Quando era jovem, João Vítor Saraiva gostava bastante de futebol e chegou a representar o Estoril-Praia nas camadas jovens. Devido à sua artística forma de jogar adquiriu o apelido de Madjer, em homenagem ao famoso jogador do FC Porto, Rabah Madjer. Com o passar do tempo, lesionou-se e ausentou-se dos campos durante algum tempo. No entanto, quando já estava recuperado, participou num torneio amador de futebol de praia e o treinador da seleção portuguesa, João Barnabé[2], admirando a sua forma de jogar, convidou-o para entrar na seleção.
Desde então, começou logo a deslumbrar com a sua arte na areia: golos, remates fortíssimos e muitas acrobacias, destacando-se os pontapés de bicicleta. Na seleção, Madjer fez vários amigos, como o brasileiro Alan Cavalcanti, naturalizado português, e levou Portugal à vitória em muitas competições, com destaque para a medalha de ouro na Copa do Mundo de Futebol de Praia de 2001, na Costa do Sauípe, no Brasil.
Madjer conquistou também muitos prémios de melhor jogador e maior marcador de vários torneios, devendo realçar-se o prémio de melhor jogador e melhor marcador, com 21 golos, na Copa do Mundo FIFA de Futebol de Areia de 2006, uma competição que foi organizada pela FIFA. No Brasil, Madjer atuou pela equipe de praia do Botafogo.
Madjer, apesar da sua elevada estatura (1,94 m), era caracterizado por uma extraordinária agilidade e talento driblador. Os pontapés de bicicleta, habitualmente com o seu preferido pé esquerdo, eram uma das suas imagens de marca.
Em 2019, foi considerado, pela prestigiada revista France Football, como o melhor de jogador de futebol de praia de todos os tempos, uma visão já partilhada por vários.[4]