José Rodrigues da Silva Mendes

José Rodrigues da Silva Mendes
Nascimento 23 de novembro de 1893
Cantanhede
Morte 22 de novembro de 1988 (94 anos)
Turquel
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação oficial, político, escritor

José Rodrigues da Silva Mendes (Cantanhede, 23 de novembro de 1893Turquel, 22 de novembro de 1988) foi um oficial do Exército Português que exerceu importantes funções políticas no período do Estado Novo, entre as quais deputado à Assembleia Nacional e governador civil dos Distritos de Aveiro, Leiria (2 vezes), Beja e Horta.[1][2][3]

Biografia

José Rodrigues da Silva Mendes nasceu em Cantanhede, Distrito de Coimbra, filho de Manuel Mendes Rodrigues da Silva e de Josefa Susana da Silva. Foi casado com Maria do Carmo de Almeida Teixeira da Silva Mendes, falecida a 31 de outubro de 1958.[3]

Assentou praça em 1913 e foi promovido a alferes em, 1917; tenente, em 1921 sempre como oficial miliciano passando então ao quadro especial de milicianos de Infantaria com o posto de capitão, em 1932. Passou à reserva em 1937 e à reforma em 1963.[1]

Participou como alferes miliciano no Corpo Expedicionário Português em França, na I Guerra Mundial, tendo sido louvado em 1917.

Foi administrador nos concelhos de Figueiró dos Vinhos, Nazaré e Pombal (depois do golpe de 28 de Maio de 1926). Nesse período foi presidente da Comissão Concelhia de Alcobaça da União Nacional e subdelegado regional da Mocidade Portuguesa em Leiria.

Foi sucessivamente nomeado governador civil dos Distritos de Aveiro, Leiria (2 vezes), Beja e Horta. No Distrito Autónomo da Horta foi governador civil entre 3 de março de 1937 a 17 de março de 1939.[1]

Foi deputado na Assembleia Nacional na VII Legislatura (1957-1961), em representação do círculo de Leiria, tendo integrado a Comissão Parlamentar de Trabalho, Previdência e Assistência Social.[2] Para além de intervenções sobre interesses do seu círculo eleitoral, tratou de questões coloniais. Ao todo foram dezoito intervenções ao longo da legislatura, destacando-se: na defesa da população da ilha do Faial; agradece o voto de pesar pelo falecimento de sua esposa; chama a atenção do Governo para o problema da reparação das estradas; no desassoreamento do porto de São Martinho do Porto e sua drenagem e à construção do porto de abrigo da Nazaré; discute na generalidade a proposta de lei de abastecimento de água das populações rurais; refere-se à campanha anticolonialista; refere-se às relações luso-congolesas, ação da O.N.U. no Congo, assalto ao paquete Santa Maria e acontecimentos de Luanda; refere-se aos acontecimentos de Angola, entre outros.[3]

É autor da obra Soldados Valentes : Episódios da Grande Guerra, publicado em 1936 e dedicado aos companheiros de luta - os soldados e graduados da 3.ª Companhia de Infantaria 22, expedicionária a França.[4]

Referências