é visto como aquele que apresentou a turbulência e as mudanças da sociedade na década de 1960, e um "suspense profundamente perturbador".[18][19] A revista TV Guide deu ao filme 3/5 estrelas, e chamou-o de "suspense realista e intenso".[20] A revista Filmink disse: "O filme foi reavaliado nos últimos anos, merecidamente, como o suspense difícil e incomum que é, mesmo que tenha apenas meia hora de enredo, se você for honesto".[21]

Mídia doméstica

O filme foi lançado em DVD para a Região 1 em 29 de março de 2005.

Referências

  1. a b «The First 100 Years 1893–1993: Lady in a Cage (1964)». American Film Institute Catalog. Consultado em 9 de agosto de 2023 
  2. "Big Rental Pictures of 1964", Variety, 6 de janeiro de 1965. p. 39.
  3. «A Dama Enjaulada (1964)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 9 de agosto de 2023 
  4. a b MURRAY SCHUMACH (1 de março de 1963). «'LADY IN A CAGE'. FILMING IS UNIQUE»Subscrição paga é requerida. The New York Times 
  5. Davis, Luther (5 de julho de 1964). «'Lady In Cage' – Sick, or Does It Reflect Sickness of Our Society?». Los Angeles Times. p. 6 – via Newspapers.com 
  6. Scheuer, P. K. (16 de agosto de 1962). «Boehm will direct 'electra' himself»Subscrição paga é requerida. Los Angeles Times 
  7. Hopper, Hedda (3 de dezembro de 1962). «Entertainment»Subscrição paga é requerida. Los Angeles Times 
  8. E. A. (4 de dezembro de 1962). «Screening is Set For 'Dr. Caligari'»Subscrição paga é requerida. The New York Times 
  9. Hopper, Hedda (21 de setembro de 1964). «Entertainment»Subscrição paga é requerida. Los Angeles Times 
  10. Scheuer, P. K. (27 de fevereiro de 1963). «New oil struck by old fox west coast»Subscrição paga é requerida. Los Angeles Times 
  11. Hopper, H. (25 de março de 1963). «Mankiewicz races deadline on 'cleo'»Subscrição paga é requerida. Los Angeles Times 
  12. E. A. (2 de julho de 1964). «Paramount sees the big picture»Subscrição paga é requerida. The New York Times 
  13. B. C. (21 de junho de 1964). «SOCIALLY HURTFUL»Subscrição paga é requerida. The New York Times 
  14. Davis, L. (28 de junho de 1964). «Film on violent youth agitates reader»Subscrição paga é requerida. The New York Times 
  15. Hopper, H. (20 de junho de 1964). «Entertainment.»Subscrição paga é requerida. Los Angeles Times 
  16. «Lady in a Cage». Variety. 31 de dezembro de 1963. Consultado em 9 de agosto de 2023 
  17. «The New Film / Pittsburgh Post-Gazette». Pittsburgh Post-Gazette. 1 de junho de 1964. p. 12. Consultado em 9 de agosto de 2023 
  18. a b James (2 de julho de 2016). «Olivia de Havilland: 'Lady in a Cage' (1964)». Dark Lane Creative. Consultado em 9 de agosto de 2023 
  19. «'Lady in a Cage': still lurid after a half-century». ctpost.com. 26 de setembro de 2013. Consultado em 9 de agosto de 2023 
  20. TV Guide Staff. «Lady in a Cage – TV Guide Review». TV Guide (em inglês). Consultado em 9 de agosto de 2023 
  21. Vagg, Stephen (27 de setembro de 2022). «The Stardom of James Caan». Filmink. Consultado em 9 de agosto de 2023 

Ligações externas