José Vieira Fazenda (Rio de Janeiro, 28 de abril de 1847 — 19 de fevereiro de 1917) foi um historiador, bibliotecário, político e médico brasileiro.
Biografia
Ingressou na política durante o Império, sendo partícipe do antigo Partido Liberal.
A partir de 1896, publicou, em sua maioria no jornal A Notícia, uma série de artigos, baseados "na consulta meticulosa de arquivos e de velhos documentos mal conhecidos", sobre "assuntos históricos, usos e costumes, monumentos e tradições do Rio de Janeiro",[1] reunidos a partir de 1919, sob o título Antiqualhas e Memórias do Rio de Janeiro, nos números 140 (1919), 142 (1920), 143 (1921), 147 (1923) e 149 (1924), correspondentes aos tomos 86, 88, 89, 93 e 95, da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, instituição da qual foi bibliotecário.[2] Em 2011, as Antiqualhas foram relançadas em cinco volumes, na ortografia atual, pela editora Documenta Histórica, em edição organizada por Ferdinando Bastos de Souza e Daniel Telles S. Bambardelli de Souza, patrocinada pela Light.
Os artigos estão plenos de lendas e episódios pitorescos, como na série Coisas de outro tempo, quando Vieira Fazenda descreve a história do boi Patrício. Segundo o historiador, o boizinho que cedo ficou conhecido como "Patrício" chegou à proa de um dos navios que trouxeram a Família Real Portuguesa e membros da Corte para o Brasil em 1808, gozando de uma vida bastante fidalga em terras brasileiras.
A atual estação férrea do Jacarezinho, inaugurada em 1908, chamava-se originalmente Vieira Fazenda, em homenagem ao "maior conhecedor da história da cidade [...] em seu tempo".[3] Uma rua no bairro do Jacaré tem seu nome, bem como uma ruela no Centro carioca, ao lado do Clube Naval.
Obras
Referências
- ↑ Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo 86, 1919.
- ↑ Idem.
- ↑ Nei Lopes, Dicionário da Hinterlândia Carioca, verbete Vieira Fazenda.
Bibliografia
- COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global.
Ligações externas