José Duarte Valente Júnior (Barcarena, 14 de fevereiro de 1927 – Belém, 20 de setembro de 2008), ou apenas José Valente, foi um escritor, poeta, trovador e jornalista, reconhecido principalmente no Estado do Pará, onde nasceu e morou em grande parte de sua vida. O historiador foi o 4º ocupante da Cadeira de nº 18 "Frederico Barata" no Instituto Histórico e Geográfico do Pará, e foi o fundador da UBT - União Brasileira de Trovadores (Seção de Belém), da Associação Paraense de Escritores e da Academia Paraense de Jornalismo, a qual presidiu a partir de 2002. Durante mais de dez anos, colaborou junto ao famoso jornal "O Liberal", de Belém, com uma série de artigos, textos e colunas temáticas, principalmente com referência a história paraense, tendo a coluna Hoje no Pará recebido grande destaque no jornal.
O autor ainda teve participação em diversos concursos e eventos, onde se destacam:
- Vencedor do I Concurso Literário de Temática Regional, promovido pela Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo do Pará, com o livro de crônicas Vento Geral;
- Vencedor do concurso de tema Cabanagem, promovido pela Fundação Paraense de Radiodifusão, com a crônica Cabanos de Aicaraú, (do livro Belém);
- Vencedor do II Concurso Icoaraciense de Arte Literária "Antônio Tavernard", com o conto "O Equívoco";
- Menção Honrosa no X Concurso Nacional de Trovas, realizado no Rio de Janeiro;
- Menção Honrosa no Concurso de tema Cabanagem, promovido pela Fundação Paraense de Radiodifusão, com os poemas Bródio e Versos (do livro Belém);
- Participação no I Flaac - Festival Latino-Americano de Arte e Cultura, promovido pela Universidade de Brasília e pelo Governo do Distrito Federal, em Brasília.
O atual ocupante da Cadeira nº 18 do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, Célio Simões de Souza, menciona José Valente em seu discurso de posse:
José, valente no nome e nas atitudes, com sua pena afiada, faria coro a mais essa tentativa de descaracterização da Capital Paraense, que já mereceu, inclusive, enérgica providência do Ministério Público Federal e da nossa Justiça Comum, visando coibir o abuso. Era ele um apaixonado por Belém, pelo seu traçado urbano, estudioso de suas personagens, paixão que sempre foi correspondida pelo público, que soube retribuir-lhe tal dedicação comparecendo em massa em seu velório no dia 20.09.2008, quando nos deixou aos 81 anos.[1]
Ainda, quando da ocasião de sua morte, José Valente ainda foi citado da seguinte maneira pelo editor do Jornal O Liberal, Raimundo Sousa:
José Valente permanecerá na memória não apenas por suas qualidades como colaborador e articulista, mas também por seu caráter firme e alegria de viver. Além de ter tido o privilégio de editar o texto dele, tive a oportunidade de me tornar um grande amigo e viver momentos inesquecíveis a seu lado. Ele era um homem alegre, honesto, apaixonado por música, livros e pela vida em geral, um exemplo de ética e profissionalismo que vai fazer falta em corações e mentes de todo o Pará.[2]
José Valente faleceu, aos 81 anos, aproximadamente às 2 horas do dia 20 de setembro de 2008, em Belém, após ficar dias internado em um hospital da cidade. A morte foi natural, atribuída à falência múltipla de órgãos, sendo então velado em uma das capelas do Max Domini, no bairro do Guamá.
Obras
- 1976 - Musa Pagã (Versos)
- 1987 - Vento Geral
- 1993 - A História de Belém - Cidade Velha
- 1993 - A História de Belém - Umarizal
- 1993 - A História de Belém - Marco/Pedreira
- 2003 - História da Fundação de Belém
Referências
- ↑ de Souza, Célio (30 de março de 2012). «Discurso de Posse». Instituto Histórico Geográfico do Pará. Consultado em 11 de dezembro de 2019. Arquivado do original em 25 de dezembro de 2018
- ↑ Raimundo, Souza (22 de setembro de 2008). «Morre José Valente». O Liberal