Informado que os piratas ilírios estavam arrasando a costa entre Apolônia e Dirráquio, Lúcio Anício decidiu liderar a frota contra os navios dos piratas, capturando alguns e provocando a fuga dos demais. Logo depois, correu para levar ajuda a Ápio Cláudio e seus aliados bessanitas, que estavam cercados pelas tropas de Gêncio. A notícia da chegada de novas tropas romanas assustou o rei ilírio, que levantou o cerco e se refugiou em sua capital, Escodra, enquanto o resto de seu exército se rendeu aos romanos. Como Lúcio Anício foi clemente com os que se renderam, a maior parte das cidades ilírias se rendeu ao exército romano, o que permitiu que ele rapidamente chegasse em Scodra. À frente das muralhas da cidade, Gêncio perfilou seu exército para enfrentar os romanos, mas foi facilmente derrotado. O rei, aterrorizado, pediu uma trégua de três dias e foi atendido. Gêncio esperava que, neste ínterim, seu irmão Caravâncio conseguisse chegar com reforços. Com a demora e sem apoio dos macedônios, Gêncio abandonou a cidade e foi até o acampamento romano para se render incondicionalmente.
Lúcio Anício então conquistou Scodra e imediatamente liberto os legados aprisionados pelos ilírios e enviou um deles, Marco Perperna, a Roma para informar o Senado da derrota completa de Gêncio, o que levou à declaração de três dias de festividades pela vitória. A campanha inteira durou menos de trinta dias.[1][2]
Seu mandato foi prorrogado para o ano seguinte, durante o qual Anício pacificou a região do Epiro e supervisionou a reorganização dos reinos da Ilíria em três pequenas repúblicas.[3] Em 166 a.C., ainda envolvido nas operações no Epiro, voltou para Roma e celebrou seu triunfo sobre Gêncio.[4][5]
Em 155 a.C., foi um dos embaixadores enviados à corte de Prúsias II, rei da Bitínia, para mediar um confronto contra Átalo II, rei de Pérgamo e aliado de Roma.[8] A delegação se encontrou primeiro com Átalo e, depois, com Prúsias, que rejeitou os termos de paz propostos pelos romanos. Quando retornaram à corte de Átalo, os romanos o aconselharam a organizar sua defesa, mas que não iniciasse a guerra. No caminho de volta a Roma, eles dissuadiram os estados que atravessaram de prestarem qualquer apoio a Prúsias.[9]
Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas