Filho de Luiza Rodrigues Loredo e do comerciante Etelvino Ignacio Loredo, Jorge foi criado no subúrbio de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Aos 12 anos foi diagnosticado com osteomielite na perna esquerda.[2] A dor constante, só curada nos anos 70, fez de Loredo um garoto introvertido e cabisbaixo. Aos 20 anos, devido a uma tuberculose, foi internado num sanatório. O que parecia ser mais uma tragédia foi, ao contrário, sua salvação. Incentivado pelos médicos, participou de um grupo teatral no hospital e descobriu sua vocação de ator.
Após receber alta, um teste vocacional identificou tendência para "atividades exibicionistas". Loredo procurou uma escola de teatro em busca de papéis "sérios". A contragosto, sua primeira audição foi para representar o monólogo cômico Como Pedir uma Moça em Casamento. Aprovado, adotou o humorismo como profissão.[3] Foi quando surgiram personagens clássicos como o mendigo filósofo que tratava a todos os que lhe davam esmolas de "meu nobre colega", na Praça da Alegria, no final dos anos 1950.[4]
Seu principal personagem, Zé Bonitinho, era uma caricatura de um grande sedutor, com topete, bigodinho, gravata borboleta e terno extravagante. Estreou em 1960 no programa "Noites Cariocas", dirigido por Chico Anysio na TV Rio.[3]