John Alvin Ray (Dallas, 10 de janeiro de 1927 - 24 de fevereiro de 1990) foi um cantor, compositor e pianista americano. Muito popular na maior parte da década de 1950, Ray foi citado pelos críticos como o principal precursor do que se tornaria o rock and roll, por sua música influenciada pelo jazz e blues e sua personalidade animada.[1] Tony Bennett chamou Ray de o "pai do rock and roll"[2] e os historiadores o notaram como uma figura pioneira no desenvolvimento do gênero.[3]
Criado em Dallas, Oregon, Ray, que era parcialmente surdo, começou a cantar profissionalmente aos quinze anos nas estações de rádio de Portland. Mais tarde, ele ganhou atenção do público local cantando em pequenas boates predominantemente afro-americanas em Detroit, onde foi descoberto em 1951 e posteriormente contratado pela Columbia Records. Raye saiu rapidamente da anonimato com o lançamento de seu primeiro álbum, Johnnie Ray (1952), e também com um single de 78 rpm, cujos ambos os lados alcançaram as 100 melhores músicas da revista Billboard de 1952: "Cry" e "The Little White Cloud That Cried".[4]
Em 1954, Ray fez seu primeiro e único filme importante,"There's No Business Like Show Business", no qual ele, Ethel Merman, Marilyn Monroe faziam parte do elenco. Sua carreira nos Estados Unidos, sua terra natal, começou a declinar em 1957, e sua gravadora americana o abandonou em 1960.[5] Ele nunca recuperou muitos seguidores e raramente apareceu na televisão americana depois de 1973.[6] Sua base de fãs no Reino Unido e na Austrália, no entanto, permaneceram fortes até sua morte, em 1990, por insuficiência hepática.[7]
British Hit Singles & Albums observou que Ray foi "uma sensação nos anos 50" e que influenciou muitos, incluindo Elvis Presley, e foi o principal alvo da histeria adolescente nos dias pré-Elvis".[8] As dramáticas performances de palco e as canções melancólicas de Ray foram creditadas pelos historiadores como precursoras para artistas posteriores como Leonard Cohen e Morrissey.[9]
Referências
- ↑ Ruhlmann, William. «High Drama: The Real Johnnie Ray». Allmusic (em inglês). Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Henderson, Tom. «"The tracks of his tears"». OregonMag (em inglês). Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Wald, Elijah (2011). «How the Beatles Destroyed Rock 'n' Roll: An Alternative History of American Popular Music.». Oxford University Press (em inglês)
- ↑ «"1952's Top Popular Records"». Billboard (em inglês). 27 de dezembro de 1952. Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Kirby, Michael Jack. «Johnnie Ray». Way Back Attack (em inglês). Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Whiteside, Jonny (1994). «Cry : the Johnnie Ray story». Archive.org (em inglês). Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Fox, James. «Johnnie Ray (1927-1990)». Oregonencyclopedia.org (em inglês). Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Roberts, David (2006). «British Hit Singles & Albums». Guinness World Records Limited (em inglês)
- ↑ Rodriguez, Robert (2006). «The 1950s' Most Wanted: The Top 10 Book of Rock & Roll Rebels, Cold War Crises, and All American Oddities». Potomac Books. (em inglês)