Nascido com o nome de José Moreira dos Santos em 12 de outubro de 1928, na freguesia de Mata Mourisca, na cidade de Pombal, era filho de um abastado comerciante de madeiras e resinas e de uma doméstica, teve uma infância muito ligada a dois irmãos,que mais tarde emigram para o Brasil, e às três irmãs, que permanecem na freguesia.[1][2]
Quando tinha onze anos, seu pai morreu e a família não teve condições de manter os negócios. Dois anos mais tarde, decidiu entrar no Seminário Maior do Porto. Tomou o hábitocapuchinho em 1944 com o nome de Francisco da Mata Mourisca, emitindo a profissão simples em 1945 e a profissão perpétua em 1949.[1] Foi ordenadopadre no dia 20 de janeiro de 1952, no Porto.[2][3]
Foi professor no seminário de Vila Nova de Poiares. Depois, passou para o Porto, para o seminário de Filosofia. Mais tarde, entrou para a Universidade de Salamanca, formando-se em Teologia Dogmática em 1957.[1][2] Entre 1961 e 1967, foi o segundo comissário provincial de sua ordem. Na década de 1960, Frei Francisco da Mata Mourisca viajou para Angola para inaugurar a Igreja de Nossa Senhora de Fátima dos Capuchinhos e ficou maravilhado com o progresso de Luanda.[1]
Durante sua administração, mandou construir escolas do primeiro nível ao ensino médio que facilitou o acesso das populações rurais ao ensino. Além dessas, mandou erigir ainda escolas primárias em todas as missões, uma Escola de Formação de Professores e o Seminário, fomentando a educação na província.[5]
Em 1971, mandou construir a Escola de Enfermagem de Carmona, que formou vários técnicos que prestaram assistência nos hospitais do Uíge, Maquela do Zombo, Damba, Negage, Sanza Pombo e Cangola. Após a independência angolana, a Igreja Católica foi pioneira no combate à tripanossomíase, e através das Caritas, coordenou a construção de um hospital na cidade do Uíge para socorrer os doentes tripanossomos.[5]
Foi presidente da Caritas de Angola, entre outros cargos de renome, e fundou a congregação Mensageiro de Cristo.[1]