Jorge de Sá Earp (Rio de Janeiro, 25 de junho de 1955) é escritor, poeta e diplomata brasileiro. Formado em Letras pela PUC-Rio.
Biografia
Graduou-se em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Como diplomata, representou o Brasil em diversas nações como Polônia, Holanda, Gabão, Bélgica, Romênia, Equador, Costa Rica e Itália. Ele também é membro da Associação Nacional de Escritores, sendo reconhecido como uma das vozes mais marcantes da literatura contemporânea brasileira.[1][2]
Uma das características marcantes de sua literatura é a habilidade em contar histórias com fluência, estabelecendo uma conexão imediata com os leitores. Nas entrelinhas, transparece a ampla erudição do autor, que aborda temas variados das artes e da cultura com leveza e graça. Além disso, o homoerotismo é uma constante em seus contos e romances, sendo tratado com naturalidade, refletindo a diversidade e a complexidade das relações humanas.[3]
A produção literária de Sá Earp abrange poesia, contos e romances. Entre suas obras poéticas destacam-se Feixe de Lenha (1980) e Passagem Secreta (1993). Na prosa, Earp publicou No Caminho do Vento (1983), O Ninho (1986) e se notabilizou por títulos como Ponto de Fuga (1995), vencedor do Prêmio Nestlé de Literatura, Areias Pretas (2004), O Novelo (2008) e As Marés de Tuala (2010). Recentemente, lançou As Amarras (2020), O Fio da Seda (2023) e O Veranista (2024).[4][5][6][7]
O escritor frequentemente utiliza o Rio de Janeiro como cenário central de suas narrativas, capturando a essência da cidade em diferentes épocas. Em O Fio da Seda (2023), ele revisita o Rio romântico das décadas de 1960 e 1970, compondo um romance de formação em que o protagonista amadurece por meio de suas escolhas e descobertas pessoais.[8][9][10]
Sua obra é marcada por profundidade psicológica, atenção às transformações do tempo e uma abordagem sensível das contradições da identidade brasileira, consolidando-se como uma contribuição significativa ao cenário literário nacional e internacional.[11][12]
Obras
- Feixe de Lenha (1980)
- No Caminho do Vento (1983)
- O Ninho (1986)
- Sudoeste (1991)
- Passagem Secreta (1993)
- Ponto de Fuga (1995)
- O Cavalo Marinho (1997)
- A Cidade e as Cinzas (2002)
- Areias Pretas (2004)
- O Olmo e a Palmeira (2006)
- O Legado (2007)
- O Novelo (2008)
- As Marés de Tuala (2010)
- Bandido e Mocinho (2012)
- Quatro em Cartago (2016)
- A Praça do Mercado (2018)
- As Amarras (2020)
- O Fio da Seda (2023)
- O Veranista (2024)[13]
Prêmios recebidos
Laureado com o romance Ponto de Fuga pela Fundação Nestlé de Cultura (1995).
Referências