Como ator, Juliano ficou mais conhecido por seus papéis no teatro e no cinema, principalmente em Israel.[6]
Arna Mer-Khamis criou o Teatro da Liberdade, para as crianças do campo de refugiados de Jenin. A partir de 2006, Juliano continuou o trabalho de sua mãe, administrando o teatro, juntamente com um ex-líder do grupo radical palestinoBrigadas dos Mártires de Al-AqsaZakaria Zubeidi (que resolveu abandonar o caminho da violência), o ativista Jonatan Stanczak e o artista Dror Feiler, ambos sueco-israelenses.[7]
Nos últimos sete anos, Juliano vivia no campo de Jenin, embora tivesse uma casa em Haifa. Foi morto com cinco tiros disparados por um atirador mascarado, em frente ao teatro.[8]
Juliano Mer-Khamis tinha 52 anos, era casado com Jenny Nyman,[9] e tinha um filho. Sua mulher Jenny estava grávida de gêmeos. Juliano foi sepultado ao lado de sua mãe, no kibutz Ramot Menashe.[5] Um palestino suspeito foi detido e posteriormente liberado. O responsável pelo crime nunca foi apontado.
Após a morte de Juliano, Stanczak continuou como diretor do Teatro da Liberdade, mas, assim como a maioria das pessoas vinculadas ao Teatro, permanece sob constante vigilância das Forças de Defesa de Israel, sendo frequentemente detido para averiguações. Foi o que ocorreu com Nabil al-Raee, o diretor artístico do teatro - levado de sua casa, de madrugada, em junho de 2012. Zakaria Zubeidi, por sua vez, fora detido um mês antes, pela Autoridade Palestina. Em julho, Raee foi julgado por um tribunal militarisraelense, sob a acusação de posse ilegal de armas. Tanto Zubeidi como Raee entraram em greve de fome, e Raee acabou sendo liberado sob fiança.[10]
↑"Sou 100% palestino e 100% judeu". Outras Palavras, 19 de abril de 2011. Entrevista concedida por Juliano Mer-Khamis a Maryam Monalisa Gharavi, em 2006. Matéria originalmente publicada em The Electronic Intifada, 5 de abril de 2011